A discussão sobre o Registro de stablecoins nos EUA está ganhando força, com o CEO da Circle, Jeremy Allaire, defendendo o registro obrigatório de todos os emissores de stablecoins lastreadas em dólar que operam no país. Allaire argumenta que provedores de stablecoins de fora dos EUA não devem contornar as regulamentações americanas enquanto atendem clientes nos Estados Unidos. Essa posição surge em meio a esforços legislativos e contrasta com a postura da Tether, a maior emissora de stablecoins.
Jeremy Allaire, CEO da Circle, defende que as empresas emissoras de stablecoins lastreadas em dólar devem se registrar nos Estados Unidos. Em uma entrevista recente, Allaire expressou preocupação com empresas que, sediadas fora dos EUA, buscam evitar as leis americanas enquanto operam no mercado estadunidense.
Allaire enfatizou que não deve haver “passe livre” para empresas que ignoram a legislação dos EUA e vendem seus produtos no país. Suas declarações surgem em um momento em que o senador Bill Hagerty propôs uma estrutura regulatória para stablecoins e o ex-presidente Donald Trump manifestou o desejo de transformar os EUA em um polo de criptomoedas.
A posição da Circle pode impactar a Tether, sua principal concorrente e maior emissora de stablecoins em capitalização de mercado, que recentemente transferiu sua sede para El Salvador, um país favorável ao Bitcoin.
Allaire defende que o Registro de stablecoins nos EUA é uma questão de proteção ao consumidor e integridade financeira. Ele argumenta que, independentemente de uma empresa estar sediada em Hong Kong ou em outro país, se ela deseja oferecer sua stablecoin lastreada em dólar nos EUA, deve se registrar no país, assim como a Circle precisa se registrar em outros lugares.
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Vale ressaltar que a USDC da Circle se tornou recentemente a única stablecoin legal reconhecida pela Dubai Financial Service Authority (DIFC).
Paolo Ardoino, CEO da Tether, manifestou forte oposição ao que ele descreve como tentativas de concorrentes de usar táticas regulatórias para prejudicar a USDT, a maior stablecoin do mundo.
Em uma publicação, Ardoino destacou a ampla adoção da Tether em mercados emergentes e acusou empresas rivais de se engajarem em “lawfare“, utilizando estruturas legais e regulatórias para reprimir a concorrência.
Ardoino também mencionou uma publicação de Vance Spencer, cofundador da Framework Ventures, que alertou que a futura regulamentação de stablecoins nos EUA pode impedir que emissores estrangeiros acessem o mercado de títulos do Tesouro dos EUA.
Spencer argumentou que tais restrições prejudicariam emissores internacionais de stablecoins, como a Tether, e minariam o domínio global do dólar americano.
Ardoino ressaltou a extensa rede de distribuição da Tether, que abrange plataformas de remessa digital, estruturas de pagamento institucional, milhares de quiosques físicos e comunidades carentes na África e na América do Sul.
Segundo Ardoino, as participações estratégicas da Tether em títulos do Tesouro dos EUA, que ultrapassam US$ 115 bilhões, a tornam a 18ª maior detentora desses ativos. A stablecoin atende mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo.
Ardoino expressou preocupação com o fato de que, em vez de promover a concorrência por meio da inovação, empresas rivais estariam buscando prejudicar a Tether por meio de regulamentações. Ele acusou concorrentes de usar influência política para pressionar por regulamentações que impeçam o crescimento da USDT, alertando que tais táticas podem, em última análise, prejudicar as comunidades que dependem das stablecoins para estabilidade financeira.
Atualmente, parece haver uma disputa entre concorrentes que buscam o máximo escrutínio dos emissores de stablecoins e outros que defendem uma regulamentação mais equilibrada para promover a inovação e o crescimento.
Embora o governo ainda não tenha tomado uma decisão clara, o futuro do reconhecimento dos EUA no mundo das stablecoins depende das decisões dos reguladores, já que as stablecoins desempenham um papel cada vez mais crucial nas transações globais e na estratégia econômica dos EUA.
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