Aumento do IOF preocupa setores de telecomunicações e eletroeletrônicos no Brasil

Setores de telecomunicações e eletroeletrônicos alertam para os impactos do aumento do IOF nos investimentos e na competitividade industrial.
Atualizado há 1 dia atrás
Aumento do IOF preocupa setores de telecomunicações e eletroeletrônicos no Brasil
Aumento do IOF preocupa telecomunicações e eletroeletrônicos por impacto em investimentos. (Imagem/Reprodução: Mobiletime)
Resumo da notícia
    • O aumento do IOF sobre câmbio e crédito foi decretado pelo Ministério da Fazenda como parte de um ajuste fiscal.
    • Setores como telecomunicações e eletroeletrônicos alertam que a medida pode comprometer investimentos e a geração de empregos.
    • O custo do crédito mais alto pode desestimular a inovação e prejudicar empresas de menor porte.
    • O Congresso Nacional avalia revogar o aumento caso o governo não cancele a medida em dez dias.
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Representantes das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil, a Conexis Brasil Digital expressou, em nota, preocupação com as discussões sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A entidade alerta que, no setor de telecomunicações, essa medida pode comprometer a expansão da conectividade.

O Ministério da Fazenda decretou o aumento do IOF sobre câmbio e operações de crédito como parte de um ajuste fiscal. O mercado criticou a medida devido ao impacto no custo do crédito, e o Congresso Nacional planeja votar um projeto para revogar o aumento, caso a equipe econômica não cancele a medida em dez dias.

A Conexis argumenta que o Brasil já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que onera o setor produtivo. Ao aumentar o custo do crédito, o aumento do IOF pode comprometer a capacidade de investimento e geração de empregos, inclusive no setor de telecomunicações.

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A entidade defende que o IOF não deveria compor o pacote fiscal, pois sua função é regular e não arrecadar, servindo como incentivo ou desincentivo a atividades econômicas. A Conexis critica o fato de que, com essa medida, o valor arrecadado com o IOF quase dobrará, atingindo cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Diante dos impasses, o governo avalia alternativas, como judicializar o caso ou implementar outras formas de aumento de receita. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugeriu a taxação das big techs ou o aumento do imposto cobrado das bets.

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A Conexis defende que qualquer alteração na tributação seja amplamente discutida e que as medidas de ajuste fiscal não penalizem os setores produtivos. A entidade acredita que uma abordagem equilibrada e eficiente é essencial para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo para o país.

Indústria eletroeletrônica também demonstra preocupação

A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) solicitou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que intervenha no impasse do aumento do IOF. A Abinee busca alternativas que preservem a competitividade industrial sem sobrecarregar setores produtivos essenciais.

Em nota, a Abinee avalia que a medida da equipe econômica representa um obstáculo ao financiamento da produção, afetando setores estratégicos para a modernização industrial e a transformação digital. Para saber mais sobre modernização, confira este artigo.

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A indústria eletroeletrônica depende intensamente do crédito para adquirir insumos, bens de capital e financiar equipamentos industriais de alto valor e longo ciclo de fabricação. O aumento do custo dessas operações compromete investimentos produtivos, desestimula a inovação tecnológica e impõe dificuldades adicionais, especialmente para empresas nacionais de menor porte.

Além de penalizar setores produtivos essenciais, a alta do IOF amplia a desigualdade no acesso ao crédito e enfraquece a competitividade da indústria brasileira em relação a economias com políticas de estímulo à produção. Em um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo, iniciativas arrecadatórias como essa agravam o ambiente de negócios, sendo que o equilíbrio fiscal deve vir do crescimento econômico, não do aumento contínuo da tributação.

O Google Pixel Watch 2 não foi citado no texto original.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Mobile Time

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.