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- Cientistas argentinos se vestiram como personagens de ‘O Eternauta’ para protestar contra cortes no financiamento da ciência.
- O protesto busca alertar sobre a crise no setor científico devido às políticas de austeridade do governo Milei.
- Os cortes afetam diretamente pesquisadores, professores e estudantes, com muitos deixando o país.
- A inspiração na série simboliza a resistência em meio a um cenário considerado distópico.
Em um protesto marcante contra as políticas de austeridade do governo de Javier Milei, cientistas argentinos se vestiram como personagens da série “O Eternauta”. A manifestação, que ocorreu no centro de Buenos Aires e outras cidades, denuncia cortes no financiamento da ciência e tecnologia, congelamento de contratações e perdas de empregos no setor. A ação, inspirada em um drama distópico argentino, busca alertar sobre a grave crise enfrentada pela comunidade científica do país.
Cientistas Argentinos Protestam Contra Cortes de Milei Vestidos de ‘O Eternauta’
Mulheres e homens mascarados tomaram as ruas de Buenos Aires e outras cidades argentinas, inspirados na série “O Eternauta”. Cientistas se reuniram com máscaras de gás para protestar contra as políticas de austeridade do governo de Javier Milei. A manifestação, um drama distópico argentino, chama a atenção para o impacto das medidas no setor científico e tecnológico do país.
O orçamento para ciência e tecnologia em 2025 será de apenas 0,152% do Produto Interno Bruto (PIB), o menor já registrado, segundo estimativas do Centro Ibero-Americano de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Inovação (Ciicti). Além disso, o financiamento para atividades científicas e o investimento em infraestrutura e equipamentos também sofreram uma drástica redução.
Pesquisadores, professores e estudantes se uniram em frente à sede do Conicet, no centro de Buenos Aires, para destacar as dificuldades enfrentadas. O protesto ressaltou a grave crise no setor científico e universitário devido à falta de financiamento e ao congelamento de salários e bolsas de estudo. Estima-se que entre 10% e 15% dos pesquisadores do Conicet (Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas) já deixaram o país.
Os manifestantes se inspiraram na história em quadrinhos argentina “O Eternauta”, que ganhou popularidade após ser adaptada pela Netflix, com Ricardo Darín no elenco. A série narra a resistência de um grupo de pessoas que sobrevive a uma misteriosa tempestade de neve tóxica. “Assim como nessa série, uma neve tóxica afeta o sistema científico nacional, gerando todos esses problemas de financiamento”, disse a pesquisadora Silvina Romano à TV argentina.
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A Tempestade Está Avançando, Assim Como a Resistência
“A tempestade está avançando, assim como a resistência”, dizia um dos panfletos distribuídos pelos manifestantes. A mobilização ocorreu em Buenos Aires e em outras oito cidades do país. Os manifestantes ressaltaram que o sistema científico do país nunca esteve tão ameaçado desde a recuperação da democracia, em 1983.
As nomeações para a carreira de Pesquisador Científico do Conicet foram congeladas e a Agência Nacional de Promoção da Pesquisa, fundamental para o financiamento, desapareceu. A execução orçamentária no Conicet caiu 20,5% em termos reais nos primeiros quatro meses de 2025. Os recursos de promoção de pesquisa sofreram retração de 73,3% de sua execução orçamentária, e o do Inti (Instituto Nacional de Tecnologia Industrial) caiu 24% no mesmo período, ainda de acordo com o estudo do Ciicti.
Em março, um outro relatório apontou que o número de empregos no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação está em declínio acentuado desde que Javier Milei assumiu a Casa Rosada. Desde dezembro de 2023, 4.148 postos de trabalho ligados à ciência deixaram de existir e, só nos últimos três meses, perderam-se 531 postos de trabalho.
O decréscimo, segundo o relatório, é mais acentuado nas empresas privadas e estatais (-10,6%), enquanto os órgãos da administração pública federais apresentam perda de 7,6%. “Esse é um fato extremamente grave se levarmos em conta o nível de profissionalização e especialização do setor”, diz o centro de estudos. Para entender melhor o que está acontecendo, vale a pena conferir os testes que não deram certo.
Impacto da MiCA no crypto: Cortes Atingem o Setor Científico Argentino
As medidas de austeridade do governo Milei têm gerado ondas de protestos e preocupação em diversos setores da sociedade argentina, e a área de ciência e tecnologia não é exceção. A falta de financiamento, o congelamento de contratações e a perda de empregos representam um duro golpe para a pesquisa e o desenvolvimento no país. A situação é tão crítica que muitos cientistas estão considerando deixar a Argentina em busca de melhores oportunidades.
A inspiração nos personagens de “O Eternauta” simboliza a luta e a resistência em meio a um cenário que muitos consideram distópico. A série, que narra a sobrevivência a uma catástrofe, ressoa com os desafios enfrentados pelos cientistas argentinos, que se veem em meio a uma “tempestade tóxica” de cortes e desinvestimentos. A Agência Nacional de Promoção da Pesquisa, fundamental para o financiamento, desapareceu. A execução orçamentária no Conicet caiu 20,5% em termos reais nos primeiros quatro meses de 2025.
O futuro da ciência e tecnologia na Argentina é incerto, mas a comunidade científica demonstra que não está disposta a se render. A mobilização em Buenos Aires e outras cidades é um sinal de que a resistência continua, e que os cientistas lutarão para proteger suas carreiras e o futuro da pesquisa no país. A queda no mercado de criptomoedas pode ser apenas um reflexo de um cenário econômico global instável, que afeta diretamente o financiamento de áreas essenciais como a ciência e tecnologia.
Para aqueles que desejam saber mais sobre o mundo da tecnologia e inovações, vale a pena conferir os melhores smartphones com câmera em 2025. Eles mostram como a tecnologia continua a evoluir, mesmo em tempos de crise.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo