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- Apple, Google e Meta enfrentam pressão para inovar diante do crescimento da inteligência artificial.
- Executivos admitem que produtos tradicionais podem perder relevância com novas tecnologias.
- Você pode ver mudanças nos serviços que usa, como busca e redes sociais, devido à IA.
- Empresas investem em óculos inteligentes e outras inovações para substituir dispositivos atuais.
Gigantes da tecnologia como Apple, Google e Meta estão sob os holofotes, enfrentando uma crescente pressão por inovação. Será que os produtos que definiram a era digital correm o risco de se tornarem obsoletos? Executivos dessas empresas reconhecem que a busca por novidades é constante e que a inteligência artificial (IA) e novas plataformas de mídia social representam ameaças reais.
Afinal, o que move essas empresas a se reinventarem continuamente e como elas estão lidando com essa transformação?
A Confissão dos Gigantes da Tecnologia
Em dois julgamentos antitruste distintos envolvendo Meta e Google, executivos fizeram confissões surpreendentemente honestas. Eles admitiram a possibilidade de que os produtos que antes lideravam o mercado poderiam perder relevância. No Vale do Silício, a inovação e a busca pela “próxima grande novidade” são prioridades.
Apesar disso, essas admissões mostram a crescente pressão que as grandes empresas de tecnologia enfrentam devido às novas ameaças da inteligência artificial e dos aplicativos de mídia social. A velocidade com que um produto pode se tornar obsoleto é alarmante.
Nem a Apple, nem a Meta fizeram comentários sobre o assunto, o Google apenas se pronunciou através de declarações públicas.
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O Domínio da Web Moderna
Nas últimas duas décadas, Apple, Google e Meta moldaram a internet como a conhecemos. O motor de busca do Google se destacou no final dos anos 90 e início dos anos 2000 por classificar os resultados com base na relevância e importância. A Meta, por sua vez, transformou as plataformas sociais em feeds viciantes de interações.
O sucesso dessas empresas foi impulsionado pelos smartphones, que permitiram aos usuários acessar esses serviços de qualquer lugar. A Apple pavimentou o caminho com o lançamento do primeiro iPhone em 2007. Mas será que esse cenário está prestes a mudar?
Com o sucesso desses produtos, a Apple, o Google e a Meta alcançaram avaliações de mercado altíssimas. No entanto, durante os depoimentos no tribunal, os executivos indicaram que os consumidores estão perdendo o interesse em algumas das funções originais do Facebook e do Google.
Sinais de Mudança no Comportamento do Consumidor
Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da Apple, revelou que as pesquisas no Google a partir de dispositivos Apple diminuíram pela primeira vez no último mês, segundo a Bloomberg. A declaração foi feita durante o julgamento antitruste do Departamento de Justiça contra o Google. (O Google paga à Apple para ser o mecanismo de busca padrão no navegador Safari).
Este é um sinal de que os consumidores podem estar migrando para chatbots com IA para realizar algumas das funções de um motor de busca tradicional. A empresa de pesquisa de mercado Gartner estimou que o volume de buscas em motores de busca cairá 25% até 2026, à medida que os consumidores recorrem às ferramentas de IA.
Em resposta, o Google afirmou que continua a observar um crescimento geral nas consultas de pesquisa, incluindo um aumento no total de consultas provenientes de dispositivos e plataformas da Apple.
A Meta também está percebendo que os consumidores estão se afastando do propósito inicial da plataforma: adicionar amigos e compartilhar conteúdo. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, mencionou que a quantidade de conteúdo que as pessoas compartilham com amigos no Facebook diminuiu, assim como o número de novos amigos que adicionam.
Zuckerberg também acrescentou que a empresa registrou um aumento significativo nas mensagens diretas. Pesquisas mostram que o Facebook está perdendo espaço para outras plataformas online com públicos mais jovens. Um relatório do Pew Research Center revelou que o uso do Facebook caiu nos últimos 10 anos, com apenas 32% dos adolescentes utilizando a rede social, em comparação com 71% em 2014 e 2015. No entanto, os adolescentes ainda usam o Instagram com frequência.
A Adaptação Contínua da Meta
A Meta tem ajustado seus aplicativos para acompanhar as novas tendências de forma agressiva. Em 2013, o Facebook tentou comprar o Snapchat, mas, cerca de três anos depois, lançou sua própria alternativa com o Instagram Stories. O feed de vídeos curtos do Instagram, conhecido como Reels, surgiu em 2020 para competir com o TikTok, e Zuckerberg afirmou que a maior parte do tempo gasto no Facebook atualmente é consumindo conteúdo de vídeo.
Será que até mesmo o iPhone corre o risco de perder sua popularidade na próxima década? Eddy Cue, da Apple, comentou durante o julgamento do Google que, por mais estranho que pareça, talvez não precisemos de um iPhone em 10 anos. Atualmente, o iPhone é a segunda marca de smartphone mais popular do mundo, representando 19% das remessas globais no primeiro trimestre de 2025, de acordo com a International Data Corporation.
A Apple, assim como outras gigantes da tecnologia, está focada em descobrir o que vem a seguir.
A Próxima Fronteira da Computação e a Pressão por Inovação
A resposta pode estar em óculos inteligentes que utilizam IA para analisar o mundo ao redor e executar tarefas sem a necessidade de um telefone. Meta, Samsung e Google já estão investindo nessa visão. Zuckerberg acredita que os consumidores interagirão com o conteúdo por meio de óculos inteligentes e hologramas, eliminando a necessidade de usar um “retângulo brilhante” para acessar plataformas digitais. Panos Panay, chefe de dispositivos e serviços da Amazon, também não descartou a possibilidade de óculos Alexa equipados com câmera, semelhantes aos oferecidos pela Meta.
A Apple também acredita que a próxima etapa da computação envolverá dispositivos usados no rosto, como evidenciado pelo Vision Pro de US$ 3.500. Embora seja um produto de nicho, pode ser um precursor dos óculos inteligentes que os concorrentes da Apple estão desenvolvendo ou vendendo atualmente.
Ao mesmo tempo, os consumidores não estão atualizando seus telefones com tanta frequência, já que os dispositivos móveis não apresentam mudanças tão drásticas a cada ano. Por enquanto, os usuários continuarão a usar o Instagram e a fazer pesquisas no Google em seus iPhones. Para gigantes como essas, a mudança é positiva, pois permite que demonstrem a Wall Street que ainda há espaço para crescimento e fortalece seus argumentos para os legisladores de que enfrentam uma concorrência acirrada.
O que está mudando é que as empresas de tecnologia que dominaram o início dos anos 2000 e 2010 podem ter que se esforçar mais para se manter à frente.
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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via CNN Brasil