A Coreia do Sul não pretende criar uma reserva estratégica de Bitcoin. O Banco da Coreia (BOK), o banco central sul-coreano, declarou que “não está considerando” essa possibilidade. A decisão foi tomada após uma análise cuidadosa e discussões internas sobre os riscos e benefícios potenciais.
O BOK expressou preocupações sobre a inclusão do Bitcoin em suas “reservas de câmbio estrangeira”, indicando que “deve ser cauteloso” em relação a essa medida. A declaração foi feita em resposta a uma consulta por escrito do legislador Cha Kyu-geun, membro do Partido Reconstruindo a Coreia e do Comitê de Planejamento e Finanças da Assembleia Nacional.
O Banco da Coreia e a Reserva Estratégica de Bitcoin
O Banco da Coreia (BOK) enfatizou que não discutiu ou revisou a inclusão do Bitcoin em suas reservas de câmbio. A principal preocupação é que, em um mercado de ativos virtuais instável, os custos de transação aumentariam rapidamente para aqueles que tentam converter Bitcoin em moeda fiduciária. Além disso, o BOK destacou que o Bitcoin não atende aos padrões de cálculo de reservas de câmbio estrangeira do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O BOK também argumentou que as reservas de câmbio devem estar disponíveis para uso imediato, sempre que necessário. Essa característica de liquidez imediata é fundamental para que o banco central possa intervir no mercado de câmbio e estabilizar a moeda nacional em momentos de crise.
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Embora algumas figuras políticas em países como República Tcheca e Brasil tenham manifestado opiniões positivas sobre a criação de reservas estratégicas de Bitcoin, o Banco da Coreia observou que outros governos, como o Banco Central Europeu, o Banco Nacional Suíço e o governo japonês, expressaram opiniões negativas sobre a ideia de armazenar BTC.
Debate Político e a Reserva Estratégica de Bitcoin na Coreia do Sul
A questão de saber se Seul deveria lançar uma reserva estratégica de Bitcoin tem sido um tema de debate nas últimas semanas. O departamento de política do Partido Democrático (DP) até mesmo levantou a ideia de adicionar Bitcoin ao portfólio de reservas de câmbio no início deste mês.
Em um cenário político onde a destituição do atual presidente Yoon Seok-yul fosse bem-sucedida, a Coreia do Sul poderia realizar eleições presidenciais ainda este ano. Percebendo a necessidade de atrair eleitores mais jovens em caso de uma eleição em 2025, o DP e figuras importantes do partido rival, o Partido do Poder Popular, já começaram a fazer declarações políticas pró-cripto nas últimas semanas.
O Partido Reconstruindo a Coreia, por sua vez, ocupa 12 assentos na Assembleia Nacional, que ainda é dominada pelo DP, com 170 assentos. As discussões sobre a adoção de criptomoedas como parte da estratégia econômica do país continuam a gerar debates e diferentes perspectivas entre os partidos políticos.
A decisão do Banco da Coreia de não incluir o Bitcoin em suas reservas de câmbio reflete uma postura conservadora em relação aos ativos digitais, priorizando a estabilidade e a liquidez das reservas. No entanto, o debate sobre o papel das criptomoedas na economia sul-coreana continua em aberto, com diferentes atores políticos defendendo abordagens distintas.
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