▲
- Novas tarifas sobre produtos chineses podem aumentar custos para a Apple, afetando os preços dos iPhones.
- A empresa busca estratégias para manter a lucratividade sem repassar os custos aos consumidores.
- Incentivar a compra de modelos com maior armazenamento pode ser uma solução para compensar as tarifas.
- A produção na Índia é outra alternativa, mas enfrenta desafios de tempo e capacidade.
Novas tarifas propostas pela administração Trump sobre produtos chineses podem impactar a Apple. Para absorver custos sem repassar aos consumidores, analistas sugerem que a empresa incentive a compra dos modelos iPhone 17 Pro e Pro Max com maior armazenamento, que possuem margens de lucro superiores.
Absorvendo Custos com Mais Memória no iPhone 17 Pro Max
O governo dos EUA estabeleceu uma pausa de 90 dias nas tarifas para diversos países, mas a China, onde está localizada a maior parte da cadeia de suprimentos do iPhone da Apple, enfrenta taxas que podem chegar a 125%. Com a Foxconn operando sua principal unidade fabril em Shenzhen, a Apple busca alternativas para não precisar elevar os preços dos seus smartphones.
A companhia já observou um impacto inicial, com uma perda relatada de quase US$ 640 bilhões em valor de mercado dias após o anúncio das tarifas, representando cerca de 20% do valor total da empresa. Mesmo com a pausa temporária, o cenário indica possíveis aumentos nos preços da linha iPhone 17.
Analistas da Morgan Stanley, em nota para investidores divulgada pelo AppleInsider, apontam uma estratégia viável: focar nas versões com maior capacidade de armazenamento. Eles calculam que a Apple consegue uma margem bruta entre 10% e 15% maior para cada nível superior de armazenamento vendido nos iPhones.
Dessa forma, direcionar os consumidores para os modelos iPhone 17 Pro Max e Pro com mais gigabytes poderia ser uma forma de compensar as taxas adicionais, mantendo a lucratividade sem necessariamente aumentar o preço base dos aparelhos.
Leia também:
O Papel da Produção na Índia
Outra frente considerada é a diversificação da produção, com foco na Índia. A Apple já possui operações no país e busca intensificar a fabricação local. Essa movimentação estratégica também é observada em outras gigantes da tecnologia, refletindo uma tendência de reconfiguração das cadeias globais.
Atualmente, a capacidade produtiva na Índia gira entre 30 e 40 milhões de iPhones por ano. Contudo, apenas o mercado dos Estados Unidos recebeu cerca de 66 milhões de unidades nos últimos 12 meses, o que evidencia a necessidade de um aumento significativo na capacidade indiana para suprir a demanda e reduzir a dependência da China. Transferir a produção para outros locais, como os EUA, apresenta desafios de custo consideráveis.
O principal obstáculo é o tempo. Analistas da Morgan Stanley estimam que levaria de seis a 12 meses para a Índia conseguir ampliar sua produção de forma relevante. Este prazo é consideravelmente maior do que a pausa de 90 dias concedida pela administração Trump para as tarifas.
Essa questão temporal levanta dúvidas sobre se a produção na Índia receberia isenção das tarifas a tempo. O analista Ming-Chi Kuo, da TF International Securities, já havia ponderado que, apesar das tentativas de mitigação, a Apple poderia, no fim das contas, precisar aumentar os preços dos seus modelos ‘Pro’ (modelos que continuam a receber atenção mesmo em gerações mais antigas).
Diante desse cenário tarifário complexo, a Apple explora estratégias para proteger suas margens sem afetar diretamente o bolso do consumidor. Incentivar a aquisição de modelos de iPhone com maior capacidade de armazenamento surge como uma das táticas em análise. No entanto, a combinação de prazos curtos para ajustar a produção global e a incerteza sobre isenções fiscais em polos como a Índia deixa em aberto qual será o real impacto nos preços da linha iPhone 17.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.