▲
- O aumento do IOF sobre câmbio e crédito foi decretado pelo Ministério da Fazenda como parte de um ajuste fiscal.
- Setores como telecomunicações e eletroeletrônicos alertam que a medida pode comprometer investimentos e a geração de empregos.
- O custo do crédito mais alto pode desestimular a inovação e prejudicar empresas de menor porte.
- O Congresso Nacional avalia revogar o aumento caso o governo não cancele a medida em dez dias.
Representantes das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil, a Conexis Brasil Digital expressou, em nota, preocupação com as discussões sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A entidade alerta que, no setor de telecomunicações, essa medida pode comprometer a expansão da conectividade.
O Ministério da Fazenda decretou o aumento do IOF sobre câmbio e operações de crédito como parte de um ajuste fiscal. O mercado criticou a medida devido ao impacto no custo do crédito, e o Congresso Nacional planeja votar um projeto para revogar o aumento, caso a equipe econômica não cancele a medida em dez dias.
A Conexis argumenta que o Brasil já possui uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que onera o setor produtivo. Ao aumentar o custo do crédito, o aumento do IOF pode comprometer a capacidade de investimento e geração de empregos, inclusive no setor de telecomunicações.
A entidade defende que o IOF não deveria compor o pacote fiscal, pois sua função é regular e não arrecadar, servindo como incentivo ou desincentivo a atividades econômicas. A Conexis critica o fato de que, com essa medida, o valor arrecadado com o IOF quase dobrará, atingindo cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
Diante dos impasses, o governo avalia alternativas, como judicializar o caso ou implementar outras formas de aumento de receita. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) sugeriu a taxação das big techs ou o aumento do imposto cobrado das bets.
Leia também:
A Conexis defende que qualquer alteração na tributação seja amplamente discutida e que as medidas de ajuste fiscal não penalizem os setores produtivos. A entidade acredita que uma abordagem equilibrada e eficiente é essencial para garantir um desenvolvimento sustentável e inclusivo para o país.
Indústria eletroeletrônica também demonstra preocupação
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) solicitou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) que intervenha no impasse do aumento do IOF. A Abinee busca alternativas que preservem a competitividade industrial sem sobrecarregar setores produtivos essenciais.
Em nota, a Abinee avalia que a medida da equipe econômica representa um obstáculo ao financiamento da produção, afetando setores estratégicos para a modernização industrial e a transformação digital. Para saber mais sobre modernização, confira este artigo.
A indústria eletroeletrônica depende intensamente do crédito para adquirir insumos, bens de capital e financiar equipamentos industriais de alto valor e longo ciclo de fabricação. O aumento do custo dessas operações compromete investimentos produtivos, desestimula a inovação tecnológica e impõe dificuldades adicionais, especialmente para empresas nacionais de menor porte.
Além de penalizar setores produtivos essenciais, a alta do IOF amplia a desigualdade no acesso ao crédito e enfraquece a competitividade da indústria brasileira em relação a economias com políticas de estímulo à produção. Em um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo, iniciativas arrecadatórias como essa agravam o ambiente de negócios, sendo que o equilíbrio fiscal deve vir do crescimento econômico, não do aumento contínuo da tributação.
O Google Pixel Watch 2 não foi citado no texto original.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Mobile Time