Computação quântica pode tornar US$ 879 bilhões em Bitcoin vulneráveis

Computação quântica ameaça segurança de US$ 879 bilhões em Bitcoin; entenda o impacto e a proteção atual das criptomoedas.
Computação quântica pode tornar US$ 879 bilhões em Bitcoin vulneráveis
(Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • A computação quântica avançou com o chip Willow do Google, mostrando poder para ameaçar a segurança do Bitcoin.
    • Você precisa acompanhar as inovações em criptografia para proteger seus investimentos em Bitcoin contra ataques futuros.
    • O avanço pode permitir acesso a Bitcoins em carteiras dormentes, impactando o mercado e a estabilidade das criptomoedas.
    • A comunidade trabalha em criptografia pós-quântica para garantir a segurança dos ativos digitais a longo prazo.
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A computação quântica tem chamado a atenção, especialmente desde que o chip Willow do Google demonstrou um poder de processamento sem precedentes em dezembro de 2024. Este avanço levanta debates importantes sobre a segurança de dados e, especificamente, sobre o futuro do Bitcoin. Estima-se que um valor surpreendente de 879 bilhões de dólares em Bitcoin poderia ficar vulnerável a esses novos desenvolvimentos tecnológicos.

Avanços na Computação Quântica e o Chip Willow

O chip Willow do Google representa um passo significativo. Sua arquitetura inovadora consegue reduzir erros conforme o sistema cresce com a adição de mais qubits. Os qubits são as unidades fundamentais de informação na computação quântica, permitindo processamentos muito mais complexos que os bits tradicionais. Assim como a Intel também se prepara para lançar GPU Battlemage BMG-G31, a inovação no hardware continua avançando.

Este desenvolvimento superou um grande desafio técnico. O Willow concluiu uma tarefa de computação em menos de cinco minutos, um feito que levaria cerca de 10 septilhões (1025) de anos para os supercomputadores mais rápidos de hoje. Essa capacidade impressionante capturou a atenção de investidores e de figuras como Elon Musk e Sam Altman da OpenAI, que também estão de olho nas aplicações de inteligência artificial.

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Apesar do entusiasmo, as previsões sobre um colapso imediato do Bitcoin devido à computação quântica são consideradas prematuras. Especialistas apontam que a tecnologia atual ainda precisa de um longo caminho para ameaçar seriamente as criptomoedas. A criptografia AES (Advanced Encryption Standard), um padrão de criptografia simétrica, protege as carteiras de Bitcoin.

Para quebrar a criptografia AES, seriam necessários cerca de 1.500 qubits operando continuamente por 15 a 20 anos. O chip Willow do Google, para se ter uma ideia, possui apenas 105 qubits. Isso mostra a distância entre a capacidade atual e o poder necessário para tal ataque.

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A Ameaça da Computação Quântica ao Bitcoin vulnerável à computação quântica

É provável que a computação quântica, eventualmente, se torne poderosa o suficiente para decifrar a criptografia AES. Quando isso acontecer, um valor estimado em 879 bilhões de dólares em Bitcoin poderá ficar acessível. Este valor é calculado com base no preço atual do Bitcoin, que gira em torno de 112.000 dólares.

Uma análise recente de Ronan Manly, do Sound Money Report, sugere que entre 2,3 milhões e 7,8 milhões de BTC estão em carteiras dormentes. Isso representa de 11% a 37% do suprimento total de Bitcoin em circulação, conforme a análise. Essas carteiras se tornaram inacessíveis por chaves esquecidas ou falecimentos dos proprietários.

A inacessibilidade desses fundos significa que eles não podem ser movidos ou protegidos proativamente. Quando a computação quântica avançar, estes Bitcoins dormentes podem ser os primeiros alvos. Aqueles que conseguirem acessar esses fundos primeiro teriam um grande ganho financeiro.

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A movimentação de uma quantidade tão grande de Bitcoin de carteiras dormentes poderia desestabilizar o mercado. Uma “liquidação” em massa desses ativos poderia levar a um ciclo de baixa para a criptomoeda, independentemente de outros fatores de mercado. A maioria dos detentores de Bitcoin ativos provavelmente migrará para carteiras mais seguras contra ataques quânticos.

No entanto, as carteiras dormentes, especialmente aquelas de proprietários falecidos, dificilmente poderão ser atualizadas. Isso as deixa permanentemente expostas a futuras capacidades da computação quântica, que podem comprometer a segurança dessas moedas perdidas.

O Cenário Futuro e a Resposta da Comunidade

Apesar das projeções sobre a vulnerabilidade do Bitcoin, este cenário de grande acesso a fundos ainda está distante. A capacidade atual dos sistemas de computação quântica é limitada, o que indica que há tempo para a comunidade se adaptar.

O avanço tecnológico é gradual e oferece janelas para o desenvolvimento de contramedidas. Isso permite que pesquisadores e desenvolvedores criem sistemas de segurança mais robustos, antecipando as futuras capacidades da computação quântica.

A comunidade de criptomoedas tem trabalhado em soluções de criptografia pós-quântica. Essas tecnologias visam criar novos métodos de proteção que sejam resistentes a ataques de computadores quânticos. A migração para esses novos padrões será fundamental para a segurança a longo prazo dos ativos digitais.

A discussão sobre o impacto da computação quântica serve como um lembrete para a inovação contínua na segurança digital. Manter-se atualizado sobre os desenvolvimentos em ambas as áreas é crucial para proteger os investimentos e a integridade de sistemas baseados em criptografia.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.