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- Robôs humanoides atraem investimentos significativos globalmente, criando um mercado bilionário.
- Esse avanço pode trazer tecnologias que impactam o dia a dia em tarefas domésticas e industriais.
- A integração de robôs humanoides na sociedade envolve desafios tecnológicos e éticos que precisam ser superados.
- Empresas chinesas se destacam e dominam o mercado, levando a uma competição acirrada com EUA e Europa.
Os robôs humanoides estão atraindo investimentos significativos, criando um mercado bilionário disputado por China, Estados Unidos e Europa. Imagine um futuro onde robôs fazem tarefas domésticas ou trabalham em fábricas. Empresas ao redor do mundo estão desenvolvendo robôs com forma humana, prometendo uma força de trabalho incansável e a possibilidade de automatizar tarefas complexas. Mas, será que essa tecnologia está pronta para o dia a dia?
A feira industrial Hannover Messe, na Alemanha, recebeu o robô G1 da empresa chinesa Unitree. Com 1,30 m de altura, o G1 impressiona pela fluidez de seus movimentos. Controlado remotamente, ele demonstrava suas habilidades, atraindo a atenção de todos que passavam. As pessoas interagiam com o robô, estendendo a mão e rindo de seus movimentos, mostrando como o formato humano causa familiaridade.
O Potencial e os Desafios dos Robôs Humanoides
O potencial dos robôs com forma humana é enorme. Para as empresas, eles representam uma força de trabalho que não precisa de férias ou aumentos salariais. Além disso, eles podem se tornar o eletrodoméstico definitivo, realizando tarefas como lavar roupa e louça. No entanto, a tecnologia ainda enfrenta desafios significativos para se concretizar plenamente.
Apesar de braços robóticos e robôs móveis serem comuns em fábricas e armazéns há décadas, as condições nesses locais são controladas. Introduzir um robô humanoide em ambientes menos previsíveis, como restaurantes ou residências, é um problema complexo. Para serem úteis, esses robôs precisam ser fortes, o que também os torna potencialmente perigosos.
A inteligência artificial (IA) que controla esses robôs ainda precisa de muito desenvolvimento. Um porta-voz da Unitree explicou que a IA robótica atual enfrenta desafios na lógica e no raciocínio básicos, dificultando a conclusão de tarefas complexas. Atualmente, o G1 é comercializado para instituições de pesquisa e empresas de tecnologia, que podem usar o software de código aberto da Unitree para desenvolvimento.
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Elon Musk e a Tesla Apostam nos Robôs Humanoides
Enquanto isso, muitos empresários estão focando seus esforços em robôs humanoides para armazéns e fábricas. Elon Musk, CEO da Tesla, é um dos mais famosos. A Tesla está desenvolvendo um robô humanoide chamado Optimus, com planos de construir “vários milhares” ainda este ano para realizar “coisas úteis” nas fábricas da empresa. Outras montadoras estão seguindo o mesmo caminho.
A BMW recentemente introduziu robôs humanoides em uma fábrica nos EUA. A Hyundai, montadora sul-coreana, encomendou dezenas de milhares de robôs da Boston Dynamics, empresa de robôs que adquiriu em 2021. Thomas Andersson, da empresa de pesquisa STIQ, acompanha 49 empresas que desenvolvem robôs humanoides com dois braços e pernas. Se a definição for ampliada para robôs com dois braços que se impulsionam sobre rodas, ele analisa mais de 100 empresas.
Andersson acredita que as empresas chinesas têm grandes chances de dominar o mercado. A cadeia de suprimentos e o ecossistema de robótica na China são enormes, facilitando o aperfeiçoamento de desenvolvimentos e a realização de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A Unitree exemplifica essa vantagem, oferecendo o G1 a um preço relativamente baixo de US$ 16 mil (R$ 90,9 mil). Além disso, o investimento favorece os países asiáticos. Quase 60% de todo o financiamento para robôs humanoides foi captado na Ásia, com os EUA atraindo a maior parte do restante. As empresas chinesas também contam com o apoio dos governos nacional e local, como o centro de treinamento para robôs em Xangai.
Como Competir no Mercado de Robôs Humanoides?
Diante desse cenário, como os fabricantes de robôs americanos e europeus podem competir? Bren Pierce, fundador da Kinisi, optou por fabricar seu robô KR1 na Ásia. Ele explica que comprar todos os subcomponentes da China e transportá-los para a Europa ou EUA para montagem não faz sentido economicamente. Além de fabricar na Ásia, Pierce mantém os custos baixos ao não optar pela forma humanoide completa.
Projetado para armazéns e fábricas, o KR1 não tem pernas. Pierce argumenta que, em ambientes com piso plano, o gasto adicional com um formato tão complexo é desnecessário. Em vez disso, ele utiliza uma base móvel. Sempre que possível, o KR1 é construído com componentes produzidos em série, como as rodas de uma scooter elétrica. A filosofia de Pierce é comprar o máximo de componentes já prontos, como motores, baterias, computadores e câmeras.
Assim como seus concorrentes na Unitree, Pierce destaca que o software que permite que o robô trabalhe com humanos é o verdadeiro “ingrediente secreto”. Ele critica empresas que lançam robôs de alta tecnologia que exigem um doutorado em robótica para instalação e uso. O objetivo da Kinisi é projetar um robô fácil de usar, onde um trabalhador comum de armazém ou fábrica possa aprender a operá-lo em poucas horas. O KR1 consegue executar uma tarefa após ser guiado por um humano 20 ou 30 vezes. A entrega do KR1 para clientes-piloto para testes está prevista para este ano.
O Futuro dos Robôs: Das Fábricas para as Casas
Será que os robôs um dia sairão das fábricas e chegarão às casas? Até mesmo Bren Pierce, um otimista, acredita que isso ainda está longe de acontecer. Seu sonho de longo prazo é construir um robô que faça tudo, algo que ele tem buscado ao longo de 20 anos. Pierce reconhece que essa é uma tarefa muito complicada e que levará pelo menos 10 a 15 anos para se concretizar.
Ainda há um longo caminho a percorrer até que os robôs humanoides se tornem parte integrante de nossas vidas diárias. Mas, com o avanço contínuo da tecnologia e o investimento crescente nesse setor, o futuro da robótica parece promissor. Para mais informações sobre inovações tecnológicas, confira este artigo sobre evento de inovação na educação. Além disso, descubra quando é realmente necessário usar a IA.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via G1