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- A China bloqueou temporariamente o acesso a ferramentas de IA durante o Gaokao, exame nacional de ensino superior.
- A medida visou impedir que estudantes usassem IA para trapacear nas provas, garantindo a integridade do processo.
- Plataformas populares como Yuanbao e Qwen tiveram funções suspensas, afetando milhões de usuários.
- O bloqueio reforça os desafios globais de combate a fraudes em exames com o avanço da tecnologia.
A China implementou um bloqueio temporário no acesso a ferramentas de inteligência artificial (IA) para todos os usuários do país. A medida drástica foi tomada durante a realização do Gaokao na China, o exame nacional de acesso ao ensino superior, similar ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil. Essa ação visou impedir que estudantes utilizassem a IA para trapacear nas provas, que ocorreram entre os dias 7 e 10 de maio.
A restrição afetou diversas plataformas populares, como o Yuanbao, chatbot da Tencent, e outros como Kimi, Doubao (da ByteDance, empresa dona do TikTok) e Qwen (desenvolvido pela Alibaba). O DeepSeek, conhecido por ser uma alternativa mais econômica, também teve seus serviços limitados.
Por que a China bloqueou as ferramentas de IA durante o Gaokao?
O principal motivo do bloqueio foi evitar que os candidatos pudessem usar as ferramentas de IA para colar durante o Gaokao na China. As funções suspensas incluíam mecanismos que poderiam fornecer respostas automáticas ou encontrar soluções por meio de pesquisas online. Imagine a facilidade que seria para um estudante simplesmente perguntar a uma IA a resposta para uma questão complexa!
O governo e as empresas chinesas optaram por suspender temporariamente as funções de IA para todos os usuários, já que não era possível restringir o acesso apenas aos estudantes. Quem tentasse usar os recursos bloqueados nos aplicativos recebia uma mensagem explicando a situação. A medida impactou o uso de ferramentas como reconhecimento de imagem, que permite “ler” o conteúdo de fotos e fornecer respostas ou informações relacionadas.
Embora ferramentas de IA estrangeiras, como o ChatGPT e o Claude, não tenham sido diretamente bloqueadas, elas já são menos populares na China. É como se o país já tivesse suas próprias versões dessas tecnologias, adaptadas ao seu contexto e cultura.
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Detalhes sobre o vestibular chinês, o Gaokao
O Gaokao é considerado o maior vestibular do mundo em termos de volume de participantes. Na edição de 2025, envolveu cerca de 13,4 milhões de estudantes. É a única forma de ingresso no ensino superior na China, onde os candidatos são classificados com base no desempenho em até duas chamadas nas universidades de seu interesse.
A estrutura do exame inclui disciplinas fixas para todos os candidatos, como gramática e literatura, além de questões específicas das áreas de conhecimento escolhidas no momento da inscrição, como história, física e biologia. A prova pode durar mais de um dia, com até 150 questões entre obrigatórias e optativas.
O uso de celulares é estritamente proibido nos locais de prova, assim como no Brasil. No entanto, ainda há casos de tentativas de uso irregular dos aparelhos e outras formas de fraude. Além da suspensão das funções de IA, as salas de aplicação do exame podem ser gravadas, e o material é revisado em busca de comportamentos suspeitos. A entrada nos locais de prova é rigorosa, com leitura biométrica e bloqueadores de sinal de rádio para evitar comunicação externa ou uso de pontos eletrônicos.
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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo