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- Margarida e Renê Bonetti são protagonistas da série documental A Mulher da Casa Abandonada, que revela casos de trabalho análogo à escravidão.
- Você pode se informar sobre os desdobramentos do caso e suas implicações para a luta contra o trabalho escravo no Brasil e exterior.
- O caso expõe a realidade de exploração e os desafios jurídicos envolvendo os acusados e a vítima.
- O documentário oferece depoimentos inéditos que ampliam o entendimento sobre o tema e a resistência da vítima, Hilda Rosa dos Santos.
O caso de Margarida Bonetti, amplamente divulgado pelo podcast e, mais recentemente, pela série documental A Mulher da Casa Abandonada no Prime Video, continua a gerar grande curiosidade. A história ganhou notoriedade em 2022. Naquela época, o jornalista Chico Felitti trouxe à tona a identidade da misteriosa moradora de uma mansão em ruínas, localizada no bairro de Higienópolis, em São Paulo.
Margarida Bonetti foi acusada de manter uma empregada doméstica em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos. A situação da empregada durou por muitos anos. Esta revelação chocou o público e a mídia brasileira.
Três anos após o início das investigações de Felitti, a nova produção, com três episódios, oferece informações adicionais sobre o caso. Pela primeira vez, a vítima, Hilda Rosa dos Santos, compartilha seu testemunho. O documentário também aborda o impacto que esta história teve, expondo feridas profundas relacionadas à cultura escravocrata ainda presente no Brasil.
A família Bonetti, no entanto, optou por não participar da série documental. Essa ausência deixou uma questão no ar ao final da produção sobre qual é a situação atual dos envolvidos. Muitos querem saber o paradeiro e a condição deles hoje em dia.
Onde Está Margarida Bonetti de A Mulher da Casa Abandonada Hoje?
Margarida Bonetti continua a viver na propriedade que ficou conhecida como a “casa abandonada” em Higienópolis. O imóvel permanece de pé, mas em um visível estado de deterioração, refletindo o tempo e a falta de manutenção. Esta residência pertence à sua família há gerações, sendo seu lar por muitos anos.
Após fugir dos Estados Unidos, Margarida não compareceu para responder à Justiça americana sobre as acusações. A situação legal dela no Brasil é diferente. O crime em questão prescreveu em território brasileiro, o que impede qualquer processo legal ou extradição para os EUA. Isso a manteve segura de processos legais por aqui.
A nova série documental lançada recentemente trouxe à luz que, em seu retorno ao Brasil, Margarida se escondeu por um tempo no interior de São Paulo. Lá, ela utilizava o nome falso de “Maria” para evitar ser identificada. Este período longe dos holofotes durou até que ela retornasse à mansão em Higienópolis, onde vive até o presente momento.

Apesar de Margarida não conceder entrevistas no documentário, uma cena específica gravada na casa abandonada a mostra. É possível vê-la aparecendo em uma das janelas da residência. Essa imagem, disponível na série, oferece um raro vislumbre da moradora, reforçando o mistério que a cerca.
O Que Aconteceu com Renê Bonetti?
Renê Bonetti nasceu na cidade de São Paulo e construiu uma trajetória profissional consistente na engenharia. Ele chegou a atuar em pesquisas de satélite para a NASA e outras empresas americanas. Na década de 1970, mudou-se para os Estados Unidos com Margarida e o filho do casal, para trabalhar na área de telecomunicações.
Foi durante esse período nos EUA que Hilda Rosa dos Santos, que era empregada da família desde a infância de Margarida, foi levada para o exterior. O objetivo era que ela continuasse a prestar os serviços domésticos para o casal. Essa mudança marcou o início de um longo período de trabalho e vivência para Hilda.
Nos anos 2000, Renê enfrentou acusações de manter Hilda em condições análogas à escravidão por quase duas décadas. As denúncias incluíam falta de salário e maus-tratos contínuos. Ele foi condenado nos Estados Unidos a uma pena de seis anos e meio de prisão, além de ser obrigado a pagar US$ 110 mil em indenização à vítima.
Apesar de todas as acusações e das provas apresentadas durante o processo, Renê sempre defendeu sua inocência. Ele negou ter cometido qualquer crime, insistindo que considerava Hilda uma “amiga da família”. Essa versão diverge muito do que foi apurado pela justiça e pelo documentário.
Após cumprir sua pena nos Estados Unidos, Renê Bonetti conseguiu retomar sua vida. Atualmente, ele permanece em liberdade, vivendo em Sterling, no estado da Virgínia, e já ultrapassou os 70 anos de idade. Ele está empregado como gerente de cargas úteis na Northrop Grumman, uma das maiores empresas aeroespaciais do país, conforme dados do LinkedIn. Renê mantém uma vida discreta, evitando exposições públicas, e pouco se sabe sobre seus aspectos pessoais.
A Vida de Hilda Rosa dos Santos Hoje
Hilda Rosa dos Santos quebrou o silêncio e concedeu seu primeiro depoimento público sobre o caso na série do Prime Video. Ela apareceu diante das câmeras, compartilhando sua versão dos fatos. Hilda detalhou toda a situação vivenciada e revelou como tem sido sua vida desde então. Sua participação foi um marco importante para a produção.
A produção destaca a jornada de Hilda após a fuga. Com a ajuda de vizinhos, ela conseguiu escapar da casa dos Bonetti. Posteriormente, passou por diversas cirurgias para tratar as sequelas dos maus-tratos. Ela iniciou um processo de reconstrução de sua vida, buscando estabilidade e bem-estar.
Atualmente, Hilda reside nos Estados Unidos, onde vive em liberdade e segurança. Além de sua vida pessoal, ela se tornou uma voz ativa. Ela participa regularmente de debates e iniciativas voltadas para o combate ao trabalho escravo. Sua experiência a transformou em um símbolo de resistência e superação, contribuindo para conscientizar outras pessoas.
No documentário, Hilda relata os anos de abuso físico e a negligência médica que sofreu enquanto vivia com o casal. Ela também enfatiza que nunca recebeu salário pelos anos de trabalho. Seu depoimento expõe a gravidade das condições em que foi mantida, adicionando uma perspectiva pessoal e dolorosa ao caso.
Outros Depoimentos no Documentário
Além dos relatos de Hilda Rosa dos Santos e do jornalista Chico Felitti, a série documental apresenta a participação de outras pessoas importantes para o caso. São indivíduos que já haviam aparecido no podcast original ou que tiveram algum tipo de envolvimento direto com os acontecimentos. Suas perspectivas complementam a narrativa.
Entre os entrevistados, estão Mari Muradas e Marcio Aith, que eram vizinhos de Margarida Bonetti em Higienópolis. Eles compartilharam seus depoimentos na produção televisiva. Suas observações e experiências oferecem um olhar externo sobre a vida na misteriosa mansão e o comportamento da moradora.
A série também conta com a fala de Don Naily, o agente do FBI que liderou a investigação do caso nos Estados Unidos. Ele detalha como a descoberta do caso ocorreu e os passos da apuração. Vizinhos de Margarida nos Estados Unidos também foram ouvidos, trazendo informações sobre o período em que Hilda estava com a família Bonetti lá.
A diretora Katia Lund, em entrevista ao Minha Série, ressaltou a importância da participação de Hilda para a série. Segundo ela, o depoimento de Hilda foi fundamental para que o documentário pudesse ser produzido em sua forma atual, permitindo uma expansão significativa da história. “A chegada dela abriu muitas portas”, afirmou Lund.
A codiretora do filme Cidade de Deus explicou que, ao saberem que Hilda havia concordado em falar, muitos vizinhos e até o próprio agente do FBI se sentiram encorajados a participar. Essa colaboração permitiu que a produção reunisse um conjunto de informações mais completo e aprofundado, enriquecendo a série com múltiplos pontos de vista.
Onde Ver a Série Documental?
Com cenas fortes e entrevistas inéditas, a série A Mulher da Casa Abandonada combina a investigação jornalística de Felitti com novos depoimentos, entre eles o de Hilda, que rompeu o silêncio após mais de duas décadas. Ao lado dela, também aparecem vizinhos, autoridades e personagens que testemunharam de perto o caso.
Os três episódios estão disponíveis no Prime Video. Para quem ainda não assina, a plataforma oferece 30 dias de teste gratuito, permitindo o acesso ao conteúdo sem custo inicial. Assim, é possível assistir à produção completa e entender todos os detalhes da história. O podcast original continua acessível em plataformas como YouTube e Spotify, entre outras.
Se você acompanhou o podcast e busca mais informações sobre os desdobramentos dessa história real, que chamou a atenção no Brasil e nos Estados Unidos, a série documental é uma ótima opção. Ela serve também como um lembrete importante de que casos de trabalho análogo à escravidão continuam a existir e exigem atenção e combate. É um registro que reforça a necessidade de vigilância social.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.