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- Empresas globais disputam a liderança no desenvolvimento de robôs humanoides.
- Se você busca acompanhar inovações, isso pode mudar a forma como vivemos e trabalhamos.
- A concorrência no setor pode acelerar inovações tecnológicas em automação.
- A crescente demanda por robôs humanoides reflete o potencial do mercado.
Robôs humanoides estão atraindo investimentos significativos em um mercado global bilionário, com empresas na China, Estados Unidos e Europa competindo pelo domínio. Esses robôs, com potencial para revolucionar indústrias e lares, prometem uma força de trabalho incansável e a automação de tarefas domésticas. No entanto, desafios tecnológicos e de inteligência artificial ainda precisam ser superados antes que essa visão se torne realidade.
Acompanhei de perto a evolução dos robôs humanoides e, recentemente, tive a oportunidade de conhecer o G1, um robô humanoide da empresa chinesa Unitree, na Hannover Messe, uma das maiores feiras industriais do mundo. Com 1,30 m de altura, o G1 impressiona por sua amplitude de movimento e destreza, que viralizaram em vídeos de dança e artes marciais.
Na feira, o G1 era controlado remotamente por Pedro Zheng, gerente de vendas da Unitree, que explicou que os clientes precisam programar cada robô para realizar funções autônomas. O que mais chamou a atenção foi a interação do público com o G1: pessoas estendiam a mão para cumprimentá-lo, faziam movimentos para testar sua resposta e riam quando ele acenava ou se inclinava.
A Busca Pelo Robô Perfeito
A Unitree é apenas uma das muitas empresas que buscam desenvolver robôs com aparência humana. O potencial de mercado é enorme, com a promessa de uma força de trabalho que não precisa de férias ou aumentos salariais. Além disso, um robô humanoide poderia se tornar o eletrodoméstico definitivo, capaz de lavar roupa e louça.
Apesar do entusiasmo, a tecnologia ainda enfrenta desafios. Robôs e braços robóticos são comuns em fábricas e armazéns, mas esses ambientes são controlados. Introduzir um robô humanoide em um ambiente imprevisível, como um restaurante ou uma casa, é muito mais complexo.
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Para serem úteis, esses robôs precisam ser fortes, o que também os torna perigosos. Uma simples queda pode causar acidentes. Além disso, a inteligência artificial para investimentos que controla esses robôs ainda precisa evoluir. Um porta-voz da Unitree explicou que a IA robótica atual enfrenta dificuldades em entender e concluir tarefas complexas de forma lógica.
Atualmente, o G1 é comercializado para instituições de pesquisa e empresas de tecnologia, que podem usar o software de código aberto da Unitree para desenvolvimento. Enquanto isso, os esforços se concentram em robôs humanoides para armazéns e fábricas.
Apostas de Elon Musk e Outras Montadoras
Elon Musk, CEO da Tesla, é um dos empresários mais conhecidos que apostam nesse mercado. Sua empresa está desenvolvendo o robô humanoide Optimus, e Musk afirmou que “vários milhares” serão construídos este ano para realizar “coisas úteis” nas fábricas da Tesla.
Outras montadoras também estão investindo em robôs humanoides. A BMW recentemente introduziu robôs em uma fábrica nos EUA, enquanto a Hyundai encomendou dezenas de milhares de robôs da Boston Dynamics, empresa que adquiriu em 2021.
Thomas Andersson, fundador da empresa de pesquisa STIQ, acompanha 49 empresas que desenvolvem robôs humanoides com dois braços e pernas. Se a definição for ampliada para robôs com dois braços que se movem sobre rodas, o número de empresas analisadas ultrapassa 100.
Andersson acredita que as empresas chinesas têm grande potencial para dominar o mercado, devido à vasta cadeia de suprimentos e ao ecossistema de robótica na China, que facilitam o desenvolvimento e a pesquisa. A Unitree exemplifica essa vantagem, com o G1 sendo vendido por um preço relativamente baixo de US$ 16 mil (R$ 90,9 mil).
Além disso, Andersson destaca que o investimento favorece os países asiáticos. Quase 60% de todo o financiamento para robôs humanoides foi captado na Ásia, com os EUA atraindo a maior parte do restante. As empresas chinesas também contam com o apoio dos governos nacional e local, como o centro de treinamento para robôs em Xangai, onde dezenas de robôs aprendem a realizar tarefas.
A Competição Global e os Desafios de Produção
Diante desse cenário, como os fabricantes de robôs americanos e europeus podem competir? Bren Pierce, fundador da Kinisi, explica que sua empresa produzirá o robô KR1 na Ásia, apesar de tê-lo projetado e desenvolvido no Reino Unido.
Segundo Pierce, empresas europeias e americanas precisam comprar subcomponentes da China, o que torna mais lógico montar os robôs diretamente na Ásia, onde esses componentes são produzidos. Além disso, para manter os custos baixos, o KR1 não possui a forma humanoide completa, sendo projetado para armazéns e fábricas.
O KR1 utiliza componentes produzidos em série, como as rodas de scooters elétricas, e a filosofia de Pierce é comprar o máximo possível de peças prontas. Assim como seus concorrentes na Unitree, Pierce destaca a importância do software que permite que o robô trabalhe com humanos.
Pierce afirma que o KR1 é projetado para ser fácil de usar, permitindo que trabalhadores comuns de armazéns e fábricas aprendam a operá-lo em poucas horas. O robô consegue executar uma tarefa após ser guiado por um humano cerca de 20 ou 30 vezes. Os primeiros KR1 serão entregues a clientes para testes ainda este ano.
O Futuro dos Robôs em Nossos Lares
Será que os robôs um dia sairão das fábricas e chegarão às nossas casas? Mesmo o otimista Pierce acredita que isso ainda está longe de acontecer. Seu sonho de longo prazo é construir um robô que faça tudo, mas ele reconhece que essa é uma tarefa muito complicada e que levará pelo menos 10 a 15 anos para se concretizar.
Os robôs humanoides representam um campo de inovação promissor, com potencial para transformar diversas indústrias. No entanto, para que essa tecnologia se torne uma realidade em larga escala, é necessário superar desafios relacionados à inteligência artificial, segurança e custos de produção.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via G1