China planeja rede de supercomputadores de IA no espaço

A China está desenvolvendo uma rede de supercomputadores de IA no espaço para otimizar o processamento de dados.
Atualizado há 4 horas atrás
China planeja rede de supercomputadores de IA no espaço
China avança na criação de supercomputadores de IA no espaço para otimizar dados. (Imagem/Reprodução: Tempo)
Resumo da notícia
    • A China lançou uma rede de supercomputadores de IA no espaço com capacidade de 1.000 peta operações por segundo.
    • Essa iniciativa pode transformar como os dados são processados em órbita, beneficiando pesquisas e aplicações de IA.
    • O projeto visa diminuir a dependência de computadores na Terra, focando em eficiência e sustentabilidade.
    • O uso de energia solar e o resfriamento natural são algumas vantagens desse sistema inovador.
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A China está desenvolvendo uma rede de supercomputadores de Inteligência Artificial (IA) no espaço, projetada para processar dados diretamente em órbita. Essa rede, composta por satélites, terá uma capacidade de computação combinada de 1.000 peta operações por segundo (POPS). Essa iniciativa ambiciosa visa impulsionar o desenvolvimento da IA e reduzir a dependência de computadores terrestres.

O primeiro conjunto de 12 satélites foi lançado em 14 de maio, marcando o início da constelação Three-Body Computing Constellation, que deverá ter 2.800 satélites, liderada pela ADA Space e pelo Laboratório Zhejiang. Wang Jian, diretor do Laboratório Zhejiang, destaca que o espaço se tornou uma nova fronteira para a exploração científica, com a IA desempenhando um papel fundamental.

O que é a Constelação de Computação de Três Corpos

A constelação de supercomputadores no espaço tem como principal objetivo processar dados em tempo real, aproveitando o vácuo frio do espaço para resfriamento natural. Cada satélite é equipado com um modelo de IA de 8 bilhões de parâmetros, capaz de realizar 744 tera operações por segundo (TOPS). Quando combinados, esses satélites alcançam uma capacidade de processamento de 5 peta operações por segundo.

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Para ilustrar, os laptops Copilot+ da Microsoft, que já utilizam IA, processam dados a uma taxa de aproximadamente 40 tera operações por segundo (TOPS). Além de suas capacidades de processamento, os satélites se comunicam entre si via lasers e incluem um polarímetro de raios X cósmicos para detectar e classificar eventos transitórios, como explosões de raios gama.

Embora os Estados Unidos e a Europa já tenham realizado testes com computadores espaciais, a China é o primeiro país a implantar uma rede de satélites em escala operacional. Este projeto representa um avanço significativo na computação espacial chinesa, com o objetivo de diminuir a dependência de recursos terrestres e otimizar o uso de energia solar, além de reduzir a pegada de carbono.

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Vantagens do processamento de dados no espaço

Muitas organizações dependem de dados coletados por satélites, mas o processamento desses dados geralmente ocorre na Terra. Isso impõe limitações devido à largura de banda de transmissão e às janelas de tempo restritas para o envio de informações. Os satélites de IA, que processam os dados brutos a bordo, surgem como uma solução para esses problemas.

Além disso, o processamento em órbita permite que os satélites utilizem painéis solares para obter energia e irradiem o calor residual para o espaço, diminuindo o consumo de energia e a emissão de carbono. Essa abordagem não só aumenta a eficiência do processamento de dados, mas também contribui para práticas mais sustentáveis.

A China, buscando constantemente inovação, também está testando o HyperOS 2.0 para novos dispositivos. Essa busca por inovação se estende para diversas áreas, desde sistemas operacionais até a exploração espacial, mostrando o compromisso do país com o avanço tecnológico.

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Essa iniciativa da China marca um passo importante na exploração espacial e no uso de tecnologias de IA, abrindo caminho para novas possibilidades e aplicações no futuro. A colaboração entre múltiplos agentes de IA, como visto nesse projeto, pode revolucionar diversos setores.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.