Automação e agentes de IA: diferenças essenciais e aplicações no Brasil

Automação e agentes de IA: diferenças essenciais e aplicações no Brasil
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A automação executa tarefas seguindo regras fixas sem capacidade de adaptação automática.
    • Você pode se beneficiar de agentes de IA que ajustam processos em tempo real, tornando serviços mais eficientes e flexíveis.
    • Essas tecnologias transformam áreas como atendimento ao cliente, logística e gestão de estoque no Brasil.
    • A integração da automação com agentes de IA permite sistemas mais robustos e preparados para desafios futuros.
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No mundo da tecnologia, é comum ouvirmos sobre automação e Agentes de IA, muitas vezes como se fossem a mesma coisa. Mas, na verdade, esses termos representam ideias bem diferentes, com aplicações e limites próprios. Entender a distinção é importante para escolher a solução certa em cada momento, aproveitando o melhor que cada um oferece.

O que é Automação?

A automação funciona como um robô que segue um roteiro fixo, realizando tarefas com base em regras pré-definidas. É como se houvesse uma receita de bolo: você segue os passos, e o resultado esperado aparece. Não há espaço para improviso ou mudanças de rota, a menos que alguém altere a receita.

Um bom exemplo para entender isso é um semáforo comum. Ele tem um ciclo programado para mudar de cor em intervalos fixos, como a cada dois minutos. Essa sequência é previsível, sempre igual. O semáforo faz seu trabalho sem precisar “pensar” sobre o trânsito.

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Contudo, para que esse semáforo se ajuste a uma nova condição, como um desvio ou um evento, uma pessoa precisa ir lá e reconfigurá-lo. A automação, por mais complexa que seja, depende da intervenção humana para se adaptar a qualquer cenário que não tenha sido previsto em sua programação inicial. Ela é muito eficiente para o que foi desenhado.

Mesmo os sistemas de automação mais avançados mantêm essa característica: operam dentro dos limites estabelecidos por suas regras. Para qualquer mudança, por menor que seja, ou para lidar com algo inesperado, a capacidade de adaptação reside na ação de um desenvolvedor ou operador humano. A previsibilidade é sua grande vantagem, mas também sua limitação.

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Como os Agentes de IA Transformam a Interação

Diferente da automação, um agente de IA é um sistema que realmente “percebe” o que está ao seu redor. Ele consegue entender as informações do ambiente, analisar a situação e tomar decisões sozinho para alcançar um objetivo. Pense nele como um assistente inteligente que não precisa de um roteiro fixo para funcionar.

Ele se ajusta conforme as coisas mudam, podendo até escolher entre várias formas de resolver um problema. A grande sacada é que não depende de comandos rígidos. Se combinarmos um agente de IA com modelos de linguagem, ele pode entender o que você pede usando a linguagem natural do dia a dia. Isso permite que receba instruções mais abertas e faça coisas que não estavam programadas de início. A evolução dos notebooks com inteligência artificial integrada ao sistema é um exemplo claro dessa capacidade de adaptação.

Vamos voltar ao exemplo do semáforo, mas agora com um toque de inteligência artificial. Se esse semáforo fosse um agente de IA, ele analisaria o fluxo de veículos em tempo real, perceberia se houve um acidente e, sozinho, recalcularia a melhor forma de organizar o tráfego. Ele se adapta, sem precisar de alguém para reprogramá-lo na hora.

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Essa capacidade de perceber e agir de forma autônoma traz uma flexibilidade enorme. Os próximos passos da Samsung na Inteligência Artificial demonstram o quanto essa tecnologia é valorizada para criar soluções dinâmicas. Um agente de IA pode lidar com cenários complexos e variáveis, onde as regras fixas da automação não seriam suficientes.

Chatbots: Automação Simples vs. Agentes Adaptáveis

Para deixar a diferença ainda mais clara, podemos olhar para os chatbots que encontramos por aí. Um chatbot que usa a automação de forma mais simples funciona com um roteiro rígido. Ele te dá opções e você precisa seguir aquele caminho, como se estivesse em um menu telefônico.

A conversa com esse tipo de automação é previsível. Se você sair do script, o sistema não sabe o que fazer. É ideal para tarefas rápidas e diretas, onde as perguntas e respostas são sempre as mesmas, como em algumas partes da Atualização do Samsung DeX com One UI 8, que visam otimizar interações específicas de um sistema.

Já um chatbot que utiliza modelos de linguagem é um pouco mais esperto. Ele consegue entender frases mais livres e dar respostas menos “engessadas”. A conversa fica mais natural, mas ele ainda se foca em interagir através do diálogo. Ele não vai, por exemplo, fazer algo por você em outro programa.

Porém, um chatbot que incorpora um agente de IA é um nível acima. Ele não só conversa de forma fluida, como também é capaz de agir, se conectar com outros programas e até monitorar o uso de IA para aprender com novas situações. Em vez de apenas dizer como instalar um programa, ele poderia efetivamente instalar o software no seu computador.

Agentes de IA e Automação: Trabalhando Juntos

É bom lembrar que, apesar de todo esse potencial, os agentes de IA não substituem a inteligência humana. Eles operam dentro das regras e dos objetivos para os quais foram criados. A capacidade de aprender e se otimizar completamente depende muito de como foram projetados, dos dados que recebem e do ambiente em que são treinados. Recursos como filtragem de chamadas e tradução ao vivo no iOS 26 mostram como a tecnologia pode nos auxiliar sem nos substituir.

Na verdade, a automação e os agentes de IA muitas vezes trabalham lado a lado. Um agente pode, por exemplo, usar pedaços de automação para executar tarefas específicas dentro de um processo maior. Eles não são inimigos, mas sim parceiros que se ajudam para entregar resultados mais completos.

Olhando para as aplicações no dia a dia, a automação é perfeita para aquelas tarefas que se repetem, que têm um padrão e poucas variações. Pense em emitir notas fiscais ou enviar e-mails de confirmação de compra. São processos com começo, meio e fim definidos, onde a eficiência e a precisão são garantidas pela repetição programada.

Os agentes de IA, por outro lado, se destacam em situações que mudam o tempo todo, cheias de variáveis e que exigem jogo de cintura. Eles são ideais para gerenciar o estoque de uma loja em tempo real, dar um atendimento ao cliente que usa vários canais (telefone, chat, redes sociais) ou montar sistemas de logística que se adaptam a imprevistos na rota. Eles trazem a flexibilidade onde a automação não alcança.

No final das contas, a automação e os Agentes de IA não competem, eles se completam. A automação garante que as rotinas fixas funcionem sem falhas, de forma muito eficiente. Já os agentes de IA entram em cena quando o cenário é imprevisível, oferecendo a adaptação necessária para lidar com o novo e o inesperado.

Entender quando usar cada um é o segredo para criar sistemas inteligentes, que podem crescer com a demanda e que já estão prontos para os desafios do futuro. Combinar essas duas abordagens permite soluções robustas e dinâmicas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.