Ataque ao Banco Central pode afetar sistema financeiro e segurança cibernética

Incidente com parceiro do Banco Central envolve prejuízo miliarário, destacando fragilidades na segurança cibernética e necessidade de reforço na proteção digital.
Atualizado há 1 dia atrás
Ataque ao Banco Central pode afetar sistema financeiro e segurança cibernética
Incidente revela fraquezas na cibersegurança do Banco Central e necessidade de melhoria. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Criminosos acessaram contas reservas de instituições financeiras em ataque ao Banco Central.
    • Clientes finais não têm seus dados ou saldos comprometidos, segundo especialistas.
    • Incidente demonstra fragilidades na segurança cibernética do sistema financeiro brasileiro.
    • Banco Central desligou o sistema para investigar vulnerabilidades e evitar futuros ataques.
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Uma empresa que oferece serviços para diversas instituições financeiras, a C&M Software, foi alvo de um ataque cibernético na última terça-feira (1º). O incidente, que atingiu uma parceira do Banco Central (BC), pode ter causado um prejuízo milionário. Especialistas afirmam que, apesar do grande valor envolvido, a ação não deve afetar os clientes finais das empresas.

Embora não haja uma confirmação oficial sobre o valor exato, há relatos de que os criminosos teriam levado pelo menos R$ 400 milhões. O dinheiro estava em contas reservas mantidas no Banco Central por no mínimo cinco instituições financeiras. Uma das empresas que teve sua conta reserva comprometida foi a BMP, que confirmou o incidente em um comunicado.

Entendendo o Ataque ao Banco Central e Seus Reflexos

De acordo com Renato Borbolla, especialista em cibersegurança, não há motivos para os clientes se preocuparem, pelo menos por enquanto. O ataque foi direcionado especificamente a contas reservas, que são usadas para “liquidações interbancárias”. Essas contas são operadas pela C&M, que atua como intermediária nas transações com o Banco Central.

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O especialista explica que não foram encontrados indícios de que dados de clientes finais tenham sido comprometidos. Isso significa que os saldos de contas, investimentos e informações de cartões não foram violados. Dessa forma, os impactos do ataque ficam restritos às instituições financeiras que foram diretamente afetadas.

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, reforça a fala de Borbolla. Ele explica que as contas reservas servem apenas para operações entre os próprios bancos, ajudando a manter o equilíbrio entre saques e depósitos. Isso isola o impacto do incidente das contas dos usuários comuns.

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Contudo, Igreja alerta que é crucial acompanhar os próximos passos da investigação. A pergunta “o que mais pode acontecer?” permanece. Por essa razão, o Banco Central optou por desligar temporariamente o sistema da C&M Software. A medida visa apurar como a falha foi explorada e como evitar incidentes futuros, garantindo a segurança do sistema.

A Segurança Cibernética e a Credibilidade do Sistema Financeiro

Para os especialistas, o incidente com a C&M Software mostra que existem fragilidades na segurança cibernética de sistemas conectados a operações financeiras importantes. Renato Borbolla destaca a necessidade urgente de investir em resiliência cibernética. Ele também aponta a importância de supervisionar melhor as empresas terceirizadas que prestam serviços sensíveis ao sistema financeiro. Você pode entender mais sobre como empresas de tecnologia trabalham com dados em Empresa de coleta de dados vence processos contra Meta e Twitter e lança plataforma de IA no Brasil.

Arthur Igreja comenta que o sistema financeiro brasileiro é avançado tecnologicamente em comparação com outros mercados. Poucos países possuem ferramentas como o Pix, por exemplo. No entanto, ele aponta a existência de pontos fracos, especialmente no ecossistema que envolve as prestadoras de serviços terceirizadas. “Sempre há o que melhorar”, afirmou Igreja, ressaltando a constante necessidade de aprimoramento na segurança.

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O especialista acredita que o ataque tem um impacto na credibilidade do sistema. Não se trata de um evento leve, mas sim de algo muito sério, não só pelo valor financeiro. Para ele, é inadmissível que uma invasão desse porte ocorra. Sem dúvida, esse episódio deixará uma marca na reputação e na confiança no sistema financeiro nacional. Vulnerabilidades, como as que afetam sistemas largamente usados, também são um tema relevante para a cibersegurança, como visto em Vulnerabilidades em impressoras Brother afetam quase 700 modelos.

Se as informações divulgadas preliminarmente forem confirmadas, este poderá ser um dos maiores ataques cibernéticos ao sistema bancário do Brasil. O impacto seria considerável, tanto financeiramente quanto operacionalmente. Renato Borbolla sugere que os responsáveis pelo ataque fizeram um estudo detalhado da infraestrutura. Eles teriam identificado vulnerabilidades e as explorado com precisão, no “momento mais oportuno” para conseguir o acesso. A segurança dos dados é uma preocupação constante, inclusive em plataformas online, onde mecanismos de proteção são implementados, como abordado em Cloudflare passa a bloquear e cobrar acessos de crawlers de IA.

A atenção sobre a segurança dos dados e permissões continua alta. Mesmo gigantes como o Google estão sempre atualizando suas interfaces para manter a proteção do usuário, o que pode ser observado nas novidades sobre como lidar com acessos, como em Google atualiza interface de permissões no Android 16 Beta.

O cenário destaca a importância de as empresas e o próprio Banco Central reforçarem suas defesas. É um lembrete de que a vigilância e os investimentos em cibersegurança precisam ser contínuos para proteger o fluxo financeiro. O objetivo é evitar que novos episódios como este abalem a confiança no sistema e garantam a integridade das operações.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.