Brasileiros reféns em Mianmar forçados a aplicar golpes

Brasileiros mantidos reféns em Mianmar eram forçados a aplicar golpes. Descubra os detalhes chocantes dessa situação.
Atualizado há 2 dias
Golpes online de Mianmar

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Brasileiros que foram mantidos em cárcere privado em Mianmar eram forçados a aplicar golpes em outros brasileiros. Eles faziam parte de uma “fábrica de golpes online” e tinham como missão encontrar vítimas em potencial nas redes sociais. A dupla conseguiu escapar da instalação na última semana, junto com outros imigrantes que viviam a mesma situação. Vamos entender melhor como funcionava essa operação.

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Como funcionavam os Golpes online de Mianmar

Phelipe de Moura Ferreira, um dos jovens que trabalhava em condições análogas à escravidão no KK Park, detalhou como funcionava o esquema. Os operadores da fraude se passavam por uma modelo chinesa que buscava ajuda financeira. Durante a interação com os alvos, a personagem perguntava sobre nome, idade, estado civil, tipo de trabalho e salário. A intenção era obter o máximo de informações para personalizar o golpe.

Após conquistar a confiança da vítima, a suposta modelo dizia trabalhar em uma plataforma que pagava US$ 30 de comissão para quem a ajudasse em algumas tarefas. Inicialmente, as vítimas recebiam o valor combinado. No entanto, para as comissões seguintes, eram exigidas “recargas” que começavam em US$ 150 (R$ 853) e podiam chegar a US$ 5 mil (R$ 28,4 mil). O ciclo de pagamentos e exigências continuava até os golpistas arrecadarem a quantia desejada.

A quadrilha de Golpes online de Mianmar não tinha um público-alvo específico, procurando tanto homens quanto mulheres. Contudo, os brasileiros perceberam que os conterrâneos desconfiavam da conversa, o que levou o grupo a buscar vítimas em outros países da América, Ucrânia e Rússia, onde era mais fácil aplicar os golpes. Estratégias de convencimento e engenharia social eram utilizadas para ludibriar as vítimas.

A busca por vítimas em diferentes países demonstra a adaptabilidade dos criminosos. Eles conseguiam ajustar suas abordagens de acordo com as características culturais e sociais de cada região. Essa flexibilidade era fundamental para o sucesso dos golpes, que se aproveitavam da vulnerabilidade das pessoas em busca de oportunidades financeiras.

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Prejuízos e Extorsões nos Golpes Online

Um dos casos que mais marcou Phelipe foi o de uma vítima do Caribe, que conversava com um operador chinês. A mulher foi convencida a fazer empréstimos e comprar uma casa, após o golpista afirmar que moraria com ela. No total, a vítima teve um prejuízo de 350 mil euros (R$ 2,08 milhões). Os chefes da quadrilha ainda obrigaram Phelipe a se envolver no caso, com o objetivo de extorquir a vítima ainda mais.

Phelipe relatou que tentou procurar outras pessoas para interagir no lugar da vítima caribenha, mas sabia que poderia ser punido caso não cumprisse as ordens. A pressão psicológica e as ameaças eram constantes, transformando a vida dos reféns em um verdadeiro inferno. A situação demonstra o nível de crueldade e a falta de escrúpulos dos criminosos.

As condições de trabalho eram desumanas: os reféns trabalhavam, em média, 16 horas por dia, mas o expediente podia chegar a 22 horas. Quem não cumprisse as metas sofria punições severas, como choque elétrico, espancamento ou longas sessões de agachamento. A rotina exaustiva e as punições físicas e psicológicas tinham como objetivo manter os reféns sob controle e garantir o cumprimento das metas de arrecadação.

Em busca de manter todos informados sobre o mundo da tecnologia, é preciso estar ligado nas principais tendências de golpes virtuais e também ter dicas de como se proteger.

A exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade é uma realidade que exige atenção e combate. As autoridades precisam estar preparadas para desmantelar essas organizações criminosas e oferecer apoio às vítimas. A conscientização da população sobre os riscos dos golpes online é fundamental para evitar que mais pessoas caiam nessas armadilhas.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.