Buscador Google agora responde com Inteligência Artificial generativa, uma “nova” internet está começando

Com a nova ferramenta, usuários deixam de clicar em sites com respostas, diminuindo tráfego neles e receita, assim o Google monopoliza as informações em sua página.
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09/11/2023 às 08:15 | Atualizado há 1 ano
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Sem muito alarde, ontem o buscador do Google passou a ter a opção de responder as buscas dos usuários usando Internet Artificial generativa. Bem no esquema ChatGPT ou como no Bing que há alguns meses já faz algo semelhante, o usuário precisa ativar a ferramenta Experiência de Pesquisa Generativa (ou SGE, na sigla em inglês) no site Labs.

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A Experiência de Pesquisa Generativa (SGE), já estava disponível nos Estados Unidos e agora chega ao Brasil. O Google enfatiza que alguns tópicos considerados sensíveis, como política e medicina, podem não ser totalmente abordados pela tecnologia. O Google menciona que o GSE é acionado quando eles têm alta confiança de que pode proporcionar uma boa experiência de pesquisa para o tópico em questão.

Reinventando o mecanismo de busca

O Google afirma estar reinventando o que um mecanismo de busca pode fazer, prometendo incorporar todos os avanços recentes no campo da inteligência artificial à forma como as pessoas buscam informações na internet. Além disso, a empresa destaca a capacidade de aprofundamento em tópicos e a descoberta de novos pontos de vista.

O funcionamento do SGE é bem simples: a página de pesquisa com IA generativa exibe a mensagem “Gerando…” por alguns instantes, e em seguida apresenta uma resposta elaborada sobre o assunto. O usuário é alertado de que a IA generativa é experimental e que a qualidade das informações pode variar. Há também a opção de ouvir o conteúdo em vez de lê-lo.

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As respostas geradas pelo Google têm normalmente entre quatro e seis parágrafos e podem incluir listas e formatação, como negrito. Abaixo do conteúdo, são exibidos cartões com links para sites relacionados ao tópico, no formato de carrossel. Esses cartões contêm imagens ilustrativas e títulos semelhantes aos que costumávamos ver no antigo Twitter. Além disso, existem botões para aprovar, rejeitar o conteúdo e fazer novas perguntas.

Como ativar o SGE

Para usar a IA do Google na busca, é necessário acessar a página do Search Labs, que funciona como um hub de funções beta. Ao ativar o GSE, a tecnologia passa a estar disponível em todos os dispositivos associados à conta Google.

Google acusado de prejudicar sites

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A chegada da Experiência de Pesquisa Generativa está dando uma dor de cabeça enorme em quem produz conteúdo para internet, como aqui no Tekimobile.

O problema é que o Google colocou a ferramenta acima dos resultados, ou seja, automaticamente as chances dos usuários chegaram a um site irá diminuir drasticamente, reduzindo tráfego e consequentemente a receita dos mesmos. Mesmo que no Desktop ao lado das respostas, ás vezes, apareçam um carrossel com as fontes das informações, o usuário com a resposta pronta não clicará. Além disso, em celulares, o carrossel fica abaixo, diminuindo ainda mais as chances de alguém clicar.

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O pior é a respeito do conteúdo. Embora as respostas sejam generativas, ou seja, não são copiadas de lugar nenhum, a IA para chegar em uma resposta pesquisa em sites da internet a resposta e baseando-se nessas resposta, cria sua própria. O Google simplesmente não quer tirar os usuários de sua página, afinal, seus anúncios continuarão lá, firmes e fortes.

Ou seja, o Google pega as informações de outros sites, tira a chance do usuários chegarem neles e não paga absolutamente nada por isso.

O Google não forneceu detalhes sobre possíveis mudanças no modelo de negócios do setor, já que o SGE gera respostas com base no conteúdo online, reduzindo o apelo para clicar em links e visitar outras páginas. No entanto, a empresa enfatiza que se trata de um experimento e que a formatação da IA generativa na busca pode evoluir à medida que os testes avançam. Além disso, o Google reforça a importância de um ecossistema forte na web (ou seja, monopólio deles) para o sucesso de todos os envolvidos.

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André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.