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- A Apple destinou cerca de 7 milhões de euros (8,2 milhões de dólares) para lobby na União Europeia em 2025, quase o dobro em relação a 2021.
- Você pode perceber como a regulação digital na Europa pode afetar o funcionamento e políticas das grandes empresas de tecnologia que impactam diversos serviços usados no Brasil.
- O aumento do lobby indica como a Apple busca influenciar legislações sobre mercados digitais, proteção de dados e inteligência artificial na UE, beneficiando sua operação.
- Esses movimentos regulatórios podem refletir em regras mais rígidas e concorrência justa que afetarão o mercado global de tecnologia digital.
A Apple direcionou uma quantia sem precedentes para atividades de lobby junto a autoridades da União Europeia em 2025. A empresa alocou cerca de 7 milhões de euros (equivalente a 8,2 milhões de dólares) no ano para influenciar as regulamentações europeias, um dado revelado por uma pesquisa do Corporate Europe Observatory. Este valor representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores.

A empresa de tecnologia foi identificada como uma das dez que mais gastam com lobby no setor tecnológico na Europa. Essas dez companhias, em conjunto, somam 49 milhões de euros do total de 151 milhões de euros registrados no Registro de Transparência da UE para 2025. Em 2021, a Apple havia declarado gastos entre 3,5 milhões e 3,75 milhões de euros, o que mostra que o valor praticamente dobrou em apenas quatro anos.
Aumento no Lobby da Apple na UE e as Regulações
Este aumento nos investimentos é atribuído, em grande parte, à intensa atividade regulatória da União Europeia, que visa as grandes empresas de tecnologia americanas. Entre as normas em discussão estão a Lei dos Mercados Digitais (Digital Markets Act), a Lei dos Serviços Digitais (Digital Services Act), a Lei de Inteligência Artificial (AI Act) e a aplicação rigorosa do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR).
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A regulamentação tem como objetivo garantir concorrência justa e proteger os consumidores no ambiente digital. Para as empresas, isso significa uma série de novas regras que podem impactar diretamente seus modelos de negócios e a forma como operam no continente. A demanda por tecnologia de IA também tem impulsionado discussões importantes sobre como governar esse setor em crescimento.
Entre janeiro e junho de 2025, a Apple participou de 29 encontros formais com altos funcionários da Comissão Europeia. Outras gigantes da tecnologia também tiveram agendas cheias, com a Amazon registrando 43 reuniões no mesmo período, a Microsoft 36, o Google 35 e a Meta 27. Essas interações são fundamentais para as empresas apresentarem suas perspectivas e buscarem influenciar as decisões legislativas.
A política de inteligência artificial foi o tema mais discutido nesses encontros de alto nível. Documentos apontam que a IA foi mencionada em 58 das 146 reuniões registradas com as cinco maiores empresas de tecnologia dos EUA. Temas como a adoção de novas tecnologias de IA são cruciais para o futuro do setor.
Outros assuntos importantes tratados pela Apple e seus pares incluíram centros de dados e infraestrutura de nuvem, com 23 reuniões, além da Lei dos Serviços Digitais (17 reuniões) e da Lei dos Mercados Digitais (16 reuniões). A futura Lei de Equidade Digital (Digital Fairness Act) também esteve em pauta em 16 encontros, mostrando a amplitude das preocupações regulatórias. Para empresas de serviços digitais, as regras de plataformas como o YouTube e redes sociais como Threads são um ponto de atenção constante.
Estratégias de Engajamento e Influência
Além dos encontros com a Comissão Europeia, a Apple também se engajou com membros do Parlamento Europeu (MEPs). Nos primeiros seis meses de 2025, foram registradas 232 reuniões entre MEPs e as cinco maiores empresas de tecnologia americanas. A Apple esteve presente em 47 dessas interações, enquanto a Meta participou de 63, a Amazon 49, o Google 47 e a Microsoft 34. A participação ativa da liderança de empresas de tecnologia em eventos com figuras políticas demonstra a importância dessas relações.
A pesquisa do Corporate Europe Observatory também detalhou que a Apple destinou 2,3 milhões de euros em contratos de consultoria. Esse valor cobre serviços de agências de lobby, firmas de relações públicas e entidades de pesquisa terceirizadas que apoiam a agenda da empresa. Para comparação, a Amazon gastou 2,84 milhões de euros e a Meta, 1,5 milhão de euros na mesma categoria de despesas.
Diversos grupos de estudos e reflexão (think tanks) localizados em Bruxelas, como Bruegel, Centre for European Reform, Centre for European Policy Studies e Centre on Regulation in Europe, recebem suporte financeiro contínuo de todas as cinco grandes empresas de tecnologia americanas. Este tipo de apoio é parte das estratégias para fomentar debates e influenciar o ambiente regulatório.
Os crescentes gastos da Apple com lobby na UE acontecem em um período de maior rigor nas leis digitais europeias. Essa elevação nos investimentos reflete a exposição direta da empresa, tanto financeira quanto de produtos, a todas as principais questões tecnológicas em pauta na União Europeia atualmente.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via MacRumors.com

