▲
- O Banco Central da Rússia está prestes a proibir a negociação de USDT no país, segundo novas regulamentações.
- As regras visam controlar o uso de criptomoedas no comércio internacional, priorizando moedas não vinculadas a países “hostis”.
- Investidores e empresas russas podem enfrentar restrições na negociação de stablecoins populares, como o USDT.
- O uso de stablecoins em liquidações internacionais não será proibido, mas com limitações específicas.
As novas regulamentações do Banco Central da Rússia podem efetivamente proibir a negociação de Tether (USDT) no país, segundo especialistas. No entanto, as novas regras não impediriam que empresas russas utilizassem USDT ou outras stablecoins como ferramentas de pagamento ou liquidação em acordos comerciais internacionais. Moscou está se preparando para expandir o uso de criptomoedas no comércio internacional, mas com restrições.
Negociação de USDT na Rússia: Em Risco?
O veículo de notícias RBC informou que o banco emitiu regras antes da aprovação da negociação dentro de seu sandbox cripto. As regras entrarão em vigor em 26 de maio. O sandbox foi criado com o objetivo de permitir que empresas russas utilizassem criptomoedas em acordos de comércio internacional, operando sob a supervisão do Banco Central. Moscou está se preparando para expandir este sandbox nas próximas semanas.
Isso permitirá que investidores qualificados ou “superqualificados” recebam permissão para negociar criptomoedas em plataformas de câmbio aprovadas pelo Banco Central. No entanto, as regras mais recentes do banco estabelecem parâmetros para o tipo de moedas que os investidores poderão negociar. Essas regras observam que as moedas “não devem estar relacionadas a títulos emitidos por emissores hostis” e também mencionam a necessidade de lidar com projetos com presença em “países amigáveis”.
Aqui, “hostil” refere-se a países que impuseram ou aderiram a regimes de sanções contra a Rússia, e “amigável” refere-se a nações que adotam uma postura neutra em relação a Moscou. As regras também incluem cláusulas que parecem proibir o uso de moedas que poderiam “possivelmente ser bloqueadas pelos próprios emissores ou pelos agentes de pagamento ou indivíduos que as controlam”. Isso também parece se referir à possibilidade de que os operadores possam ser ordenados a queimar tokens pertencentes a russos.
Outras Stablecoins Também Ameaçadas?
O Banco Central não nomeou explicitamente nenhum criptoativo em suas regras, nem falou diretamente sobre uma possível proibição do USDT. Mas especialistas concordam que a maioria das stablecoins populares atreladas ao dólar americano não atenderia aos requisitos do banco.
Leia também:
Georgy Gukasyan, Diretor do Departamento Tributário e Jurídico da DRT (antiga filial russa da Deloitte), disse que as definições do Banco Central eram “bastante amplas e podem abranger algumas stablecoins“. Mikhail Uspensky, membro do conselho de especialistas da Rússia sobre regulamentação de criptomoedas, disse que o USDT “não atende aos novos critérios do banco, o que significa que não poderá circular na Rússia”.
Uspensky acrescentou que o banco está trabalhando nas regulamentações há algum tempo e também observou que “o uso de stablecoins em liquidações internacionais não é proibido”. É importante destacar que, recentemente, o celular tem se destacado como o principal meio de pagamento no Brasil em 2024, segundo dados do Banco Central, demonstrando a crescente importância das tecnologias financeiras.
Complicações de KYC
Gukasyan, por sua vez, explicou que as obrigações da Tether de fornecer dólares americanos fiduciários aos detentores de USDT “só existem para um determinado grupo de detentores de tokens“. Ele explicou que, para reivindicar dólares, os detentores de tokens USDT devem passar pelos protocolos Know-Your-Customer e Anti-Money Laundering.
Mas esses mesmos protocolos, disse Gukasyan, são “totalmente compatíveis” com as sanções impostas à Rússia. Ele disse que isso significa que a Tether, “a seu exclusivo critério”, poderia “se recusar a resgatar” moedas pertencentes a pessoas que não passarem em suas verificações de verificação. Gukasyan disse que o emissor de USDT também tem a capacidade de bloquear tokens localizados “na carteira de qualquer usuário, a seu exclusivo critério, a qualquer momento”.
O especialista apontou para o caso da corretora de criptomoedas russa Garantex como um exemplo. Em março deste ano, as autoridades americanas assumiram o controle dos domínios da Garantex e congelaram US$ 26 milhões em fundos. A Tether cooperou com a repressão de Washington, congelando milhões de tokens USDT mantidos em carteiras da Garantex. Essas ações podem ter um impacto significativo no mercado de criptomoedas.
Essas novas regras do Banco Central da Rússia podem levar ao Ban de USDT na Rússia, impactando a forma como as criptomoedas são utilizadas no comércio internacional. A medida, que entrará em vigor em breve, estabelece restrições específicas sobre quais criptomoedas podem ser negociadas, priorizando aquelas não vinculadas a países considerados “hostis”.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Cryptonews