Austrália impõe proibição de redes sociais para menores de 16 anos

Proibição de redes sociais para menores é a nova lei aprovada na Austrália, que impede o acesso de jovens de até 16 anos, impondo multas às plataformas infratoras.
Atualizado há 6 dias
proibição de redes sociais para menores

Outros destaques

Apple Intelligence
smartphone
dispositivo de carregamento revolucionário
smartphones
Smartphones

O Parlamento australiano aprovou, no dia 28 de novembro de 2024, uma nova legislação que estabelece a proibição de redes sociais para menores de 16 anos. Essa medida visa proteger a saúde mental das crianças no ambiente digital, apesar das críticas de empresas de tecnologia que consideram as regras difíceis de implementar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Detalhes da Legislação

A nova lei entrará em vigor em 12 meses, permitindo que as plataformas de mídia social se adaptem às novas exigências. As empresas terão a responsabilidade de adotar “medidas razoáveis” para evitar que menores criem contas. Importante destacar que, caso crianças ou seus pais descumpram a regra, não haverá penalidades para eles; a responsabilidade recairá exclusivamente sobre as plataformas. Essa situação levanta questões sobre a segurança em redes sociais, algo que já foi discutido em outros contextos, como no caso do TikTok, que impôs restrições para proteger usuários jovens.

Declarações do Primeiro-Ministro

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, ressaltou a importância dessa legislação, afirmando que o governo busca garantir uma infância saudável para as crianças do país. Ele comentou: “Sabemos que algumas crianças tentarão burlar as regras, mas estamos enviando uma mensagem clara para as redes sociais: limpem suas plataformas”. Essa preocupação com a saúde mental das crianças é um tema que vem ganhando destaque globalmente, especialmente em relação ao uso excessivo de redes sociais, como evidenciado por estudos que mostram o impacto negativo na saúde mental.

Redes Sociais Abrangidas

A nova legislação se aplica a redes sociais amplamente utilizadas, como Facebook, Instagram, Snapchat e TikTok. No entanto, plataformas como YouTube e aplicativos de mensagens, como WhatsApp, estão isentos dessa restrição. Essa isenção pode ser vista como uma tentativa de equilibrar a comunicação entre jovens e adultos, mas também levanta questões sobre a eficácia da lei em um cenário digital tão dinâmico.

Multas e Reações do Setor de Tecnologia

As empresas que não cumprirem a nova norma poderão enfrentar multas de até 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente 32,4 milhões de dólares americanos). A legislação não exige verificação de identidade com documentos oficiais, como RGs, o que gerou debates sobre sua eficácia. Um estudo da YouGov revelou que 77% dos australianos apoiam a medida, refletindo uma crescente preocupação com a segurança digital. Essa questão é semelhante à discussão sobre a segurança em plataformas como o Google, que tem implementado ferramentas para combater o abuso infantil na internet.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia também:

Discussões Internacionais

A proposta de restrição de idade em redes sociais está sendo considerada em outros países, como Noruega e Estados Unidos, onde há discussões legais sobre a liberdade de expressão. No entanto, grandes empresas de tecnologia, como a Meta, controladora do Facebook e Instagram, criticaram a legislação, chamando-a de “inconsistente e ineficaz”. Elon Musk, proprietário do X (antigo Twitter), também expressou preocupações, sugerindo que a lei poderia ser uma forma disfarçada de controlar o acesso à internet para todos os australianos.

Essa nova legislação representa um passo significativo na discussão sobre a segurança digital das crianças e o papel das redes sociais em suas vidas. Com a implementação da proibição de redes sociais para menores, a Austrália se junta a um crescente movimento global que busca proteger os jovens em um ambiente digital cada vez mais complexo.

Via Olhar Digital

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.