Recentemente, a rede social Bluesky, que tem se destacado como uma alternativa ao X (antigo Twitter), enfrentou um aumento alarmante em tentativas de golpes de criptomoedas. Com a rápida expansão de sua base de usuários, a plataforma também viu um crescimento significativo em contas falsas e spam, refletindo um problema que já é comum em outras redes sociais.
De acordo com o site Bleeping Computer, muitos dos posts fraudulentos prometem ganhos financeiros com criptomoedas, mas na verdade são enganosos. Um exemplo notável é um post que utiliza uma imagem gerada por inteligência artificial de Mark Zuckerberg, CEO da Meta, para promover uma moeda fictícia chamada MetaCoin. O link leva a um site que imita a marca da Meta, buscando enganar os usuários e roubar seu dinheiro.
Outro golpe identificado envolve a imagem do apresentador de TV John Oliver, que é usada para promover um site falso que promete US$ 1 mil. Esses posts frequentemente abusam de hashtags para aumentar seu alcance e enganar mais pessoas.
Bluesky Reconhece o Problema
Em uma declaração publicada em 15 de novembro, a equipe de segurança do Bluesky reconheceu que o crescimento da rede social, que chegou a ganhar 1 milhão de usuários em um único dia, também trouxe um aumento nos golpes. A plataforma recebeu mais de 42 mil denúncias em apenas 24 horas, com cerca de 3 mil avisos por hora nos dias seguintes. A equipe de moderação alertou: “Com este aumento significativo de usuários, também vimos um crescimento em spam, golpes e trolls”. Eles pedem que os usuários continuem denunciando esses posts fraudulentos.
Desafios da Estrutura Descentralizada
O caráter descentralizado do Bluesky, que utiliza o AT Protocol, apresenta desafios adicionais para combater esses golpes. Esse protocolo permite que diferentes provedores de serviços se conectem, semelhante ao funcionamento do e-mail. Embora a empresa possa aplicar suas regras nos domínios bsky.app e bsky.social, alguns golpistas estão explorando instâncias alternativas da rede, escapando das normas estabelecidas.
Além disso, as publicações fraudulentas estão sendo indexadas por mecanismos de busca, como o Google, o que pode aumentar ainda mais o número de vítimas. A falta de um sistema de verificação robusto, como o que existe em outras redes sociais, também contribui para a vulnerabilidade dos usuários. No Bluesky, a ideia é que pessoas públicas e empresas usem seus próprios domínios como nomes de usuário, mas muitos usuários ainda não estão familiarizados com essa dinâmica, o que os torna alvos fáceis para os golpistas.
Com o crescimento contínuo da plataforma, é essencial que os usuários permaneçam vigilantes e informados sobre os riscos associados a golpes de criptomoedas. A conscientização e a denúncia de atividades suspeitas são fundamentais para manter a segurança na rede.
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Via Tecnoblog