Crítica: ‘Rua do Medo: Rainha do Baile’ decepciona com clichês e falta de tensão

O novo filme da franquia 'Rua do Medo' prometia terror adolescente, mas cai em clichês e não cumpre as expectativas. Confira a crítica.
Atualizado há 7 horas atrás
Crítica: 'Rua do Medo: Rainha do Baile' decepciona com clichês e falta de tensão
Franquia 'Rua do Medo' decepciona com clichês e expectativas não atendidas. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • O filme ‘Rua do Medo: Rainha do Baile’ foi lançado com expectativas de terror adolescente, mas falhou em entregar suspense.
    • Se você é fã da franquia, pode se decepcionar com a falta de originalidade e tensão no enredo.
    • O filme pode influenciar negativamente a percepção dos fãs sobre futuras produções da série.
    • A crítica aponta que a ambientação nos anos 1980 não foi bem explorada, perdendo a chance de cativar os nostálgicos.
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Prepare a pipoca, mas talvez não espere muito. “Rua do Medo: Rainha do Baile”, a mais recente adição ao universo adaptado das obras de R.L. Stine, chegou prometendo terror adolescente, mas parece que a receita não funcionou tão bem. A crítica já apontou que o filme se perde em clichês e não entrega a tensão que deveria.

A trama tenta usar truques narrativos já batidos, como revelar o clímax logo de cara e arrastar o espectador por um caminho já conhecido. Em vez de criar aquela ansiedade gostosa, o filme entrega de bandeja o que deveria ser surpresa, como se confundir o caminho com o destino fosse suficiente para emocionar.

Anos 80: Só na aparência

A ambientação nos anos 1980, que poderia ser um prato cheio para os nostálgicos, acaba sendo só um disfarce. Roupas, músicas e penteados estão lá, mas falta a essência da época. A década é usada como uma vitrine, não como um ambiente real e vivido. O roteiro, cheio de gírias e problemas modernos, quebra a magia e mostra que o visual vintage é só maquiagem barata, que borra rapidinho.

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No fim das contas, tempo e espaço perdem a importância em uma história que não consegue nem seguir sua própria lógica. A protagonista, Lori Granger, é a típica excluída que se vê no meio de uma disputa pelo título de rainha do baile. Sua jornada, que deveria mostrar o conflito entre aceitação e rejeição, se perde em cenas corridas, com personagens pouco desenvolvidos e diálogos previsíveis.

A revelação do assassino acontece tão cedo e de forma tão clara que acaba com qualquer expectativa de reviravolta. O mistério, que deveria ser o coração do filme, já nasce morto. Mas nem tudo está perdido, pelo menos para quem curte um bom banho de sangue.

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Carnificina estilizada

Para quem curte uma carnificina bem feita, o filme até diverte. As mortes, apesar de brutais, têm um certo charme estético, lembrando os bons tempos do terror slasher, mesmo sem o impacto dramático que faz a gente pular da cadeira. Se você não liga muito para lógica ou profundidade, talvez consiga aproveitar os movimentos precisos do vilão, que é eficiente, mas pouco crível.

O problema é que essa perfeição toda tira qualquer chance de erro ou resistência, e suspense precisa de incerteza. Aqui, só tem certeza, e a previsibilidade mata a história. A direção de Matt Palmer talvez mostre que a Netflix não estava tão confiante assim nessa continuação. Em vez de inovar e expandir o universo de “Rua do Medo”, preferiram algo genérico.

A história não tem equilíbrio: alguns personagens com potencial somem do nada, enquanto outros sem graça ficam até o final, como se não fazer nada fosse melhor do que ter carisma. A lógica por trás das mortes parece aleatória, sem construção. Não há emoção crescente, só um monte de mortes isoladas, como peças soltas de um quebra-cabeça sem sentido.

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O problema de “Rainha do Baile” não é só a execução, mas a falta de ambição. Em vez de explorar os dilemas da juventude em um ambiente hostil como o colégio, o filme prefere mostrar uma versão exagerada do ensino médio americano, onde nada parece real: nem os conflitos, nem os sentimentos, nem o medo. No final, fica só a sensação de que o tempo, o potencial e a inteligência do espectador foram jogados fora.

Não é um filme “ruim” no sentido clássico, é pior: não tem propósito. É um produto feito para encher catálogo, não para conversar com o público. Existe uma grande diferença entre algo esquecível e algo que marca, e “Rainha do Baile” nem parece saber disso. O terror, quando bem feito, revela coisas profundas sobre a gente. Aqui, ele mal arranha a superfície.

Assim, “Rua do Medo: Rainha do Baile” vira um exemplo de como não fazer um thriller adolescente: sem mistério, sem alma, sem inteligência. Uma imitação de fórmulas já ultrapassadas, onde o fracasso já era esperado.

  • Filme: Rua do Medo: Rainha do Baile
  • Diretor: Matt Palmer
  • Ano: 2025
  • Gênero: Crime/Suspense/Terror

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.