Já imaginou um Vape com Tamagotchi? Essa ideia inusitada surgiu com Rebecca Chun e Lucia Camacho, que criaram um dispositivo que integra um cigarro eletrônico a um Tamagotchi. O mais curioso é que, ao invés de precisar de carinho, o bichinho virtual precisa que você fume para sobreviver. Essa invenção, que não será comercializada, nasceu durante um hackathon da Universidade de Nova Iorque, que desafiava os participantes a criarem ideias “idiotas”.
Como surgiu o Vape-o-Gotchi
A ideia surgiu quando Rebecca Xun, que já trabalhou com redes sociais na Meta, começou a pensar em maneiras de tornar o uso de vapes menos frequente. A intenção inicial era que o Tamagotchi morresse cada vez que alguém usasse o vape, gerando um sentimento de culpa. Mas a ideia evoluiu para um cenário onde o Tamagotchi precisa do vape para sobreviver.
Xu então começou a trabalhar no projeto com Lucia Camacho, que já trabalhou em uma empresa de drones militares. Rebecca ficou responsável pela parte do software, criando um código que rastreia a saúde do Tamagotchi com base na voltagem do vape. Lucia, por sua vez, usou sua experiência com hardware para conectar o bichinho digital à parte elétrica do vape.
Camacho explicou que essa conexão é bem simples: basta medir se o vape está ligado ou desligado e monitorar isso em um pequeno computador. Vale ressaltar que, por questões de direitos autorais, elas não usaram o Tamagotchi original da Bandai Namco, optando por um bichinho virtual genérico.
Apesar da simplicidade da ideia, o desenvolvimento do protótipo não foi fácil. A dupla enfrentou desafios para encaixar todas as peças e precisou imprimir e reimprimir vários componentes, chegando a quebrar a impressora 3D de Camacho no processo. O resultado, como mostram as imagens, ainda tem um design rudimentar, cheio de fios.
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O funcionamento do Vape com Tamagotchi
O funcionamento do Vape com Tamagotchi é bem direto: o vape funciona como um cigarro eletrônico normal, enquanto o Tamagotchi, inspirado no original, precisa de “tragadas” para se manter vivo. Antigamente, o Tamagotchi morria se fosse negligenciado, mas agora ele morre se você não usar o vape. Essa inversão de lógica transforma o ato de fumar em uma necessidade para manter o bichinho virtual vivo.
Essa ideia, por mais inusitada que seja, levanta questões sobre a relação entre cuidados e vícios. Se antes o Tamagotchi representava sentimentos de carinho e responsabilidade, o Vape-o-Gotchi transforma essa dinâmica, incentivando o usuário a não deixar o bichinho sem fumaça. Dada a associação do Tamagotchi com o público infantil, a recepção desse dispositivo pode ser controversa.
É importante lembrar que essa invenção foi criada para um hackathon com o objetivo de promover ideias sem sentido, e não necessariamente para ser comercializada. Os hackathons são eventos que reúnem profissionais e estudantes de diversas áreas para criar protótipos e inovações, e o Stupid Hackathon da Universidade de Nova Iorque tinha como foco justamente o desenvolvimento de projetos “idiotas”.
Rebecca Xun explicou que a ideia inicial era que o Tamagotchi morresse quando o usuário fumasse, gerando um sentimento de culpa. No entanto, a proposta foi alterada para o estado atual, onde o Tamagotchi depende do vape para sobreviver. Essa mudança reflete uma reflexão sobre a gamificação do uso de vapes e os problemas de saúde associados aos cigarros eletrônicos.
Expansão e os potenciais riscos
Com a repercussão do Vape-o-Gotchi, Rebecca Xun e Lucia Camacho planejam expandir o projeto. Entre os objetivos estão adicionar proteção contra água e melhorar a durabilidade do dispositivo. Elas também querem criar um visual mais atraente e “fofo”, diferente do design atual, que consideram parecido com uma “bomba improvisada”.
Apesar de não terem planos de comercializar o produto por enquanto, as criadoras pensam em disponibilizar o projeto para que outras pessoas possam criar suas próprias versões customizadas. O principal objetivo de ambas é aprimorar o que já existe e se divertir com o projeto. No entanto, elas estão cientes das críticas que a ideia pode gerar, devido à associação entre vapes e o Tamagotchi.
É importante ressaltar que os cigarros eletrônicos são considerados prejudiciais à saúde, tanto quanto ou até mais que os cigarros tradicionais. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indicam que o uso de vapes pode causar bronquite, asma, danos à saúde bucal e dependência. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os impactos no desenvolvimento cerebral, na aprendizagem, saúde mental e doenças cardiorrespiratórias.
Ainda que seja uma brincadeira, a combinação de vapes com um brinquedo popular como o Tamagotchi pode gerar controvérsias e preocupações. Isso porque os cigarros eletrônicos são considerados prejudiciais à saúde, tanto quanto ou até mais que os cigarros tradicionais. Essa combinação pode influenciar crianças e adolescentes, que são mais suscetíveis a mensagens que misturam diversão e hábitos nocivos.
As idealizadoras do projeto pretendem continuar aprimorando o Vape-o-Gotchi, explorando novas funcionalidades e designs. Resta saber se essa invenção permanecerá apenas como uma brincadeira ou se inspirará novas discussões sobre a relação entre tecnologia, saúde e vícios.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.