Cientista que criou a primeira bomba de hidrogênio dedicou vida a combater armas nucleares

Richard Garwin, físico por trás da bomba de hidrogênio, passou a vida combatendo os perigos nucleares. Conheça sua trajetória inspiradora.
Atualizado há 5 horas atrás
Cientista que criou a primeira bomba de hidrogênio dedicou vida a combater armas nucleares
Richard Garwin: do criador da bomba de hidrogênio à luta contra os perigos nucleares. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • Richard Garwin, físico que projetou a primeira bomba de hidrogênio, dedicou sua vida a combater os perigos das armas nucleares.
    • Você pode se inspirar na história de Garwin, que mostra como a ciência pode ser usada para o bem e para a paz.
    • O legado de Garwin levanta questões sobre a responsabilidade dos cientistas e o impacto de suas invenções na sociedade.
    • Sua trajetória também destaca a importância do ativismo científico na promoção da segurança global.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Richard Garwin, físico que desempenhou um papel crucial na criação da primeira bomba de hidrogênio, dedicou grande parte de sua vida a lutar contra os perigos das armas nucleares. Sua trajetória é marcada por um profundo senso de responsabilidade e um desejo de mitigar os horrores que sua própria invenção poderia causar. Garwin faleceu recentemente aos 97 anos, deixando um legado complexo e inspirador.

O Encontro com Fermi e a Mudança de Perspectiva

No final de 1954, Enrico Fermi, renomado físico e ganhador do Nobel, encontrava-se em seus momentos finais, lutando contra um câncer. Recebeu então a visita de Richard L. Garwin, seu ex-aluno na Universidade de Chicago, a quem Fermi considerava “o único verdadeiro gênio que já conheci”. Garwin havia feito algo que poucos sabiam: aos 23 anos, projetou a primeira bomba de hidrogênio do mundo.

Fermi compartilhou com Garwin seu arrependimento por não ter se envolvido o suficiente em questões de políticas públicas. Essa conversa marcou Garwin profundamente, inspirando-o a seguir um novo caminho, onde cientistas nucleares teriam a responsabilidade de se manifestar sobre as implicações de seu trabalho. Garwin, buscando honrar a memória de Fermi, moldou-se segundo seu exemplo, transformando-se em um gigante na luta pelo controle de armas nucleares.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A bomba de hidrogênio, que Garwin ajudou a criar, possuía um poder de destruição inimaginável. Em um teste, sua força foi quase mil vezes maior que a da bomba atômica que devastou Hiroshima, superando todos os explosivos usados na Segunda Guerra Mundial. Uma versão proposta da bomba H teria a capacidade de incinerar uma área do tamanho da França. “Se eu pudesse agitar uma varinha” para fazer a bomba H desaparecer, ele disse certa vez, “eu o faria.”

A Trajetória de Garwin: Gênio e Ativismo

Apesar de sua participação no projeto da bomba H, Garwin nunca se isentou da responsabilidade de combater o horror nuclear. Ele acreditava que o nascimento da arma era inevitável e que seu papel se limitou a acelerar o processo em “um ou dois anos”. No entanto, essa criação o impulsionou a se tornar um conselheiro influente de diversos presidentes americanos, usando seu intelecto para promover o controle de armas e a segurança global.

Leia também:

Garwin aconselhou 13 presidentes dos EUA, desde Henry Kissinger. Ele transitou pelo complexo militar-industrial americano, criticando-o de dentro e promovendo ideias para mitigar os riscos nucleares. Sua atuação discreta e pragmática lhe rendeu prêmios tanto de republicanos quanto de democratas, demonstrando que sua bússola moral se guiava menos pela política e mais pela busca da segurança global.

Desbloqueio de celulares Verizon: O Legado e o Enigma do Silêncio

A vida de Garwin é uma história de genialidade e ativismo, mas também de silêncio. Por que ele manteve seu papel na criação da bomba H em segredo por tanto tempo, inclusive de sua família? A resposta, segundo ele, reside em questões de segurança nacional. Garwin temia que seus familiares pudessem, inadvertidamente, atrair a atenção de agências de inteligência estrangeiras interessadas em segredos da bomba H. Essa preocupação o assombrou mesmo após seu papel se tornar público.

Garwin personificou a complexidade da era nuclear. Criou uma arma de destruição em massa, mas dedicou sua vida a combater seus horrores. Sua história levanta questões sobre a responsabilidade dos cientistas, o papel do segredo em um mundo perigoso e a busca pela paz em meio à ameaça da aniquilação nuclear. Para se aprofundar em temas relacionados, você pode explorar livros essenciais sobre a Ditadura Militar na América Latina.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S.Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.