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- Cientistas identificaram moléculas em pimentas que reduzem a sensação de ardência causada pela capsaicina.
- Você poderá desfrutar de pratos apimentados sem desconforto, graças a possíveis condimentos “anti-picância”.
- A descoberta pode revolucionar a gastronomia, permitindo pimentas com níveis de picância personalizados.
- A indústria alimentícia pode se beneficiar com produtos mais acessíveis e adaptados a diferentes paladares.
Você é fã de pimenta, mas às vezes pega pesado na dose e se arrepende? Cientistas descobriram que algumas pimentas contêm moléculas que podem reduzir a pimenta e sua picância. Esses compostos podem ser usados para criar um “antídoto” ou para modificar geneticamente as pimentas, tornando-as mais ou menos picantes. Quer saber mais sobre essa descoberta e como ela pode impactar o futuro da gastronomia?
Se você é daqueles que não resistem a uma boa pimenta, prepare-se! Uma pesquisa revelou que certas pimentas possuem compostos químicos capazes de atenuar sua própria ardência. Essa descoberta abre portas para diversas possibilidades, desde o desenvolvimento de um “antídoto” para a capsaicina até a criação de pimentas com níveis de picância personalizados. Vamos explorar como essa descoberta pode transformar a maneira como apreciamos a pimenta e sua picância.
O Segredo por Trás da Pimenta e sua Picância
Já se perguntou por que algumas pimentas, mesmo com alta concentração de capsaicina, não são tão picantes quanto o esperado? A resposta pode estar em outros compostos presentes nesses alimentos. Uma equipe de cientistas da Universidade Estadual de Ohio, liderada por Devin Peterson, investigou essa questão e descobriu três moléculas que podem diminuir a sensação de queimação causada pela capsaicina. Essa pesquisa utilizou um método inovador para avaliar a potência percebida desses compostos químicos, revelando nuances surpreendentes sobre a pimenta e sua picância.
A capsaicina, principal composto responsável pela ardência das pimentas, age ativando receptores nervosos na boca. Esses receptores enviam sinais ao cérebro, que os interpreta como uma sensação de calor intenso, quase como se a região estivesse em chamas. A intensidade dessa sensação é medida pela Escala de Scoville, que avalia o nível de picância das pimentas do gênero Capsicum com base na concentração de capsaicina. No entanto, a nova pesquisa sugere que a concentração de capsaicina não é o único fator determinante para a percepção da pimenta e sua picância.
Os cientistas identificaram três compostos que parecem “domar” o poder da capsaicina: capsianosídeo I, roseosídio e gingerclicolipídeo A. Todos eles são glicosídeos, ou seja, moléculas que contêm glicose. A descoberta foi publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry e pode revolucionar a forma como consumimos pimenta, abrindo caminho para condimentos que amenizam a ardência e pimentas geneticamente modificadas com diferentes níveis de picância.
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Imagine poder saborear pratos extremamente apimentados sem tanto sofrimento! Essa é a promessa dos compostos descobertos pelos cientistas. Eles acreditam que, no futuro, será possível criar um condimento “anti-pimenta” que facilite o consumo de alimentos com alta concentração de capsaicina. Além disso, a identificação desses compostos pode levar ao desenvolvimento de pimentas geneticamente modificadas, com níveis de picância ajustados para agradar a todos os paladares. Que tal um tomate já apimentado direto do pé? Cientistas já exploram essa possibilidade!
Como a Pesquisa Foi Realizada
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores realizaram uma série de experimentos detalhados. Primeiramente, eles mediram a concentração de dois capsaicinoides em amostras de dez tipos diferentes de pimenta em pó. Em seguida, diluíram as amostras até que todas apresentassem a mesma concentração dos compostos, resultando em uma picância moderada, semelhante à do molho Tabasco de jalapeño encontrado nos supermercados. Essas amostras foram então misturadas em molho de tomate e oferecidas a 37 voluntários para degustação.
Apesar de todas as amostras possuírem níveis equivalentes de capsaicina, os voluntários perceberam a picância de maneiras distintas. Intrigados com essa variação, os cientistas realizaram análises químicas adicionais e descobriram que os três compostos “anti-picância” – capsianosídeo I, roseosídio e gingerclicolipídeo A – apareciam em maior concentração nas pimentas consideradas menos intensas. Essa observação inicial sugeriu que esses compostos poderiam estar desempenhando um papel na modulação da pimenta e sua picância.
Para confirmar essa hipótese, os cientistas conduziram um teste mais complexo. Os voluntários provaram duas amostras de pimenta simultaneamente: uma contendo os compostos atenuantes e outra sem eles. Cada amostra foi colocada em um lado diferente da língua para evitar que a picância de uma amostra interferisse na percepção da outra. Ao avaliar os dois tipos de pimenta ao mesmo tempo, os voluntários relataram que a intensidade das pimentas com os compostos atenuantes era de 0,7 a 1,2 pontos menor em uma escala de 15 pontos. Embora não seja uma redução drástica, essa diminuição de intensidade já é considerada significativa.
Implicações Futuras da Descoberta
A equipe de pesquisa ainda não compreende completamente o mecanismo de ação desses compostos químicos “anti-picância”. No entanto, os resultados indicam que eles interferem de alguma forma nos receptores nervosos da boca, atenuando a percepção dos sinais de queimação causados pelas pimentas. A compreensão desse mecanismo poderá abrir novas frentes de pesquisa e desenvolvimento na área da gastronomia e da biotecnologia.
Com o avanço das pesquisas, será possível criar pimentas geneticamente modificadas com níveis de picância sob medida. Imagine pimentas super picantes, ideais para os amantes da ardência extrema, e pimentas suaves, perfeitas para quem prefere um toque mais delicado. Além disso, a possibilidade de isolar e produzir esses compostos em larga escala abre caminho para a criação de um aditivo que pode ser utilizado para diminuir a pimenta e sua picância de qualquer prato, permitindo que mais pessoas desfrutem dos sabores complexos e variados da culinária apimentada.
Essa descoberta também pode ter um impacto significativo na indústria alimentícia. Empresas poderão utilizar esses compostos para criar produtos com sabores mais equilibrados e acessíveis a um público maior. Além disso, a possibilidade de controlar a picância das pimentas pode impulsionar o desenvolvimento de novas variedades e o cultivo em diferentes regiões, adaptando-se às preferências locais. Para saber mais sobre inovações no setor alimentício, confira como a Adeste investe em startups de biotecnologia no Brasil.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Super