Astrônomos da Babilônia podem ter sido os primeiros cientistas do mundo

Estudo revela que astrônomos da Babilônia podem ter sido os primeiros cientistas do mundo. Entenda essa descoberta histórica.
Atualizado há 4 horas
Astrônomos da Babilônia

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Será que os Astrônomos da Babilônia foram os verdadeiros pais da ciência? Embora a Revolução Científica dos séculos 16 e 17 seja vista como o marco inicial da ciência moderna, a verdade é que, muito antes disso, lá por volta de 10000 a.C., as sociedades neolíticas já criavam observações astronômicas e calendários superprimitivos. Vamos descobrir como esses caras pavimentaram o caminho para o que conhecemos hoje.

Os primórdios da ciência: observação e registro

Naquela época, os primeiros agricultores precisavam ficar de olho nos ciclos das estações, ligar os eventos celestes com as mudanças do clima e anotar tudo, mesmo que fosse só de boca. E antes deles, os caçadores-coletores já manjavam dos paranauês do comportamento animal, dos habitats, das técnicas para prever as migrações e dos métodos de rastreamento.

Essa galera tinha um conhecimento vital para a sobrevivência da espécie, mas ainda não dava para chamar isso de ciência, mesmo que já rolasse uma observação sistemática, um reconhecimento de padrões, umas hipóteses simples, uns testes práticos e a transmissão e o aprimoramento do conhecimento de geração em geração.

O que diferencia essas práticas antigas da ciência moderna é a formalização do método, a documentação organizada, a busca por explicações causais (sem apelar para a magia) e, principalmente, a abertura para mudar de ideia quando surgem novas informações.

A precisão nas observações e previsões era crucial para a vida dessas pessoas, criando um baita incentivo para o desenvolvimento desses primeiros sistemas de conhecimento baseados na natureza.

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Por que a astronomia babilônica é tão importante?

Em um artigo recente, o historiador da ciência James Byrne, da Universidade do Colorado em Boulder, jogou a real: os astrônomos da Babilônia, com seus observatórios e registros detalhados, foram os primeiros cientistas do mundo.

A civilização babilônica, que floresceu onde hoje é o Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates, entre 2,5 mil e 4 mil anos atrás, mandava muito na antiga Mesopotâmia. Sua astronomia é considerada científica porque os caras tinham um método sistemático, os escribas anotavam tudo nos mínimos detalhes, usavam matemática avançada e conseguiam prever eventos celestes com uma precisão impressionante.

Naquela época, sem relógios, o céu era tipo um marcador de tempo universal. De dia, o Sol mostrava as horas, e de noite, as estrelas serviam de guia. Os calendários também eram baseados nos astros: um mês era o ciclo da Lua, e um ano, a volta da Terra ao redor do Sol. Além de marcar o tempo, o céu ajudava a prever colheitas, festas e até mudanças políticas.

Os babilônios ficavam de olho nas constelações fixas e nos planetas que andavam soltos por aí, além de fenômenos como eclipses, e interpretavam tudo como sinais. Esses prognósticos, registrados em obras como o Enuma Anu Enlil, acabavam turbinando o estudo da astronomia, que era bem separada das viagens da astrologia.

Como os Astrônomos da Babilônia registravam suas descobertas?

Lá pelo século 7 a.C., a base da astronomia babilônica virou um livro chamado MUL.APIN, um guia prático para observar os céus. Tinha informações sobre constelações, movimentos dos planetas, estações do ano e calendários, além de técnicas para prever eventos celestes, tipo o surgimento e o sumiço das estrelas.

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Nos seus Diários Astronômicos, os escribas babilônicos anotaram, por mais de 700 anos, as posições da Lua, dos planetas, o clima e os preços dos grãos, ligando os sinais do céu com os eventos aqui na Terra. Esses registros permitiram fazer previsões científicas, como os “anos-objetivo”, que calculavam quando os planetas voltariam às mesmas posições. Essas tabelas matemáticas, chamadas de efemérides no século 4 a.C., são um marco na história da ciência.

Para você ter uma ideia do quanto a astronomia babilônica era precisa e importante, até hoje contamos as horas como eles faziam. Em vez do nosso sistema decimal, os babilônios usavam um sistema sexagesimal. Por isso, até os relógios atômicos mais modernos dividem uma hora em 60 minutos e um minuto em 60 segundos.

E aí, curtiu essa viagem pela genialidade dos babilônios? Que tal compartilhar este artigo nas suas redes sociais? Ah, e aproveitando o assunto, você sabia que a Babilônia foi super importante para o desenvolvimento da matemática no mundo?

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.