O órgão de competição e mercado do Reino Unido, o Competition and Markets Authority (CMA), anunciou que não investigará o Investimento da Microsoft na OpenAI. A decisão ocorre após uma análise detalhada que não encontrou riscos significativos para a concorrência. Paralelamente, o CMA está de olho no domínio da Apple e do Google no mercado mobile britânico, convidando desenvolvedores de aplicativos para discutir possíveis barreiras e soluções.
Investimento da Microsoft na OpenAI sob análise
A CMA concluiu que o Investimento da Microsoft na OpenAI, avaliado em US$ 13 bilhões, não representa uma ameaça à competição no mercado. A investigação considerou diversos pontos, como o controle da Microsoft sobre a OpenAI e o acesso de rivais às tecnologias da empresa de IA. Outro ponto analisado foi a possibilidade de escassez de materiais para treinamento de inteligência artificial, mas nada foi comprovado.
Em dezembro de 2023, o CMA já havia convidado as partes interessadas a comentar sobre a parceria entre Microsoft e OpenAI. O objetivo era entender se essa união resultaria em uma fusão relevante e, em caso afirmativo, qual seria o impacto no mercado britânico. A investigação oficial, iniciada um ano depois, revelou que o Investimento da Microsoft na OpenAI ocorreu ao longo de três anos, com aportes de US$ 1 bilhão em 2019, US$ 10 bilhões em 2021 e US$ 2 bilhões em 2023.
A parceria plurianual entre OpenAI e Microsoft vai além do aporte financeiro. Ela inclui o fornecimento preferencial da nuvem Microsoft Azure e seus serviços para o treinamento de modelos de fundação. Essa exclusividade, no entanto, foi alterada em janeiro de 2025, permitindo que a OpenAI utilize outras plataformas. Além disso, a Microsoft tem o direito exclusivo de usar as propriedades intelectuais da OpenAI em seus produtos e serviços, com um sistema de divisão de receitas. A OpenAI, por sua vez, mantém o direito de comercializar suas propriedades independentemente da Microsoft.
Essa parceria também abrange o desenvolvimento da inteligência artificial geral (AGI). A OpenAI recebeu permissão para expandir sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento no treinamento de modelos, o que permitiu sua participação no Projeto Stargate, nos EUA. Há também um acordo de colaboração entre executivos das duas empresas para construir tecnologias de supercomputação para o avanço da IA. Apesar dessa colaboração intensa, a Microsoft não tem o direito de indicar diretores ou conselheiros para a OpenAI, seja na sua vertente comercial ou sem fins lucrativos.
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CMA foca no mercado mobile e nas práticas de Apple e Google
Em outra frente, a CMA está investigando o domínio de Apple e Google no mercado mobile do Reino Unido. A autoridade convocou desenvolvedores de aplicativos para um workshop, que será realizado no dia 24 de março na sede do CMA em Londres. O objetivo é entender as perspectivas dos profissionais sobre o ecossistema mobile e identificar possíveis barreiras à inovação.
O regulador busca entender as dificuldades enfrentadas pelos desenvolvedores na criação de aplicativos ou funcionalidades, além de identificar medidas necessárias para corrigir o ecossistema mobile. As principais formas de inovação e desenvolvimento de aplicativos no país também serão discutidas no evento. O workshop está aberto a todos os desenvolvedores que possuam aplicativos nas lojas da Apple ou do Google no Reino Unido. Os interessados podem se inscrever por meio deste link, com a opção de participar online.
A investigação contra as duas gigantes da tecnologia foi iniciada em janeiro deste ano. O foco é analisar o domínio das empresas em marketplaces de aplicativos, sistemas operacionais e navegadores móveis. A expectativa é que, ainda em março, sejam publicadas diversas respostas de players do ecossistema mobile do Reino Unido sobre os efeitos do domínio de Apple e Google.
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Além disso, a CMA está atenta às tendências do mercado, como a utilização de IA em modelos generativos e o desenvolvimento de sistemas de IA para neutralizar drones. Essas tecnologias emergentes podem ter um impacto significativo no futuro da tecnologia e na forma como interagimos com o mundo digital.
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Via Mobile Time
