Como a inteligência artificial está mudando as contratações nos bancos americanos

IA reduz contratações em grandes bancos americanos, transformando processos e exigindo nova qualificação profissional.
Publicado dia 17/10/2025
Como a inteligência artificial está mudando as contratações nos bancos americanos
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Grandes bancos americanos reduzem contratações devido à adoção crescente de inteligência artificial.
    • Você pode ser afetado pelas mudanças na contratação e requalificação de profissionais no setor financeiro.
    • A automação com IA transformará operações internas e o panorama de empregos bancários.
    • A expectativa é que funções operacionais e de suporte, como RH e TI, sejam as mais impactadas pela tecnologia.
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A inteligência artificial generativa já está mudando o IA no mercado de trabalho, com impactos visíveis em setores como o financeiro. Grandes bancos americanos, como o JPMorgan Chase e o Goldman Sachs, estão ajustando suas estratégias de contratação. Eles investem em tecnologia, resultando em uma redução no ritmo de novas admissões, conforme apurado pela CNBC.

Os efeitos dessa tecnologia já se fazem notar em alguns setores, com a diminuição de contratações. Isso ocorre à medida que os grandes bancos nos Estados Unidos intensificam seus investimentos em inteligência artificial.

O JPMorgan Chase, reconhecido como o maior banco do mundo em valor de mercado, registrou um aumento de apenas 1% no número de funcionários no terceiro trimestre. Esse dado chama atenção, pois o banco obteve um lucro considerável de US$ 14,4 bilhões. Esse valor equivale a aproximadamente R$ 78,1 bilhões e representa um crescimento de 12% sobre o faturamento do mesmo período em 2024.

A IA no Mercado de Trabalho em Todos os Processos Bancários

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O JPMorgan já utiliza soluções de inteligência artificial para automatizar diversas tarefas rotineiras. Há planos ambiciosos de expandir essa tecnologia para quase todos os processos bancários do grupo. Essa medida visa otimizar operações e melhorar a eficiência geral do banco.

A integração da IA afetará tanto a experiência dos funcionários quanto a dos clientes em todas as esferas. O CFO da empresa, Jeremy Barnum, informou que os gerentes foram orientados a não contratar novos funcionários durante a fase de implantação da inteligência artificial.

O CEO do banco, Jamie Dimon, comentou que a tecnologia, de fato, eliminará alguns empregos. Contudo, ele assegurou que a empresa planeja requalificar os profissionais afetados para novas funções. A expectativa é que, no geral, o quadro de funcionários possa até aumentar com o tempo.

Essa estratégia demonstra um foco na adaptação da força de trabalho às novas demandas tecnológicas. O objetivo é manter a competitividade enquanto a automação avança, exigindo novas habilidades dos colaboradores.

Outro gigante do setor, o Goldman Sachs, também teve um terceiro trimestre financeiro positivo. O lucro da empresa aumentou em 37%, chegando a um total de US$ 4,1 bilhões. Isso equivale a aproximadamente R$ 22,2 bilhões na cotação atual, refletindo um bom desempenho.

O Goldman Sachs se prepara para uma grande reformulação interna, impulsionada pela adoção da inteligência artificial. Essa transformação deve trazer impactos significativos para seus colaboradores e para as estruturas organizacionais da instituição.

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Em um memorando enviado aos funcionários, o CEO David Solomon destacou a busca por “mais velocidade e agilidade” em todas as operações. Essa foi a principal justificativa apresentada pela liderança para a implementação acelerada de novas tecnologias em todo o banco.

Apesar dos objetivos de eficiência, o memorando de Solomon também indicou restrições. A reformulação com IA deve limitar o aumento das contratações e, adicionalmente, prevê a demissão de um número limitado de funcionários ainda este ano, embora a implementação completa da tecnologia leve alguns anos.

Quais Funções Serão Mais Afetadas Pela IA no Setor Bancário?

Os profissionais que atuam em funções operacionais no setor bancário são os mais vulneráveis aos impactos da inteligência artificial. Essas atividades muitas vezes envolvem tarefas repetitivas, que são mais facilmente automatizadas pelas novas ferramentas.

Áreas de suporte, como recursos humanos (RH), financeiro e tecnologia da informação (TI), também estão entre as mais expostas a essas mudanças. Novas capacidades de IA podem transformar muitas dessas atividades rotineiras, exigindo novas competências.

Há alguns meses, um executivo do JPMorgan revelou a investidores que as equipes de operações e suporte podem sofrer uma redução de pelo menos 10% nos próximos cinco anos. Isso ocorrerá mesmo com a tendência de crescimento no volume de negócios do banco.

Essa projeção reflete a crescente dependência da inteligência artificial para otimizar processos internos e reduzir custos operacionais. O balanço mais recente indica que o JPMorgan Chase possui um total de 318.153 funcionários globalmente em seu quadro.

A integração da inteligência artificial generativa no setor bancário é uma realidade que redefine as dinâmicas de trabalho. As instituições financeiras buscam otimizar processos e aumentar a eficiência com essas ferramentas. Isso gera mudanças significativas nas estratégias de recrutamento e no panorama de empregos em diversas áreas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.