O uso de conexões via satélite em redes móveis para projetos de Internet das Coisas (IoT) deve ser estratégico, focando em áreas com pouca ou nenhuma conectividade. A escolha dessa tecnologia deve ser uma exceção, aplicada onde a cobertura móvel, seja pública ou privada, não alcança. Questões de modelo de negócio e custo também são cruciais para decidir se essa opção é viável.
O uso de satélite em IoT está ganhando força no Brasil, com empresas estrangeiras investindo em nano satélites para complementar as redes móveis. No entanto, o preço ainda é um grande obstáculo para a implementação de projetos que combinam satélites e redes móveis para IoT.
Aplicações Estratégicas de IoT com Satélite
Edi Fiori, CIO do Grupo São Martinho, destacou que a utilização de conexões satelitais através da rede móvel para projetos de IoT deve ser focada em “pontos de deficiência de conectividade”. A escolha da tecnologia precisa ser vista como algo excepcional, especialmente em áreas onde a cobertura móvel não está disponível.
Paulo Spacca, presidente da Abinc, ressaltou que a decisão de usar ou não satélite como um complemento às redes móveis depende muito do modelo de negócios da empresa. Ele também mencionou que a conexão satelital está se fortalecendo no Brasil, com a Abinc contando com empresas de nano satélites estrangeiras como membros.
André Martins, CEO da NLT Telecom, observou que o custo ainda é um fator limitante para projetos que envolvem satélites e redes móveis para IoT. Como líder de uma operadora móvel virtual para IoT, que oferece serviços de satélite em parceria com a Skylo, ele enfatizou que esse tipo de conectividade é ideal para ações específicas, como áreas sem cobertura móvel.
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Martins também compartilhou um exemplo de um projeto de conectividade IoT para uma concessionária de energia, onde apenas 2% a 3% dos equipamentos necessitarão de satélite devido à falta de rede celular. “Obviamente, devem existir alguns pontos fora da cobertura de rede. Se for um ou outro (dispositivo), tudo bem, cabe no orçamento”, afirmou o executivo da NLT. No entanto, ele concluiu que “fazer projeto massivo com IoT satelital não faz sentido (pelo preço)”.
Custo e Viabilidade de Projetos IoT com Satélite
O principal entrave para a expansão do IoT com satélite é, sem dúvida, o custo. André Martins, CEO da NLT Telecom, que oferece soluções de conectividade IoT via satélite em parceria com a Skylo, ressalta que essa tecnologia deve ser vista como uma solução para casos específicos, onde a cobertura móvel tradicional não alcança. Ele exemplifica com projetos onde apenas uma pequena porcentagem dos dispositivos, cerca de 2% a 3%, realmente necessitam da conexão via satélite devido à ausência de sinal celular.
Para locais remotos ou de difícil acesso, como áreas agrícolas ou de exploração, o IoT com satélite pode ser uma alternativa interessante. No entanto, Paulo Spacca, presidente da Abinc, destaca que a viabilidade dessa escolha depende do modelo de negócios da empresa e de como ela pretende utilizar essa tecnologia em suas comunicações.
Avanços e Desafios da Conexão Satelital no Brasil
Apesar dos desafios de custo, a conexão satelital está ganhando espaço no Brasil. A Abinc, por exemplo, conta com quatro empresas de nano satélites estrangeiras entre seus membros, demonstrando um interesse crescente no mercado brasileiro. Essa expansão pode ser impulsionada pela busca por soluções de conectividade em áreas onde a infraestrutura de redes móveis é limitada ou inexistente.
A necessidade de soluções de conectividade em áreas remotas abre espaço para o crescimento do IoT com satélite. Um dos exemplos é a Surf Telecom e Cruz Vermelha que distribuem 6 mil chips para refugiados no Brasil. No entanto, a massificação dessa tecnologia ainda enfrenta o obstáculo do preço, que precisa se tornar mais competitivo para viabilizar projetos de grande escala.
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