Como a inteligência artificial está mudando a forma de ler textos no cotidiano

Descubra como a inteligência artificial está facilitando a leitura de textos no dia a dia de forma prática e acessível.
Atualizado há 8 horas
Como a inteligência artificial está mudando a forma de ler textos no cotidiano
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A inteligência artificial permite ouvir textos em voz natural durante atividades diárias, como transporte e tarefas domésticas.
    • Você pode aproveitar melhor seu tempo ao consumir conteúdos sem precisar olhar para a tela.
    • Essas tecnologias ampliam o acesso à leitura para pessoas com dificuldades visuais ou de aprendizagem.
    • Ferramentas avançadas organizam, traduzem e resumem textos para uma experiência de leitura personalizada e eficiente.
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A inteligência artificial está mudando a maneira como interagimos com textos. Ferramentas que leem conteúdo em voz alta se tornaram um auxílio valioso no dia a dia. Isso facilita a leitura de artigos enquanto estamos no transporte ou permite absorver informações importantes enquanto fazemos outras coisas.

Essas soluções ganharam destaque por oferecerem acesso móvel, ajudarem na multitarefa e permitirem navegação por voz. Elas estão cada vez mais precisas e com som natural, capazes de criar narrações profissionais. Também transformam textos em áudio para ouvir durante outras atividades e até geram audiolivros rapidamente.

(Fonte: Pexels/Reprodução)
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As ferramentas de leitura também contribuem para a inclusão social. Elas ampliam o acesso à leitura para diversas pessoas, incluindo aquelas com dificuldades visuais ou de aprendizado. Isso mostra como a tecnologia pode quebrar barreiras e tornar o conhecimento mais acessível a todos.

IA para leitura de textos: Acesso móvel e inclusão

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Com o uso de smartphones e assistentes virtuais se tornando comum, a leitura de textos não está mais presa à tela. Ela se tornou parte de nossa rotina diária. As pessoas conseguem acompanhar notícias, e-mails e documentos enquanto caminham, cozinham ou se deslocam, tornando o consumo de conteúdo mais flexível.

De acordo com dados da Demandsage, cerca de 20,5% da população mundial utiliza a pesquisa por voz. Estima-se que, até meados de 2025, existirão em torno de 8,4 bilhões de assistentes de voz em uso globalmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, 153,5 milhões de pessoas usam esses assistentes, sendo a Siri a mais popular, com aproximadamente 86,5 milhões de usuários. Essas estatísticas mostram a crescente dependência de soluções de voz para acesso à informação. Uma parte dos usuários do Galaxy S25 já adota recursos de inteligência artificial em suas rotinas.

Muitas tecnologias atuais oferecem mais do que apenas a conversão de texto em fala. O Speaktor, por exemplo, dispõe de recursos que apoiam a inclusão social. Ele permite que indivíduos com deficiência visual ou dificuldades de leitura consigam acessar informações de uma maneira mais simples e eficiente. Essas ferramentas são importantes para democratizar o acesso ao conteúdo digital.

Além disso, ferramentas como o Speaktor ajudam a criar audiolivros a partir de e-books. Também é possível gerar áudio para podcasts e até narrar filmes de forma fácil. Esses recursos transformam o texto escrito em voz com precisão e naturalidade, oferecendo mais autonomia e eficiência para a leitura em qualquer lugar e a qualquer momento. Ferramentas de escrita com IA também estão chegando a mais celulares Android, ampliando as possibilidades.

Multitarefas e navegação guiada por voz

A leitura em voz alta oferece mais do que apenas acessibilidade, ela se tornou uma ferramenta para quem precisa fazer várias coisas ao mesmo tempo. Enquanto dirigem, se exercitam ou cuidam de tarefas domésticas, as pessoas conseguem continuar consumindo conteúdo sem interrupções. Isso otimiza o tempo gasto em outras atividades.

Um exemplo é Ana Fidalgo, estudante de Psicologia em São Paulo, que usa a conversão de texto para áudio. Ela revisa o conteúdo de suas aulas durante os 60 minutos de trajeto de volta para casa. “É a forma que encontrei para aproveitar melhor esse tempo gasto diariamente de uma forma eficiente”, explica Ana. A rotina agitada pede soluções que se encaixem no dia a dia.

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A tecnologia frequentemente se adapta às necessidades de quem a usa. Com as ferramentas de conversão de texto em fala, não é diferente. Elas permitem ler documentos, artigos e e-books enquanto outras atividades são realizadas. Essa flexibilidade facilita o gerenciamento de informações e a continuidade do aprendizado.

A tecnologia de conversão de texto em fala (TTS), que conta com redes neurais avançadas, teve um grande desenvolvimento. Hoje, sistemas como o do Speaktor analisam a estrutura da linguagem, incluindo palavras, pontuação e entonação. Eles conseguem gerar áudio com uma entonação natural, eliminando a antiga “voz robótica”. A experiência de ouvir se aproxima de uma voz humana, tornando a leitura mais agradável. A Apple, por exemplo, prevê buscas com inteligência artificial em sua assistente.

Outro ponto que ganha força é a navegação por voz em websites e aplicativos. Isso permite que as pessoas usem esses recursos sem precisar olhar para a tela, o que é ideal para situações como dirigir ou cozinhar. É mais uma forma de integrar a tecnologia ao cotidiano de maneira segura e eficiente.

Organização inteligente de conteúdos para leitura

Além de converter texto em fala, a inteligência artificial também ajuda a organizar o que lemos. Aplicativos como o Pocket permitem salvar artigos, notícias e documentos para ler mais tarde. Eles usam algoritmos para recomendar conteúdos que combinam com os interesses de cada leitor, personalizando a experiência.

Já o Feedly usa a IA para filtrar informações. Ele cria um fluxo de leitura mais limpo e relevante, evitando que o usuário perca tempo com conteúdos repetitivos. Essa curadoria inteligente se mostra uma aliada importante para quem lida com muitos dados todos os dias. O Google também relançou o Androidify com recursos de IA para avatares.

Resumo e tradução de textos em tempo real

Outra função importante da IA no mundo da leitura é a capacidade de resumir e traduzir conteúdos na hora. Ferramentas de inteligência artificial oferecem traduções de alta precisão. Isso facilita o acesso a textos em outras línguas sem perder o sentido original.

Existe também a opção de gerar resumos automáticos de artigos acadêmicos e relatórios longos. Esses resumos destacam os pontos principais, o que ajuda a economizar tempo em estudos ou pesquisas. Tais recursos complementam a leitura completa e são muito úteis para quem precisa processar grandes volumes de material diariamente.

Fonte: Pexels/Reprodução
Fonte: Pexels/Reprodução

Aplicações assistivas e tecnologias emergentes

As aplicações da IA vão além da comodidade. Muitas tecnologias baseadas em inteligência artificial impactam diretamente a vida de pessoas com deficiência. Um exemplo é o uso de soluções que transformam conteúdo escrito em áudio de forma instantânea e personalizada, como o Speaktor. Isso possibilita criar trilhas de estudo, ouvir textos acadêmicos e consumir notícias sem a necessidade de uma tela.

Relatórios da McKinsey apontam que as aplicações de IA são cruciais para a inclusão de pessoas com deficiência visual. Ao combinar visão computacional, reconhecimento de objetos e processamento de linguagem natural, essas tecnologias fornecem soluções assistivas mais intuitivas. Elas ajudam o usuário a interpretar o ambiente e a reagir em tempo real, enriquecendo a experiência.

Com a integração cada vez maior de recursos multimodais, a IA que lê texto pode entender diferentes contextos. Ela também pode responder a comandos e interagir com outros aparelhos. Tudo isso cria uma experiência de leitura mais adaptada às necessidades de cada pessoa, tornando-a mais completa e funcional.

Ética e padrões de acessibilidade na leitura

O avanço das tecnologias de leitura assistida por inteligência artificial exige um cuidado especial com a ética e a acessibilidade. Além de considerar as diferentes necessidades dos usuários, é fundamental garantir a segurança dos dados convertidos em voz. Perguntas sobre quem acessa e armazena os textos devem ter respostas claras por parte dos desenvolvedores.

É essencial respeitar os direitos autorais ao converter livros, artigos ou documentos protegidos. O uso consciente dessas ferramentas evita problemas legais e garante que o conteúdo seja acessado de forma justa. Ao mesmo tempo, as soluções devem ser inclusivas, não excluindo pessoas com sotaques, nomes menos comuns ou variações linguísticas, para uma experiência verdadeiramente universal. Algumas preocupações também surgem sobre vídeos gerados por IA no YouTube, especialmente quanto a informações erradas.

Outro ponto importante é o risco de uso inadequado da tecnologia. Isso inclui a criação de áudios falsos, conhecidos como deepfakes, ou manipulações para enganar. Para evitar que essas ferramentas sejam usadas de forma imprópria, é preciso investir em regras, transparência e mecanismos de verificação. A responsabilidade ética deve ser dividida entre quem cria, usa e regulamenta essas novidades.

A revolução da inteligência artificial na leitura de textos transformou uma atividade que antes era vista como estática em algo ativo, acessível e multitarefa. Hoje, essas ferramentas não só ajudam a democratizar o acesso à informação, mas também se ajustam ao estilo de vida moderno. Elas permitem ler artigos, gerar audiolivros ou criar narrações profissionais, tudo de forma prática.

Mesmo com todos os avanços, ainda existem desafios a serem superados. A precisão na narração de textos técnicos, a dificuldade com vocabulários específicos e a pronúncia de nomes ou palavras estrangeiras são alguns deles. Há também o desafio de adicionar um toque mais emocional à leitura, quando a narração exige expressividade.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.