▲
- O filme A Mulher Rei, lançado em 2022, mistura ficção e fatos reais do Reino de Daomé e seu exército feminino, as guerreiras Agojie.
- Você pode entender a origem e importância das guerreiras Agojie e o contexto histórico do Reino de Daomé retratado no filme.
- O longa destaca a força feminina e as batalhas contra o tráfico de escravos na África Ocidental no século XIX.
- A história real das personagens centrais Nawi e Nanisca reforça a base histórica da narrativa e amplia o conhecimento cultural.
O filme A Mulher Rei, lançado em 2022 e estrelado por Viola Davis, continua a conquistar o público. Em 2025, o longa figura entre os dez filmes mais assistidos na streaming da Netflix, destacando uma trama histórica e cheia de ação que se passa nos anos 1820. A produção cativa ao mesclar ficção com acontecimentos reais.
O enredo de A Mulher Rei apresenta uma general experiente que assume a tarefa de treinar uma nova geração de guerreiras. O objetivo principal é proteger o seu reino contra as ameaças de um inimigo implacável. Essa combinação de drama e batalha faz do filme uma experiência envolvente.
Conheça, então, qual é a história real de A Mulher Rei, filme que está bombando na Netflix e que traz à tona um período fascinante da história.
- O filme A Mulher Rei é uma produção de 2022, que obteve sucesso inicial nos cinemas.
- Três anos após seu lançamento, o longa alcançou o top 10 na plataforma de streaming Netflix.
- A atriz Viola Davis interpreta a protagonista do filme.
- A trama é inspirada em eventos históricos que aconteceram séculos atrás.
- O filme aborda a história do Reino de Daomé e de seu exército de guerreiras, as Agojie.
O enredo de A Mulher Rei
No filme A Mulher Rei, somos apresentados à carismática General Nanisca, interpretada por Viola Davis. Ela vive no Reino de Daomé, um poderoso reino africano que busca se manter forte. Nesse cenário, a jovem e espirituosa Nawi, interpretada por Thuso Mbedu, é orientada por sua família a se juntar ao exército feminino Agojie.
As Agojie eram as guerreiras encarregadas de defender o povo de Daomé, e a pressão para Nawi se integrar era grande. O treinamento dessas guerreiras era rigoroso, preparando-as para os desafios que enfrentariam. Nawi, ao longo de seu treinamento, desenvolve laços importantes com suas companheiras de exército.
Durante essa jornada, ela cria uma conexão especial com a General Nanisca, que lidera as tropas com sabedoria e força. Enquanto as guerreiras se dedicam à proteção de sua comunidade contra os traficantes de escravos europeus, as histórias de Nawi e Nanisca se entrelaçam de maneiras inesperadas.
Ambas descobrem um segredo que as conecta profundamente, adicionando uma camada de drama pessoal à narrativa de batalhas e defesa do reino. O filme explora não apenas a força física, mas também os laços emocionais e a resiliência dessas mulheres.

Conexão de A Mulher Rei com fatos históricos
O filme A Mulher Rei se inspira em situações reais do Reino de Daomé e das renomadas guerreiras Agojie. Localizado na África Ocidental, mais precisamente na região do Golfo da Guiné, o reino existiu por um longo período, entre os anos de 1620 e o início do século XX, deixando um legado significativo.
No Reino de Daomé, a autoridade máxima era um rei, cujo poder era transmitido por herança ancestral, mantendo uma estrutura de governo tradicional. Curiosamente, as mulheres ocupavam posições de grande relevância na sociedade daomeana, indo muito além das responsabilidades domésticas comuns em outras culturas da época.
Essa organização social era notável, pois cada oficial masculino do palácio tinha uma equivalente feminina com funções importantes. Essa dualidade de poder ajudou a estabelecer e manter o respeito pelas guerreiras Agojie, mostrando o valor e a força feminina na estrutura do reino.
O reino, no entanto, enfrentava desafios externos, como o embate direto com o poderoso Império Oyo, um conflito histórico retratado no longa. A Mulher Rei também expõe que Daomé dependia, em grande parte, do comércio de escravos com os europeus, mas enfatiza que as pessoas vendidas eram prisioneiros de guerra de outros povos, não membros de sua própria comunidade.
A prosperidade do reino começou a declinar a partir de meados do século XIX, quando a abolição do tráfico de escravos ganhou força nos territórios europeus e nas Américas. Essa mudança global impactou drasticamente a economia de Daomé, que precisou buscar novas formas de subsistência.
Quem foram as Guerreiras Agojie
No Reino de Daomé, as tropas compostas exclusivamente por mulheres guerreiras eram conhecidas como Agojie. Elas eram originalmente caçadoras de elefantes, uma atividade que exigia grande força e coragem. Com o tempo, essa tradição evoluiu, e elas se transformaram em batalhões militares altamente organizados.
A organização militar das Agojie começou a se estruturar mais formalmente a partir da década de 1720, tornando-se uma força respeitada e temida. No auge de seu exército, estima-se que entre 6 mil e 8 mil mulheres faziam parte dessas tropas, defendendo o reino com bravura. Muitas delas eram adolescentes, selecionadas por sua altura, agilidade e atletismo, vindas de diferentes aldeias da região.
Ao serem escolhidas, essas jovens passavam por um processo de transformação intenso, que envolvia um treinamento físico exaustivo e uma preparação mental rigorosa. Esse processo moldava-as em guerreiras de elite, exigindo delas uma resistência excepcional e uma disciplina inabalável para suportar as duras condições de combate.
As Agojie desenvolveram táticas de combate corpo a corpo muito eficientes, além de serem especialistas em emboscadas e ataques surpresa. Elas utilizavam um arsenal variado, que incluía arcos com flechas que podiam ser envenenadas, facas afiadas, lanças longas e até canhões, mostrando sua versatilidade em batalha.
É importante ressaltar que a guerreira Nawi, uma das personagens centrais do filme, realmente existiu na história. Ela é reconhecida como uma das últimas guerreiras Agojie e faleceu em 1979, com mais de 100 anos de idade. A figura de Nanisca, embora não com o mesmo nome exato, também foi inspirada em relatos de uma guerreira real, documentados por um mercador francês no final do século XIX, evidenciando a base histórica do filme.

O declínio do Reino de Daomé
O Reino de Daomé começou seu processo de colapso no final do século XIX. A abolição do tráfico de escravos, que era uma das principais bases econômicas do reino, gerou uma crise. Paralelamente, a pressão do imperialismo europeu na costa da África Ocidental aumentava, buscando expandir territórios e controlar recursos naturais.
Essa conjuntura levou à Primeira Guerra Franco-Daomeana, que ocorreu em 1890. O conflito resultou na vitória da França, que já estava consolidando sua presença na região. A derrota foi um golpe significativo para a soberania do reino, marcando o início de seu fim.
Pouco tempo depois, em 1892, a Segunda Guerra Franco-Daomeana eclodiu. Este novo confronto foi devastador para as tropas Agojie, que sofreram pesadas baixas. O reino, enfraquecido e com suas forças militares dizimadas, acabou se rendendo aos franceses dois anos mais tarde, em 1894.
Com a rendição, o Reino de Daomé foi oficialmente incorporado às colônias francesas localizadas na África Ocidental, perdendo sua independência e identidade política. Atualmente, o território que outrora pertenceu ao poderoso Reino de Daomé corresponde à República de Benim, uma nação que guarda as memórias e a rica história de seus antepassados.

O filme A Mulher Rei está disponível na Netflix e oferece uma visão de um capítulo importante da história africana, com uma narrativa envolvente e performances marcantes.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.