Apple e ITI solicitam revisão da Anatel sobre leilão do espectro de 6 GHz

Apple e ITI pedem que Anatel reavalie leilão do 6 GHz, argumentando impacto negativo em Wi-Fi e avanço tecnológico no Brasil.
Atualizado há 6 dias
Apple e ITI solicitam revisão da Anatel sobre leilão do espectro de 6 GHz
Apple e ITI solicitam à Anatel reavaliação do leilão do 6 GHz por preocupações tecnológicas. (Imagem/Reprodução: Mobiletime)
Resumo da notícia
    • Apple e ITI pedem que a Anatel reveja a decisão de leiloar o espectro de 6 GHz, destinado originalmente a serviços não licenciados como Wi-Fi.
    • O objetivo é garantir segurança regulatória e maximizar os benefícios das tecnologias sem fio no Brasil.
    • A medida pode impactar provedores de internet sem fio, gerar custos adicionais e interromper serviços essenciais.
    • A manutenção da faixa de 6 GHz para uso não licenciado pode impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico no país.
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A Apple e o Conselho da Indústria de Tecnologia da Informação (ITI) estão pedindo à Anatel que reveja a decisão de leiloar o espectro de 6 GHz para tecnologias móveis. Essa faixa de frequência era destinada a serviços não licenciados, como Wi-Fi. Para a Apple, reverter essa decisão pode garantir segurança regulatória e maximizar os benefícios das tecnologias sem fio no Brasil.

A fabricante argumenta que a mudança prejudica o futuro tecnológico e econômico do país, além de impactar provedores de serviços de internet sem fio e colocar em risco empregos na indústria de banda larga. Hospitais, escolas e agências governamentais já investiram em equipamentos Wi-Fi que operam nessa faixa, e a alteração geraria novos custos e interrupções.

Apple e ITI contra o leilão de 6 GHz

A Apple argumenta que a decisão de abrir a faixa de 6 GHz para serviços não licenciados prejudica o avanço tecnológico e econômico do Brasil. Segundo a empresa, essa medida pode interromper o trabalho de diversos provedores de serviços de internet sem fio (WISPs), além de colocar em risco empregos no setor de banda larga e gerar instabilidade no ambiente regulatório.

A empresa ressalta que hospitais, escolas e órgãos governamentais já investiram em infraestrutura Wi-Fi que opera na totalidade da faixa. Alterar essa alocação de frequência pode acarretar em custos adicionais e até mesmo interromper serviços essenciais que dependem de alta velocidade. A Apple também aponta que seriam necessários mais pontos de acesso, o que aumentaria os custos de infraestrutura em projetos como o de Educação Conectada.

Além disso, a Apple destaca que o uso de espectro não licenciado continua crescendo. Dados da Anatel mostram que a maioria dos usuários de celulares pré-pagos (74,5%) e pós-pagos (61,4%) dependem do Wi-Fi para acessar a internet, em vez de dados móveis. No total, 84,5% dos usuários de banda larga fixa utilizam o Wi-Fi para se conectar à rede.

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A Apple defende que, ao garantir a totalidade da banda de 6 GHz para uso livre de licença, a Anatel fortalecerá a liderança do Brasil em inovação sem fio e transformação digital. Aplicações de Wi-Fi em cidades inteligentes, telemedicina e automação industrial necessitam de espectro suficiente para funcionar de forma eficaz. Limitar o acesso, segundo a empresa, pode prejudicar a inovação e colocar o Brasil em desvantagem em relação a outros países.

ITI alinha discurso contra o Leilão de 6 GHz

O ITI compartilha da mesma preocupação, argumentando que a mudança de posicionamento da Anatel, que em 2021 previa alocar todo o espectro para tecnologias não licenciadas, pode impactar negativamente o futuro tecnológico e econômico do Brasil. O órgão defende que oferecer a banda superior de 6 GHz para sistemas IMT (padrão global para redes móveis) não trará benefícios claros, já que não há uma necessidade evidente de mais espectro.

O ITI argumenta que equipamentos IMT que utilizam essa banda não estarão disponíveis em breve, diferente do Wi-Fi, que já está disponível comercialmente há algum tempo. Antes de alocar mais espectro, o ITI sugere que a Anatel considere a adoção de compartilhamento de rede e outras soluções tecnológicas pelas operadoras.

Uma das soluções propostas é o fatiamento de rede, que aumentaria a eficiência de serviços externos críticos, permitindo que serviços de vídeo gratuitos operem com resolução ligeiramente inferior em períodos de maior movimento. A entidade também defende que as operadoras devem reformular o uso de espectro já existente, realizando um balanceamento de carga e direcionamento de tráfego entre as bandas LTE disponíveis.

O ITI ressalta que o espectro não licenciado de 6 GHz é fundamental para equipamentos Wi-Fi 6E que já estão no mercado e em uso. A decisão da Anatel de permitir acesso não licenciado à banda de 6 GHz para dispositivos internos e portáteis de baixo consumo em 2021 auxiliou cerca de 20 mil ISPs a fornecer acesso Wi-Fi mais confiável. Vale lembrar que, recentemente, a NVIDIA adquire startup Lepton AI para fortalecer sua oferta de serviços de IA.

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O Brasil já homologou mais de 115 dispositivos que utilizam tecnologias não licenciadas na banda de 6 GHz, incluindo computadores, telefones, roteadores, tablets e TVs. Segundo o ITI, esses números devem aumentar à medida que a Anatel avaliar e permitir usos mais intensivos da faixa.

A entidade defende que todas as variantes de potência não licenciadas, como potência padrão, baixa potência, potência muito baixa e potência muito baixa – banda estreita, contribuiriam para melhorar a experiência do cliente. Enquanto isso, a Samsung lança novos monitores para jogos Odyssey na Índia, mostrando que a tecnologia avança em diversas frentes.

Tanto a Apple quanto o ITI defendem que a manutenção da faixa de 6 GHz para uso não licenciado impulsionará a inovação e o desenvolvimento tecnológico no Brasil, garantindo acesso à internet de alta velocidade e fomentando o crescimento de diversos setores da economia. Além disso, você pode conferir cinco jogos gratuitos para Android em destaque na Play Store esta semana.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Teletime

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.