ChatGPT lança controle parental para proteger usuários adolescentes

ChatGPT agora permite controle parental para limitar conteúdos sensíveis para jovens usuários.
Atualizado há 1 hora
ChatGPT lança controle parental para proteger usuários adolescentes
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O ChatGPT lançou ferramentas de controle parental vinculando contas de pais e adolescentes.
    • Você pode gerenciar o acesso e as preferências de conteúdo para uma experiência mais segura.
    • Os responsáveis ganham controle granular para proteger os jovens de conteúdos inadequados.
    • Notificações por riscos detectados garantem maior vigilância e reação rápida.
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O ChatGPT acaba de lançar suas primeiras ferramentas de controle parental do ChatGPT, permitindo que pais e responsáveis vinculem suas contas às de adolescentes. Essa novidade visa gerenciar as preferências de conteúdo e restringir o acesso a certas funções do chatbot. A iniciativa da OpenAI busca tornar a inteligência artificial um ambiente mais seguro para jovens, principalmente ao lidar com tópicos sensíveis.

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O ChatGPT agora tem controle parental para contas de adolescentes. (Imagem: Solen Feyissa/Unsplash)

Novos Ajustes para um Uso Mais Seguro

Os pais agora podem acessar um painel de configurações para ativar ou desativar funcionalidades específicas no ChatGPT, oferecendo um controle mais granular. Este sistema ajuda a moldar a experiência do adolescente, garantindo que o uso da ferramenta seja mais apropriado para a idade.

Uma das principais permissões do sistema é a de reduzir a geração de conteúdo que pode ser considerado sensível. Isso inclui respostas que envolvam material gráfico, sexual ou romântico, mesmo que apareçam em um contexto de encenação. O objetivo é criar uma barreira protetiva contra informações inadequadas.

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Essa camada de segurança é crucial, já que o uso de ferramentas de inteligência artificial por jovens levanta preocupações. A possibilidade de gerenciar o tipo de conteúdo gerado dá aos responsáveis uma tranquilidade maior, sabendo que podem evitar situações desconfortáveis.

As ferramentas de segurança adicionadas buscam equipar as famílias com os meios para supervisionar e orientar seus filhos no ambiente digital. Para além do ChatGPT, outros sistemas de IA também buscam aprimorar suas interações com os usuários, como a tecnologia similar ao ChatGPT que a Apple testa na Siri.

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Entendendo as Opções de Supervisão

O painel de configurações oferece uma série de opções que podem ser ajustadas. É possível, por exemplo, definir “Horas de silêncio”, que são períodos específicos em que o ChatGPT não estará disponível para uso. Isso ajuda a controlar o tempo de tela e incentivar outras atividades.

Outra função útil é a de “Desligar o modo voz”, que impede a interação por comando de voz. Há também a opção de “Desligar a memória”, removendo a capacidade do ChatGPT de recordar detalhes sobre o usuário. Isso garante mais privacidade e evita que informações se acumulem.

Os pais também podem “Desligar geração ou edição de imagens”, prevenindo que o chatbot crie ou edite imagens sintéticas. Além disso, é possível “Desligar fornecimento de dados”, o que impede que a conta do adolescente contribua para o treinamento da IA, protegendo ainda mais a privacidade.

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Além das restrições de uso, o sistema inclui um mecanismo de notificações para comportamentos de risco. Se a IA detectar uma conversa preocupante, como temas de automutilação, o diálogo será encaminhado para revisão humana por parte da OpenAI, garantindo uma resposta mais atenta e cuidadosa.

Confirmada a suspeita após a revisão humana, os responsáveis serão notificados imediatamente por e-mail, SMS e alerta no celular, caso não tenham desativado essas opções. É importante lembrar que as conversas em si não são abertas para os pais, mas o alerta serve como um aviso de que uma análise foi realizada.

Passo a Passo para Conectar Contas

Configurar a supervisão parental é um processo simples, que exige que tanto o adulto quanto o adolescente possuam contas separadas no ChatGPT. A vinculação das contas é o primeiro passo para garantir a segurança e o controle das interações com a inteligência artificial.

Primeiro, o responsável deve enviar um convite diretamente para a conta do adolescente. É um processo guiado que facilita a conexão entre os perfis. Essa etapa inicial é fundamental para estabelecer a base da supervisão digital.

Em seguida, o adolescente precisa aceitar o convite através de um link específico que será enviado. A aceitação é um consentimento para que as ferramentas de controle sejam aplicadas. Assim que o convite é aceito, as contas são vinculadas.

Uma vez que as contas estão conectadas, as restrições e configurações parentais podem ser aplicadas de imediato, oferecendo aos pais o poder de ajustar as preferências de uso. No entanto, as contas supervisionadas podem desassociar os responsáveis a qualquer momento, embora os supervisores recebam uma notificação imediata quando isso acontece, o que é importante para o acompanhamento.

O Futuro da Proteção Digital na IA

A OpenAI não para por aí e já está trabalhando em outras soluções para aprimorar a segurança. Um dos próximos desenvolvimentos é um sistema de previsão de idade, que permitirá ao ChatGPT identificar automaticamente se está interagindo com um usuário menor de 18 anos. Isso visa adicionar uma camada extra de proteção proativa.

Se houver qualquer dúvida sobre a idade do usuário, o chatbot aplicará automaticamente restrições de segurança por padrão. Essa medida visa garantir que, mesmo na ausência de um controle parental explícito, os jovens estejam protegidos contra conteúdos inadequados ou interações de risco.

Profissionais da área, como Robbie Torney, diretor sênior de programas de IA da Common Sense Media, destacam que as ferramentas digitais são apenas uma parte da solução. Ele reforça que esses controles são um bom começo, mas funcionam melhor quando combinados com diálogos contínuos sobre o uso consciente da IA, regras familiares claras e a participação ativa dos pais.

É uma abordagem que alinha a tecnologia com a educação, mostrando que a segurança no ambiente digital é um esforço conjunto. Outras empresas também estão focadas em inovações que podem afetar o uso doméstico, como a integração do Gemini no Google Home, que promete transformar a forma como interagimos com a IA em casa.

Razões Por Trás das Novas Medidas

A introdução dessas ferramentas pela OpenAI não foi por acaso. Elas surgem após alguns incidentes envolvendo adolescentes e o uso do ChatGPT. A empresa tem se mostrado receptiva a ajustar suas políticas e tecnologias em resposta a preocupações de segurança levantadas por usuários e especialistas.

Um dos casos mais significativos foi o de um jovem nos Estados Unidos que, após interagir com o chatbot sobre informações de suicídio, acabou tirando a própria vida. Esse evento trágico aumentou a pressão sobre a OpenAI para que medidas mais rigorosas fossem adotadas, especialmente para proteger usuários em faixas etárias de risco.

A empresa busca, com isso, demonstrar um compromisso com a segurança e o bem-estar de seus usuários mais jovens. A implementação do controle parental é um passo concreto para mitigar os riscos e oferecer um ambiente digital mais protegido, adaptando a inteligência artificial às necessidades das famílias.

O desenvolvimento contínuo de novas camadas de segurança reflete a constante evolução da IA e a necessidade de que essas tecnologias sejam implementadas com responsabilidade. A experiência dos pais em auxiliar seus filhos com a tecnologia pode ser valiosa, como as funções do Android que ensinei para meus pais.

A chegada do controle parental ao ChatGPT marca um momento importante na relação entre inteligência artificial e a segurança online. Com essas ferramentas, espera-se que pais e adolescentes possam navegar no universo da IA de forma mais consciente e protegida, aprendendo juntos sobre os limites e as possibilidades dessa tecnologia.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.