Como ‘Andor’ conseguiu encerrar sua narrativa de forma impactante

Os episódios finais de Andor precisavam equilibrar diversas narrativas de personagens com a sombra dos eventos de Rogue One e de Star Wars. A série conseguiu entregar finais importantes para seus personagens, equilibrando o individual com o coletivo de forma brilhante.

Luthen e o Sacrifício Solitário nos Finais da série Andor

Falar sobre os Finais da série Andor é inevitável sem mencionar Luthen. Seu confronto com Dedra é trágico, tanto pelo sacrifício que ele faz para proteger informações, quanto pela solidão que cerca suas escolhas. Luthen não tem um adeus grandioso, apenas um breve momento com Kleya. A tentativa de Dedra de mantê-lo vivo só prolonga seu sofrimento até o episódio 10, “Make It Stop”.

Luthen morre de forma silenciosa, sem saber o impacto que causaria na Rebelião e no destino da galáxia. Mas seu último momento, antes de tirar a própria vida, é belo e conecta tematicamente os finais de outros rebeldes em Andor. “A Rebelião não está mais aqui, ela voou para longe”, diz Luthen a Dedra. “Ela está em todo lugar agora… existe uma galáxia inteira lá fora, esperando para te dar nojo.”

O trabalho de Luthen sempre foi isolado, manipulando células e agentes uns contra os outros, mantendo segredos. Mas, ao se sacrificar, ele garante que a Rebelião conecte vozes por toda a galáxia. Como dizia o código de seus agentes, há amigos em todos os lugares. Essa conexão e esperança são temas centrais na conclusão da série.

Partagaz e o ISB: Um Contraste Amargo

O tema da solidão, que define o fim de Luthen, também se manifesta nos antagonistas imperiais, como Partagaz e Heert, de maneiras distintas. A morte de Syril em Ghorman já havia estabelecido o tom: a visão do Império em Andor é marcada pelo uso do sistema para glorificação pessoal e pela ameaça que ele representa, engolindo até mesmo seus maiores defensores.

Lonni pode ter morrido nas mãos de Luthen, mas isso acontece porque ele não era mais útil como ferramenta. Heert, obcecado por Kleya (assim como Dedra era por Axis), encontra um fim trágico nas mãos de K2, que usa seu corpo como escudo. A morte de Partagaz é particularmente amarga, pois ele vê o sistema que ajudou a criar desmoronar.

Partagaz se mata em seu escritório após ouvir o manifesto de Nemik, percebendo que a rebelião é maior do que ele jamais imaginou. Ele morre sozinho, sem saber quem era Nemik, mas consciente de que a mensagem se espalhou por toda a parte. É um fim melancólico para quem acreditava poder controlar a galáxia.

Kleya e a Continuação do Legado

O fim de Kleya não é exatamente um fim, mas a continuação de um legado. O sacrifício de Luthen dá a ela a chance de alertar a Rebelião sobre a Estrela da Morte. Através de flashbacks, vemos o início de sua história, marcada pela raiva e pelo medo. Ao salvar uma criança órfã e direcionar sua fúria, Luthen oferece a Kleya algo maior para fazer parte.

Talvez vejamos a história de Kleya na Rebelião em algum momento, mas o importante é que ela carrega o espírito de Luthen enquanto a Rebelião floresce. Sua jornada simboliza a esperança e a resiliência, mostrando que mesmo nas trevas, é possível encontrar um propósito maior e lutar por um futuro melhor.

Dedra: A Queda da Campeã Imperial

É significativo que os momentos finais de Kleya e Dedra em Andor ocorram lado a lado. Enquanto Kleya testemunha o amanhecer de algo construído por seu mentor, Dedra, vestida com o uniforme branco e laranja do sistema prisional imperial, vê a estrutura que ajudou a construir desmoronar sobre si. Como vimos em Narkina-5, o Império não oferece liberdade.

O paralelo com a morte de Syril é evidente: a obsessão de Dedra por Axis a leva a um ponto em que o próprio Império a descarta. Ela se torna cega demais para perceber a armadilha até ser tarde demais. Ao acumular informações que não deveria, Dedra entra na mira de Krennic. Ela busca a aprovação do Império, acreditando que será recompensada por suas transgressões.

No entanto, o Império consome até mesmo seus seguidores mais leais. A punição de Dedra por defender o sistema imperial é tão satisfatória quanto inevitável. É um lembrete de que a busca por poder e controle absoluto leva à ruína, mesmo para aqueles que servem ao sistema com fervor.

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Bix e a Busca pela Paz nos Finais da série Andor

Um dos Finais da série Andor mais controversos pode ser o de Bix. Seu isolamento no ato final e a revelação de que ela deu à luz ao filho de Cassian, que ele nunca conhecerá, podem tratar sua história mais como um serviço à narrativa de Cassian do que como algo próprio. No entanto, Bix é uma das poucas personagens que encontra a paz e não precisa lutar.

Enquanto muitas jornadas em Andor continuam em outros lugares, a luta de Bix chega ao fim. Sua imagem final sugere que tudo valeu a pena para que ela e as futuras gerações pudessem viver em paz, sem a necessidade de lutar constantemente. Bix representa a esperança de um futuro onde a liberdade e o amor prevaleçam sobre a guerra e o sofrimento.

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Bail Organa e o Legado Duradouro

A jornada de Bail Organa não termina em Andor, ele está em Rogue One! Tecnicamente, ele também está em Uma Nova Esperança, ou pelo menos, partes atomizadas dele estão! Mas, embora cronologicamente esses sejam os últimos momentos de Bail na saga Star Wars, Andor oferece a ele uma despedida mais digna do que a apressada em Rogue One.

O breve diálogo com Cassian é significativo, mostrando um lado mais forte de Bail e criando um momento de conexão entre eles, após suas divergências iniciais. Mesmo que não vejamos os momentos finais de Bail em tela, o objetivo de lutar até o fim é uma conclusão apropriada. Sua determinação e compromisso com a Rebelião deixam um legado inspirador.

As Histórias Não Contadas nos Finais da série Andor

Assim como Andor conclui diversas narrativas, a série também deixa muitos caminhos em aberto. Alguns personagens, como Leida após seu casamento ou Kino Loy, da primeira temporada, não reaparecem. Outros, como Cassian, K2, Mon Mothma e Saw, continuam suas histórias em outros lugares. Figuras conhecidas de Star Wars têm seus destinos selados, mas vislumbramos momentos como Wilmon e Dreena compartilhando comida ou Perrin bêbado no braço da esposa de Davro Sculden.

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O fim mais emblemático é aquele que nunca vemos: Cassian sonha com sua irmã desaparecida. O primeiro arco narrativo de Andor, que impulsiona a história, nunca é resolvido. Alguns podem se frustrar, em uma época em que fãs e a própria Star Wars se preocupam em preencher todos os detalhes do mundo. Mas sabemos o essencial: Cassian nunca a esqueceu. Ele morre sem obter respostas, e talvez nós também não as tenhamos.

Nem todos os finais são definitivos. A vida continua. Mesmo conhecendo os eventos que estão por vir em Star Wars, algumas respostas nunca são encontradas. Existe uma complexidade na existência, e Andor nos lembra disso constantemente. Afinal, a vida segue, com ou sem todas as respostas.

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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Gizmodo