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- Os jogos eletrônicos podem alterar a estrutura e o funcionamento do cérebro, conforme estudos de neurociência.
- Você pode melhorar atenção e memória com jogos, mas o uso excessivo traz riscos como dependência e problemas de sono.
- O impacto varia conforme o tipo de jogo, tempo de exposição e idade do jogador, afetando habilidades e saúde mental.
- Jogos de ação e estratégia estimulam diferentes áreas cerebrais, oferecendo benefícios específicos.
Os efeitos dos jogos no cérebro têm sido objeto de estudo desde a década de 1980, quando a neurociência começou a investigar como os jogos eletrônicos afetam nossa mente. Um dos primeiros estudos utilizou técnicas de neuroimagem para analisar jogadores de Tetris, mostrando uma redução na atividade de certas áreas cerebrais à medida que suas habilidades melhoravam.
Os pesquisadores notaram que os games podem reorganizar os circuitos cerebrais, tornando o processamento do cérebro mais eficiente. No entanto, outras pesquisas indicam que os sistemas de recompensa constantes nos jogos podem ativar mecanismos associados a comportamentos negativos.
Mas, afinal, como os jogos eletrônicos realmente afetam o cérebro? O TecMundo reuniu dados de diversos estudos para entender melhor os impactos positivos e negativos dos games no cérebro humano.
Como os jogos eletrônicos afetam o cérebro?
Os videogames mexem com diversos processos cognitivos e emocionais. No campo da neurociência, jogar ativa áreas do cérebro ligadas à atenção, memória, visão e tomada de decisão. Com o tempo, o cérebro dos jogadores se adapta, resultando em mudanças tanto funcionais quanto estruturais — um fenômeno conhecido como neuroplasticidade.
Uma revisão científica publicada na revista Brain Sciences apontou que jogar pode moldar a estrutura cerebral e ajustar a comunicação entre diferentes regiões, alterando volumes de substância cinzenta e conexões neurais. Esses efeitos variam conforme o tipo de jogo, a intensidade do uso e as características individuais de cada jogador.
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“Esta revisão sistemática avalia os efeitos benéficos dos videogames na neuroplasticidade, com foco em estudos de intervenção… Os jogos eletrônicos afetam a estrutura e o funcionamento do cérebro, dependendo de como são jogados”, descreve a introdução do estudo.
Impactos positivos dos jogos eletrônicos
Estudos mostram que os games podem trazer benefícios cognitivos e funcionais quando praticados de forma equilibrada. A revisão mencionada destaca que jogar videogame está comumente associado a melhorias na atenção visual, memória de curto prazo e tempo de reação.
Em alguns casos, jogos de ação e tiro estão ligados a reflexos mais rápidos e maior agilidade de raciocínio. Um artigo publicado na revista científica Frontiers in Psychology usou Call of Duty e outros jogos de tiro para demonstrar um aprimoramento nas decisões e reflexos dos jogadores.
Uma pesquisa recente com quase duas mil crianças sugere que aquelas que jogavam até 3 horas por dia apresentaram melhor desempenho em tarefas de memória do que as que nunca jogavam. As imagens cerebrais dos participantes mostraram maior ativação de regiões ligadas à atenção e memória.
Impactos negativos dos jogos eletrônicos
Existem preocupações sobre os riscos e efeitos negativos dos videogames, principalmente quando há uso excessivo ou exposição a conteúdos inadequados. Um dos efeitos mais discutidos é o risco de dependência, onde o uso excessivo e não controlado pode levar ao vício em alguns casos.
Outros efeitos negativos associados ao jogo excessivo incluem problemas de atenção, sono irregular, isolamento social e sintomas de ansiedade e depressão. É importante notar que os videogames não são totalmente “vilões” nem totalmente “mocinhos”, já que seus efeitos dependem de como são utilizados.
Fatores que influenciam os efeitos dos jogos no cérebro
Os impactos dos games não são iguais para todas as pessoas. Diversos fatores influenciam a forma como o cérebro responde aos jogos. O tipo de jogo, a duração e frequência, e a faixa etária do jogador estão entre os principais elementos que moldam esses efeitos.
Um adulto que joga por lazer durante duas horas no fim de semana terá um resultado diferente de uma criança que joga quatro horas por dia. Os efeitos variam para cada perfil, e são necessários mais estudos na área, já que as pesquisas costumam analisar casos específicos.
Tipo de jogo: ação, estratégia, simulação e mais
O gênero do jogo é determinante nos tipos de habilidades envolvidas e nos efeitos cerebrais. Jogos de ação, como FPS, exigem reflexos rápidos, atenção e coordenação visual e motora. Por isso, estudos os associam ao aprimoramento do tempo de reação e da percepção visual.
Já jogos de estratégia e quebra-cabeças estimulam o planejamento, a memória de trabalho e a resolução de problemas complexos. Jogos como Minecraft e Roblox, por exemplo, envolvem criatividade e um pensamento mais sistêmico.
A revisão científica mencionada destaca que os efeitos benéficos variam conforme o tipo de videogame. Enquanto jogos multiplayer favorecem comportamentos colaborativos e sociais, os jogos de simulação de exercícios físicos trazem benefícios motores e emocionais.
Tempo de exposição e frequência de jogo
A quantidade de horas que alguém passa jogando por dia ou por semana pode determinar se os efeitos serão benéficos, neutros ou prejudiciais. De modo geral, o uso moderado está ligado a benefícios, enquanto o excesso de horas de jogo traz alguns alertas.
Um estudo com crianças entre nove e dez anos apontou que aquelas que jogavam cerca de 3 horas diárias registraram certos ganhos cognitivos, mas também apresentaram maiores problemas de atenção e sintomas depressivos. A maioria das pesquisas indica que sessões longas de jogos podem causar fadiga mental, distúrbios do sono e sedentarismo.
Por outro lado, jogar apenas algumas horas por semana possibilita que o jogo funcione como uma forma de lazer, o que ajuda a minimizar os riscos. Para quem busca outras formas de entretenimento, vale a pena conferir séries e filmes em destaque nos streamings para o final de semana.
Faixa etária: crianças, adolescentes e adultos
A idade do jogador influencia muito a forma como os jogos eletrônicos afetam o cérebro e o comportamento, principalmente das crianças. Um estudo espanhol com 792 crianças menores de 10 anos revelou que a exposição a conteúdos de jogos e TV já influencia a autoimagem e autoestima infantil.
Os resultados mostram que muitas crianças, principalmente meninas, tendiam a se comparar fisicamente com personagens virtuais e manifestaram insatisfação com a própria aparência. Adolescentes que fazem uso problemático de jogos apresentam maior propensão a sintomas de ansiedade. No caso dos adultos, o cérebro já está formado, permitindo um uso mais saudável dos jogos eletrônicos — mesmo assim, ainda existem efeitos positivos e negativos.
Jogos eletrônicos e saúde mental
A ligação entre videogames e saúde mental é complexa. Os jogos podem atuar tanto como aliados no bem-estar quanto como potenciais desencadeadores de problemas emocionais. Muitos jogadores relatam que os games os ajudam a “desligar” de preocupações e relaxar, e há estudos indicando que jogar moderadamente diminui o estresse e melhora o humor.
Em outra revisão científica publicada em 2020, os cientistas afirmaram que videogames tiveram eficácia em reduzir sintomas depressivos. Mesmo assim, muitos especialistas apontam que o uso excessivo dos games pode estar relacionado à piora da saúde mental.
Em resumo, aproveitar os jogos eletrônicos de forma equilibrada pode ser benéfico como lazer e até como uma estratégia para aliviar o estresse, mas não deve ser usado em excesso. E por falar em equilíbrio, você sabe quais são os cinco recursos subestimados da One UI 7 para dispositivos Galaxy?
Estudos mostram que games podem aprimorar atenção e memória, mas ainda existe debate sobre possíveis efeitos na saúde mental. Para mais informações, entenda a pesquisa que sugere que jogos não causam problemas psicológicos.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo