Ciência revela a melhor forma de quebrar um ovo sem desperdício

Você já se perguntou qual a melhor forma de quebrar um ovo? A ciência foi a fundo nessa questão aparentemente trivial e descobriu que a resposta pode não ser tão óbvia quanto parece. Um estudo recente, publicado na revista Communications Physics, utilizou mais de 200 ovos para analisar os efeitos de diferentes tipos de queda e desmistificar algumas crenças populares sobre o assunto.

Afinal, qual a melhor forma de quebrar um ovo?

É comum pensarmos que um ovo se quebra mais facilmente quando cai de lado, ou seja, horizontalmente. Essa ideia pode vir da forma como quebramos ovos para cozinhar ou da arquitetura, onde arcos são usados para sustentar estruturas. No entanto, pesquisadores resolveram testar essa teoria na prática.

Para investigar a fundo essa questão, os pesquisadores realizaram diversos experimentos. Inicialmente, eles fizeram uma pesquisa online para descobrir o que as pessoas pensavam sobre o assunto e até perguntaram para o ChatGPT qual seria a forma mais provável de um ovo se quebrar. Surpreendentemente, a inteligência artificial (IA) apresentou respostas diferentes dependendo do idioma da pergunta. Em inglês, o ChatGPT sugeriu que a queda vertical seria mais propensa a quebrar o ovo, enquanto em português, a resposta indicava o contrário.

Para resolver essa charada, os cientistas utilizaram mais de 200 ovos de galinhas criadas soltas e equipamentos de alta precisão para registrar as situações. Foram realizados testes estáticos e dinâmicos, além de simulações, para responder à pergunta de forma conclusiva.

Os cientistas realizaram 60 testes de compressão, aplicando pressão nos ovos tanto na horizontal quanto na vertical. O objetivo era verificar se a posição do ovo influenciava a quantidade de força necessária para quebrar a casca. Os resultados mostraram que a força máxima necessária para romper a casca é praticamente a mesma, independentemente da orientação do ovo. Em média, foram necessários 46 N (newtons) na posição vertical e 45,2 N na horizontal.

Apesar da força necessária ser semelhante, a pesquisa revelou que a lateral do ovo, por ser menos rígida, consegue absorver mais energia cinética antes de se romper. Isso significa que a crença popular de que os ovos são mais resistentes para pressões verticais não se sustenta.

Diante desses resultados, os pesquisadores se questionaram: “O que determinaria, então, a melhor forma de derrubar um ovo?”. É claro que, fora do laboratório, a melhor resposta seria “não derrubar um ovo”. No entanto, a curiosidade científica os levou a realizar mais testes.

Testes de queda: vertical ou horizontal?

Os cientistas realizaram mais 60 testes, dessa vez derrubando os ovos de pequenas alturas (8, 9 e 10 mm). O objetivo era entender a força envolvida na queda em diferentes posições: vertical (com a parte mais pontuda ou a mais achatada para baixo) e horizontal.

Os dados da pesquisa mostraram uma diferença notável no número de ovos que se quebraram dependendo da forma como foram derrubados. As quedas horizontais resultaram em significativamente menos ovos quebrados em comparação com as quedas verticais. Isso indica que, ao cair horizontalmente, o ovo consegue absorver mais energia antes de se romper.

Portanto, de acordo com os pesquisadores, os ovos derrubados horizontalmente tendem a suportar quedas maiores sem rachar. É importante ressaltar que os testes foram realizados com quedas de alturas muito pequenas e controladas, não simulando, por exemplo, uma queda da pia da cozinha.

Ovos precisam ser resistentes, não duros

Uma das conclusões do estudo é que os ovos precisam ser resistentes, e não duros, para sobreviver a quedas. Além disso, os cientistas destacam que a linguagem e a comunicação podem influenciar a nossa compreensão sobre um problema.

E o que aconteceu com todos aqueles ovos quebrados? Infelizmente, as políticas da universidade onde a pesquisa foi conduzida não permitiram o consumo dos ovos que fizeram parte dos experimentos. No entanto, a pesquisadora Tal Cohen, professora de engenharia no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e uma das autoras do estudo, revelou ao jornal The New York Times que seu cachorro aproveitou bastante as refeições reforçadas durante a pesquisa. Se você se interessa pelo tema, pode ler mais sobre o assunto e seguir temas relacionados como inteligência artificial e ChatGPT.

Como vimos, a ciência pode nos ajudar a entender até mesmo as questões mais triviais do dia a dia. Quem diria que a forma como um ovo se quebra ao cair poderia gerar um estudo tão interessante? E você, já tinha parado para pensar nisso? Agora, já sabe: se precisar derrubar um ovo (o que não é recomendado), tente deixá-lo cair de lado!

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo

André Luiz

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.