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- Mark Zuckerberg, CEO da Meta, deve depor em tribunal dos EUA sobre o Caso Cambridge Analytica, envolvendo coleta de dados sem consentimento.
- Geralmente, a notícia informa sobre o processo movido por acionistas que pede bilhões de dólares de ressarcimento.
- O processo pode alterar as responsabilidades de grandes empresas de tecnologia em relação à privacidade e à lei.
- O julgamento avalia se a Meta violou acordos de privacidade, o que resultou em multas e penalidades financeiras.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, deve depor em tribunal nos Estados Unidos esta semana. Ele está envolvido em um julgamento sobre o Caso Cambridge Analytica, que remonta a 2018. O Facebook, que é parte da Meta, é acusado de coletar dados de usuários sem o consentimento deles, e os executivos da empresa podem ter que pagar um valor alto, caso sejam condenados.
A ação foi movida por acionistas da Meta. Eles buscam que Mark Zuckerberg e outros líderes, tanto atuais quanto antigos, paguem US$ 8 bilhões, o que equivale a mais de R$ 44 bilhões na cotação atual. O julgamento começou na quarta-feira (16) em um tribunal de Wilmington, no estado de Delaware.
Este processo coloca em foco as responsabilidades dos executivos de grandes empresas de tecnologia. Os acionistas querem que os envolvidos arquem com os custos e multas que a empresa sofreu por causa do escândalo de dados. A expectativa é que o julgamento dure cerca de oito dias.
Acusações Contra Executivos da Meta
De acordo com a Reuters, os investidores alegam que os responsáveis pela Meta, que controla Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, quebraram um acordo feito em 2012. Esse acordo, firmado com a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), tinha como objetivo proteger os dados dos usuários.
A não conformidade com o acordo de privacidade resultou em diversas punições e multas para a organização. Um dos exemplos mais marcantes ocorreu em 2019, quando a gigante da tecnologia foi condenada pela FTC a pagar US$ 5 bilhões, cerca de R$ 27,8 bilhões, por não ter cumprido as determinações.
Os acionistas que entraram com a ação pedem que Zuckerberg e os demais executivos do período sejam obrigados a reembolsar a Meta por todas as multas e outros custos relacionados a este caso. Entre os réus estão nomes como Sheryl Sandberg, ex-diretora de operações da companhia, e Marc Andreessen, membro do conselho.
Outros ex-membros do conselho da Meta também foram citados no processo. São eles Peter Thiel e Reed Hastings, que é cofundador da Netflix. Em documentos apresentados à justiça, os executivos contestaram as acusações, classificando-as como “alegações extremas”.
Há dois anos, eles tentaram que o caso fosse arquivado, mas a justiça negou o pedido. A decisão judicial afirmou que o processo envolvia “supostas irregularidades em uma escala verdadeiramente colossal”.
A ação ainda alega que o grupo, principalmente Zuckerberg e Sandberg, agiu de forma consciente para que a empresa violasse a lei. Isso teria acontecido ao permitir que a consultoria política Cambridge Analytica coletasse dados de forma indevida. Essas informações foram usadas para criar propaganda personalizada na campanha de Donald Trump à Casa Branca, em 2016.
Evidências no Caso Cambridge Analytica
Na próxima fase do julgamento, os autores da ação precisarão comprovar que houve uma falha dos executivos da Meta no dever de supervisionar o cumprimento do acordo. Os réus, por sua vez, acreditam que os investidores não têm provas suficientes para uma condenação.
No entanto, os demandantes afirmaram, em documentos pré-julgamento, que irão apresentar as evidências necessárias no tribunal. O tema da privacidade não é o único ponto abordado na ação judicial, o que amplia a complexidade do caso.
Mark Zuckerberg também está sendo acusado de ter sido motivado a vender ações da empresa quando percebeu que o escândalo Cambridge Analytica viria à tona. Com essa movimentação, o CEO teria lucrado pelo menos US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 5,7 bilhões).
Em sua defesa, o bilionário já havia declarado que usou um plano de negociação de ações que o protege contra acusações de uso de informações privilegiadas. Ele também argumentou que o dinheiro obtido com a venda das ações foi direcionado para suas atividades de filantropia.
O resultado deste julgamento pode ter um impacto significativo nas práticas de governança corporativa de grandes empresas de tecnologia e reforçar a importância da proteção de dados dos usuários.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.