Corrida para Desenvolver Robôs Humanoides: Quem Leva a Melhor?

O desenvolvimento de robôs humanoides está aquecendo o mercado. Veja quem competirá pela liderança.
Atualizado há 6 horas
Corrida para Desenvolver Robôs Humanoides: Quem Leva a Melhor?
O mercado de robôs humanoides cresce; descubra os principais concorrentes na disputa. (Imagem/Reprodução: G1)
Resumo da notícia
    • Robôs humanoides estão atraindo investimentos significativos e criando um mercado bilionário.
    • O avanço dessa tecnologia pode impactar indústrias e a vida pessoal, introduzindo novas soluções domésticas.
    • As empresas em competição, como a Unitree e Tesla, têm o potencial de revolucionar o setor.
    • Os desafios incluem a adaptação da tecnologia para ambientes do dia a dia, como residências e restaurantes.
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Robôs humanoides estão atraindo investimentos significativos, criando um mercado multibilionário disputado globalmente. Empresas na China, Estados Unidos e Europa estão competindo para desenvolver a próxima geração de robôs que podem revolucionar indústrias e lares. Esses robôs prometem desde uma força de trabalho incansável até eletrodomésticos multifuncionais, mas a tecnologia ainda enfrenta desafios para se tornar amplamente aplicável em ambientes não controlados.

A Fascinante Interação Humano-Robô

Em uma manhã ensolarada em Hanover, Alemanha, a experiência de encontrar o G1, um robô humanoide da empresa chinesa Unitree, na Hannover Messe, revelou o crescente interesse e investimento nesse campo. Com 1,30 m de altura, o G1 se destaca por sua acessibilidade e fluidez de movimentos, demonstrada em vídeos virais de dança e artes marciais.

Durante a feira, o G1 era controlado remotamente por Pedro Zheng, gerente de vendas da Unitree. Ele explicou que cada robô precisa ser programado para realizar funções autônomas. O que realmente chamou a atenção foi a reação das pessoas: muitos transeuntes paravam para interagir com o robô.

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As pessoas estendiam a mão para cumprimentá-lo, faziam movimentos rápidos para testar sua resposta, e até pediam desculpas ao esbarrar nele. Essa interação demonstra como o formato humanoide, apesar de incomum, pode ser acolhedor e despertar curiosidade.

A Unitree é apenas uma das muitas empresas que buscam inovar nesse campo. O potencial de mercado é vasto, com a promessa de uma força de trabalho que não requer férias ou aumentos salariais. Além disso, a visão de ter um robô que executa tarefas domésticas é um atrativo considerável.

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Desafios e Oportunidades no Desenvolvimento de Robôs Humanoides

Embora os braços robóticos e robôs móveis já sejam comuns em fábricas e armazéns, adaptar robôs humanoides para ambientes menos previsíveis, como restaurantes ou residências, apresenta desafios significativos. Para serem realmente úteis, esses robôs precisam ser fortes, o que também levanta questões de segurança. Imagine o perigo de um robô caindo no momento errado!

Além da força física, a inteligência artificial (IA) que controla esses robôs precisa avançar consideravelmente. A capacidade de entender e executar tarefas complexas de forma lógica ainda é um obstáculo. No momento, o G1 é comercializado para instituições de pesquisa e empresas de tecnologia, que podem usar o software de código aberto da Unitree para desenvolvimento.

O foco atual dos empreendedores está em robôs humanoides para uso em armazéns e fábricas. Elon Musk, com sua empresa Tesla, está desenvolvendo o robô humanoide Optimus. Musk declarou que “vários milhares” de unidades serão construídas este ano, com o objetivo de realizar “coisas úteis” nas fábricas da Tesla.

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Outras montadoras também estão investindo nessa tecnologia. A BMW recentemente implementou robôs humanoides em uma fábrica nos EUA, enquanto a Hyundai encomendou dezenas de milhares de robôs da Boston Dynamics. Thomas Andersson, da empresa de pesquisa STIQ, acompanha de perto 49 empresas que desenvolvem robôs humanoides.

A Dominação Asiática no Mercado de Robôs

Andersson acredita que as empresas chinesas estão bem posicionadas para dominar o mercado. Ele destaca a vasta cadeia de suprimentos e o ecossistema de robótica na China, que facilitam a otimização de desenvolvimentos e a realização de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Um exemplo claro dessa vantagem é o preço acessível do G1 da Unitree, custando US$ 16 mil.

Além disso, Andersson aponta que os investimentos favorecem os países asiáticos. Quase 60% do financiamento para robôs humanoides foi captado na Ásia, com os EUA atraindo a maior parte do restante. As empresas chinesas também se beneficiam do apoio governamental, como o centro de treinamento para robôs em Xangai, onde dezenas de robôs humanoides aprendem a realizar tarefas.

Bren Pierce, fundador da Kinisi, explica que, para empresas europeias ou americanas, a necessidade de importar subcomponentes da China pode ser um obstáculo. “Então se torna inviável comprar motores, baterias e resistores, transportá-los para o outro lado do mundo para montá-los, quando você poderia simplesmente juntá-los na fonte, que fica na Ásia”, diz Pierce.

Para manter os custos baixos, a Kinisi optou por não criar um robô humanoide completo. O KR1, projetado para armazéns e fábricas, não tem pernas. Pierce argumenta que, em ambientes com pisos planos, o gasto adicional com um formato tão complexo não se justifica. Ele também prioriza o uso de componentes produzidos em série, como as rodas encontradas em scooters elétricas.

A Importância do Software na Robótica Colaborativa

Assim como a Unitree, Pierce enfatiza que o software é o “ingrediente secreto” para permitir que os robôs trabalhem em conjunto com humanos. Ele acredita que muitos robôs de alta tecnologia exigem um nível de conhecimento especializado para serem instalados e utilizados. O objetivo da Kinisi é criar um robô fácil de usar, que possa ser operado por trabalhadores comuns de armazém ou fábrica após algumas horas de treinamento.

Pierce afirma que o KR1 consegue executar uma tarefa após ser guiado por um humano 20 ou 30 vezes. A Kinisi planeja entregar o KR1 a clientes-piloto para testes ainda este ano. Mas será que os robôs um dia sairão das fábricas e chegarão às casas? Mesmo o otimista Pierce admite que isso ainda está longe de acontecer.

Bren Pierce diz que o robô da Kinisi será fácil de treinar. O sonho de Pierce é construir um robô que possa fazer tudo, mas ele reconhece que essa é uma tarefa complexa que levará pelo menos 10 a 15 anos. Mas enquanto isso, você pode entender melhor sobre QINV inteligência artificial e o mercado de tecnologia.

A corrida para desenvolver robôs humanoides está apenas começando, e o futuro promete avanços que podem transformar a forma como vivemos e trabalhamos. A busca por soluções inovadoras e acessíveis continua a impulsionar o desenvolvimento nesse campo, com empresas ao redor do mundo competindo para criar os robôs do futuro.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via G1

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.