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- A CoreWeave divulgou resultados trimestrais abaixo das expectativas, mas um analista acredita que a queda das ações pode ser limitada no curto prazo.
- Se você investe em ações de tecnologia, essa análise pode ajudar a entender os riscos e oportunidades no mercado.
- O cenário pode mudar após o período de lockup e possíveis novas emissões de ações, afetando os investidores.
- A empresa tem uma carteira de pedidos robusta, incluindo contratos com grandes nomes como Google e OpenAI.
A CoreWeave, empresa de computação em nuvem especializada em GPUs, não agradou muito os investidores ao divulgar seus primeiros resultados trimestrais como empresa pública. No entanto, um analista de Wall Street acredita que o impacto negativo pode ser limitado devido às particularidades do IPO da CoreWeave.
A companhia se destaca por oferecer acesso em larga escala às GPUs de última geração da NVIDIA, dentro de uma infraestrutura otimizada para cargas de trabalho de IA, com latência de rede ultrarrápida e sistema de gerenciamento do ciclo de vida das GPUs. Em resumo, a CoreWeave aluga as GPUs mais recentes da NVIDIA na nuvem, juntamente com recursos adicionais para atrair empresas iniciantes de IA.
Resultados financeiros da CoreWeave
Na quarta-feira, a CoreWeave divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2025, reportando uma receita de US$ 981,632 milhões, superando em 14% a estimativa do consenso do mercado. Além disso, a empresa anunciou a Google como seu mais novo cliente hyperscaler. Sua carteira de pedidos totaliza US$ 25,9 bilhões, incluindo US$ 11,2 bilhões apenas da OpenAI.
Apesar dos bons números, a projeção para o futuro não empolgou tanto, com a empresa estimando um CapEx (gastos de capital) entre US$ 3 bilhões e US$ 3,5 bilhões para o segundo trimestre, com uma receita projetada entre US$ 1,06 bilhão e US$ 1,1 bilhão. Além disso, a CoreWeave não atingiu as expectativas de lucro por ação (EPS), principalmente devido a US$ 177 milhões em compensação baseada em ações relacionadas ao CoreWeave IPO.
Para o ano fiscal de 2025, a CoreWeave agora espera uma receita entre US$ 4,9 bilhões e US$ 5,1 bilhões, lucro operacional entre US$ 800 milhões e US$ 830 milhões e CapEx entre US$ 20 bilhões e US$ 23 bilhões. É importante destacar que o CapEx da CoreWeave permanece “irregular” e continua a ser financiado por dívida autoamortizável e pela nova linha de crédito rotativo de US$ 1,5 bilhão.
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Análise de Gil Luria e perspectivas para as ações da CoreWeave
Diante desse cenário, o analista Gil Luria, da DA Davidson, rebaixou a classificação da CoreWeave para “Underperform” (desempenho abaixo da média) e estabeleceu um preço-alvo de US$ 36 para as ações. Para referência, as ações estão sendo negociadas a cerca de US$ 68 no pregão de pré-mercado de hoje.
Embora Luria compare a CoreWeave à WeWork, ele reconhece que a desvantagem para as ações permanece limitada por enquanto: “Percebemos que as ações podem ter uma desvantagem de curto prazo limitada, dado o pequeno float e o alto custo para tomá-las emprestadas, mas isso pode mudar após o vencimento do lockup e a provável necessidade de ofertas secundárias”. Empresas que atuam no setor, como a QINV, também buscam se destacar no mercado.
O analista Gil Luria reconhece que, apesar das similaridades com a WeWork, o potencial de queda das ações da CoreWeave pode ser limitado no curto prazo. Isso se deve ao número restrito de ações disponíveis e ao alto custo para alugá-las. No entanto, essa situação pode mudar após o período de lockup e a possível necessidade de novas emissões de ações.
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