Austrália impõe proibição de redes sociais para menores de 16 anos

Proibição de redes sociais para menores é a nova lei aprovada na Austrália, que impede o acesso de jovens de até 16 anos, impondo multas às plataformas infratoras.
Atualizado em 29/11/2024 às 00:48
proibição de redes sociais para menores
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O Parlamento australiano aprovou, no dia 28 de novembro de 2024, uma nova legislação que estabelece a proibição de redes sociais para menores de 16 anos. Essa medida visa proteger a saúde mental das crianças no ambiente digital, apesar das críticas de empresas de tecnologia que consideram as regras difíceis de implementar.

Detalhes da Legislação

A nova lei entrará em vigor em 12 meses, permitindo que as plataformas de mídia social se adaptem às novas exigências. As empresas terão a responsabilidade de adotar “medidas razoáveis” para evitar que menores criem contas. Importante destacar que, caso crianças ou seus pais descumpram a regra, não haverá penalidades para eles; a responsabilidade recairá exclusivamente sobre as plataformas. Essa situação levanta questões sobre a segurança em redes sociais, algo que já foi discutido em outros contextos, como no caso do TikTok, que impôs restrições para proteger usuários jovens.

Declarações do Primeiro-Ministro

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, ressaltou a importância dessa legislação, afirmando que o governo busca garantir uma infância saudável para as crianças do país. Ele comentou: “Sabemos que algumas crianças tentarão burlar as regras, mas estamos enviando uma mensagem clara para as redes sociais: limpem suas plataformas”. Essa preocupação com a saúde mental das crianças é um tema que vem ganhando destaque globalmente, especialmente em relação ao uso excessivo de redes sociais, como evidenciado por estudos que mostram o impacto negativo na saúde mental.

Redes Sociais Abrangidas

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A nova legislação se aplica a redes sociais amplamente utilizadas, como Facebook, Instagram, Snapchat e TikTok. No entanto, plataformas como YouTube e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, estão isentos dessa restrição. Essa isenção pode ser vista como uma tentativa de equilibrar a comunicação entre jovens e adultos, mas também levanta questões sobre a eficácia da lei em um cenário digital tão dinâmico.

Multas e Reações do Setor de Tecnologia

As empresas que não cumprirem a nova norma poderão enfrentar multas de até 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente 32,4 milhões de dólares americanos). A legislação não exige verificação de identidade com documentos oficiais, como RGs, o que gerou debates sobre sua eficácia. Um estudo da YouGov revelou que 77% dos australianos apoiam a medida, refletindo uma crescente preocupação com a segurança digital. Essa questão é semelhante à discussão sobre a segurança em plataformas como o Google, que tem implementado ferramentas para combater o abuso infantil na internet.

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Discussões Internacionais

A proposta de restrição de idade em redes sociais está sendo considerada em outros países, como Noruega e Estados Unidos, onde há discussões legais sobre a liberdade de expressão. No entanto, grandes empresas de tecnologia, como a Meta, controladora do Facebook e Instagram, criticaram a legislação, chamando-a de “inconsistente e ineficaz”. Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), também expressou preocupações, sugerindo que a lei poderia ser uma forma disfarçada de controlar o acesso à internet para todos os australianos.

Essa nova legislação representa um passo significativo na discussão sobre a segurança digital das crianças e o papel das redes sociais em suas vidas. Com a implementação da proibição de redes sociais para menores, a Austrália se junta a um crescente movimento global que busca proteger os jovens em um ambiente digital cada vez mais complexo.

Via Olhar Digital

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.