Cientistas da NASA detectam sistema planetário mais rápido

Cientistas da NASA revelam o sistema planetário mais veloz já observado, surpreendendo a comunidade astronômica.
Atualizado há 3 dias
Sistema planetário mais veloz

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Cientistas da NASA podem ter descoberto o sistema planetário mais veloz já observado, utilizando um método de observação indireta. Este sistema único consiste em uma estrela “mirrada” que orbita um planeta 30 vezes mais massivo que a Terra. Se confirmado, este sistema binário pode estar viajando pela Via Láctea a uma velocidade impressionante de 1,9 milhão de quilômetros por hora, o dobro da velocidade do nosso sistema solar.

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Este estudo, publicado no The Astronomical Journal, revela que a estrela hospedeira tem cerca de um quinto da massa do Sol e está localizada a aproximadamente 24 mil anos-luz do nosso planeta, em uma região entre o nosso Sistema Solar e o centro da nossa galáxia. A descoberta levanta questões sobre a natureza de sistemas planetários super-rápidos e planetas errantes.

Sistema Planetário Mais Veloz: Uma Descoberta Inesperada

A primeira observação indireta deste sistema estelar ocorreu em 2011, quando uma equipe analisava dados do projeto MOA (Microlensing Observations in Astrophysics). Este projeto internacional utiliza o fenômeno de microlente gravitacional para estudar objetos astrofísicos, como exoplanetas e matéria escura, operando a partir do Observatório Mount John, na Nova Zelândia.

A técnica de microlente gravitacional é usada para encontrar mundos extrassolares que são difíceis de detectar por outros métodos. Este fenômeno ocorre quando um objeto massivo passa na frente de uma estrela distante. A gravidade do objeto atua como uma lente, distorcendo o espaço-tempo ao redor e amplificando a luz da estrela de fundo. A equipe de 2011 debateu se os objetos eram uma estrela com um planeta do tipo micro-Netuno, ou um planeta errante com uma lua menor que a Terra.

Os cientistas da época ficaram divididos sobre a verdadeira natureza dos objetos: seria uma estrela com cerca de 20% da massa do Sol e um planeta do tipo micro-Netuno (29 vezes mais pesado que a Terra), ou um planeta errante (que não orbita uma estrela) com cerca de quatro vezes a massa de Júpiter, acompanhado de uma lua menor que a Terra?

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O projeto MOA, que significa Microlensing Observations in Astrophysics, é uma colaboração internacional que se dedica a rastrear exoplanetas e matéria escura através do uso da técnica de microlente gravitacional. A sua infraestrutura está baseada no Observatório Mount John, na Nova Zelândia. Se você se interessa por equipamentos de última geração, veja esse artigo que mostra um Análise do Dockcase Smart USB-C

Cálculo da Alta Velocidade da Estrela

Usando os sinais de microlente, os pesquisadores da época inferiram que um dos objetos era cerca de 2,3 mil vezes mais pesado que o outro. Em um comunicado, David Bennett, pesquisador sênior do novo estudo da Universidade de Maryland College Park (UMD) e NASA Goddard, afirmou: “Determinar a razão de massa é fácil. É muito mais difícil calcular suas massas reais”.

Para determinar se os objetos vistos em 2011 eram um planeta errante e sua lua, os astrônomos analisaram dados do Observatório Keck no Havaí e do satélite Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA). Se fossem um planeta errante e sua lua, os objetos seriam praticamente invisíveis em observações ópticas ou infravermelhas, pois não emitem luz própria.

No entanto, os astrônomos encontraram uma estrela suspeita a cerca de 24 mil anos-luz de distância, localizada na região central da nossa galáxia, onde as estrelas estão mais densamente agrupadas. Ao comparar a localização da estrela em 2011 e 2021, a equipe conseguiu calcular a alta velocidade com que ela se desloca, embora o exoplaneta em órbita não tenha sido observado desta vez.

Os dados coletados foram cruciais para entender a velocidade e a trajetória do sistema planetário mais veloz. Para os amantes de astronomia, vale a pena conferir também a foto incrível de noite estrelada que um Astronauta da ISS compartilhou.

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O Primeiro Planeta Orbitando uma Estrela Hiperveloz

Com base no tamanho do objeto maior, Sean Terry, da UMD e do Goddard, afirmou que “Achamos que esse é o chamado mundo super-Netuno orbitando uma estrela de baixa massa a uma distância que estaria entre as órbitas de Vênus e da Terra se estivesse em nosso sistema solar”. Terry ainda completa dizendo que, se confirmado, “será o primeiro planeta a ser encontrado orbitando uma estrela hiperveloz”, e que ele será certamente inabitável.

Como o movimento foi observado apenas em duas dimensões (2D), a velocidade do objeto será ainda maior se ele estiver se movendo em nossa direção ou se afastando de nós. Se a velocidade ultrapassar a velocidade de escape da galáxia (cerca de 600 quilômetros por segundo), este sistema exoplanetário provavelmente sairá da Via Láctea e irá para o espaço intergaláctico daqui a muitos milhões de anos.

Para confirmar se a estrela recém-identificada faz parte do sistema que causou o sinal de 2011, Bennett explica que seria necessário “olhar novamente em outro ano e ver se ela se move na quantidade certa e na direção certa para confirmar que veio do ponto onde detectamos o sinal”. Se a estrela permanecer fixa, ela não é a mesma de 2011.

A descoberta deste sistema traz à tona a importância de se ter um bom equipamento para esse tipo de trabalho. Não é atoa que a Apple está aumentando o desenvolvimento de um novo Studio Display. Quem sabe futuramente não podemos usa-lo para procurar novos sistemas como esse.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.