Apple decidiu não incluir carregador no MacBook Pro M5 na Europa e Reino Unido

Apple não inclui carregador no MacBook Pro M5 na UE e Reino Unido, decisão comercial e não exigência legal.
Atualizado há 3 horas
Apple decidiu não incluir carregador no MacBook Pro M5 na Europa e Reino Unido
(Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • O MacBook Pro M5 não vem com carregador nas caixas vendidas na União Europeia e Reino Unido.
    • Você precisará comprar separadamente o adaptador USB-C para carregar o aparelho nessas regiões.
    • A decisão da Apple é comercial, não uma obrigação da legislação da União Europeia.
    • Nos EUA, o carregador continua incluído gratuitamente com o dispositivo.
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O novo MacBook Pro M5, lançado recentemente, não incluirá o adaptador de energia na caixa para clientes no Reino Unido e na União Europeia. Essa mudança gerou alguma confusão, com muitos pensando que a decisão foi imposta por uma lei da União Europeia, o que não é verdade. A alteração é uma escolha da Apple para esses mercados específicos.

MacBook Pro M5 sem carregador

A Apple atualizou discretamente sua loja online após o lançamento do MacBook Pro M5, indicando que o modelo de 14 polegadas adquirido no Reino Unido e na União Europeia não virá com o carregador por padrão. Embora o cabo MagSafe 3 ainda esteja incluso, os compradores precisarão adquirir um adaptador de energia USB-C compatível separadamente para carregar o aparelho.

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Essa alteração não afeta outros mercados, como os Estados Unidos, onde um adaptador de energia USB-C de 70W continua sendo fornecido sem custo adicional junto com o dispositivo. A decisão da Apple tem gerado discussões sobre a responsabilidade ambiental e as práticas de consumo em diferentes regiões.

O Que a Lei da União Europeia Realmente Diz

A falta do carregador levou algumas pessoas a acreditarem que a decisão foi obrigatória por novas regras ambientais europeias. Houve alegações de que a União Europeia havia proibido fabricantes de incluírem adaptadores de energia em novos eletrônicos para diminuir o lixo eletrônico. No entanto, essa informação não está correta.

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A confusão parece vir da Diretiva do Carregador Comum da UE de 2022. Essa legislação foi criada para padronizar as portas de carregamento e oferecer mais flexibilidade aos consumidores ao comprar novos aparelhos. Ela exige que todos os smartphones, tablets e laptops vendidos na União Europeia usem USB-C para carregamento com fio.

A diretiva também determina que os consumidores devem ter a opção de comprar um aparelho sem o carregador, a fim de reduzir o desperdício de lixo eletrônico desnecessário. O objetivo principal é dar escolha ao consumidor, não proibir a inclusão de acessórios. Essa medida visa um consumo mais consciente.

A lei “garante que os consumidores poderão adquirir novos dispositivos eletrônicos sem ter que comprar um carregador novo a cada vez”, mas não impede que os fabricantes forneçam um. Na prática, isso significa que as empresas devem disponibilizar uma versão de cada produto que possa ser comprada sem adaptador, mantendo a liberdade de incluir um carregador ou oferecê-lo gratuitamente.

Decisão da Apple e Seus Impactos

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A escolha da Apple de remover o carregador completamente das caixas na UE, portanto, vai além do que a lei exige. A empresa poderia, por exemplo, oferecer aos clientes a opção de incluir um carregador no momento da compra sem custo adicional, desde que também vendesse uma versão sem ele. Essa abordagem da empresa para o MacBook Pro M5 não é uma imposição legal, mas uma decisão comercial.

A ausência do carregador no Reino Unido é ainda mais notável, já que o país não faz parte da União Europeia e, portanto, não está sujeito a essas regulamentações específicas. Isso reforça a ideia de que a estratégia é interna da Apple e não uma resposta direta a mandatos governamentais, como muitos pensaram inicialmente.

A decisão de cobrar separadamente pelos adaptadores é, então, uma escolha de negócio da Apple, e não uma necessidade legal. Essa abordagem simplifica a logística e a embalagem, evitando a necessidade de diferentes códigos de produto (SKUs) na Europa, mas também transfere o custo para os clientes que ainda não possuem um carregador compatível. Para quem já tem um iPad Pro M5 ou um MacBook Pro com chip M5 e o carregador, a mudança talvez não impacte tanto.

A Apple tem historicamente defendido que a omissão de adaptadores de energia de suas embalagens faz parte de um esforço ambiental maior. A empresa removeu o carregador das caixas do iPhone pela primeira vez em 2020, citando os benefícios ambientais de embalagens menores e menos acessórios redundantes. Por sinal, o chip M5 tem se destacado em testes de desempenho.

Raciocínio similar foi estendido a outras linhas de produtos desde então. Ao reduzir o tamanho e o peso dos envios, a Apple afirma que pode diminuir as emissões de carbono e limitar o uso de recursos em toda a sua cadeia de suprimentos. Essa justificativa ambiental continua sendo um pilar da estratégia de embalagem da empresa.

O MacBook Pro M5 continua a suportar carregamento tanto via MagSafe quanto USB-C. Os clientes podem utilizar adaptadores USB-C existentes de 67W, 96W ou 140W para carregar o dispositivo, dependendo da configuração específica do modelo. A Apple comercializa seus próprios adaptadores de energia USB-C separadamente, e as páginas de produtos online da empresa agora destacam claramente a frase “adaptador de energia vendido separadamente” nas regiões afetadas.

Os ajustes de preço compensaram parcialmente a omissão em algumas regiões, embora variações nas taxas de câmbio provavelmente também tenham influenciado as mudanças de preço da Apple, como é comum. Em diversos países europeus, o novo MacBook Pro de 14 polegadas está aproximadamente €100 mais barato que seu antecessor. No entanto, o modelo do Reino Unido mantém o mesmo preço inicial, o que pode gerar uma percepção diferente de custo para os consumidores locais.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.