Crítica: ‘Rua do Medo: Rainha do Baile’ falha em entregar suspense e originalidade

O novo filme da franquia 'Rua do Medo' promete terror adolescente, mas cai em clichês e perde a oportunidade de surpreender.
Atualizado há 8 horas atrás
Crítica: 'Rua do Medo: Rainha do Baile' falha em entregar suspense e originalidade
Terror adolescente em 'Rua do Medo' que se perde em clichês sem surpreender. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • O filme ‘Rua do Medo: Rainha do Baile’ tenta inovar no terror adolescente, mas se perde em clichês e falta de suspense.
    • Se você busca um filme de terror com originalidade e tensão, esta produção pode não atender às expectativas.
    • A narrativa previsível e a ambientação artificial podem desapontar fãs do gênero e do universo de R.L. Stine.
    • Apesar da violência estilizada, o filme falha em criar um impacto emocional ou surpreender o público.
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A mais recente adição ao universo adaptado das obras de R.L. Stine, “Rua do Medo: Rainha do Baile“, busca o terror adolescente, mas se perde em clichês narrativos. A trama tenta surpreender ao revelar o clímax de cara, mas essa estratégia não gera a tensão esperada. Em vez de criar suspense, o filme entrega logo de início o que deveria ser segredo, como se confundir o percurso com o destino fosse suficiente para emocionar o público. Essa tentativa de ser sofisticado na forma acaba prejudicando o conteúdo.

Ambientação anos 80 que soa artificial em Rua do Medo: Rainha do Baile

A ambientação nos anos 1980, que deveria ser uma homenagem nostálgica, acaba parecendo artificial. Embora haja referências visuais como roupas, músicas e penteados, elas não parecem autênticas à cultura da época. A década é usada como um cenário estético, sem a vivacidade da atmosfera daquele tempo. O roteiro, com gírias e dilemas modernos, quebra a ilusão temporal, mostrando que o toque vintage é apenas superficial. O tempo e o espaço se tornam irrelevantes diante de uma história que não consegue manter sua própria coerência.

Lori Granger, a protagonista marginalizada que se vê no centro de uma disputa pelo título de rainha do baile, é construída a partir de estereótipos já conhecidos. Sua jornada, que deveria explorar a tensão entre aceitação e rejeição, se perde em cenas apressadas. Personagens mal desenvolvidos proferem diálogos óbvios em situações previsíveis. A identidade do assassino é revelada tão cedo e de forma tão clara que qualquer expectativa de surpresa desaparece antes da primeira morte. O mistério, que deveria ser o foco, perde totalmente a força.

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Ainda assim, alguns podem apreciar a violência estilizada presente no filme. As mortes, com sua brutalidade coreografada, remetem ao prazer estético do gênero slasher, embora não tenham impacto dramático. Para quem não busca lógica ou profundidade, pode haver algum entretenimento nos movimentos precisos do vilão, que é eficiente, mas pouco crível. No entanto, essa perfeição na execução dos crimes elimina qualquer possibilidade de erro ou resistência. O suspense depende da incerteza, mas aqui só há previsibilidade, o que prejudica a narrativa.

Direção sem ambição

A escolha de Matt Palmer para a direção pode indicar uma aposta conservadora da Netflix para esta sequência. Em vez de expandir o universo de “Rua do Medo: Rainha do Baile” com inovação, a opção foi por um exercício de estilo genérico. A construção da história é irregular, com personagens promissores sendo descartados rapidamente, enquanto outros sem carisma permanecem até o fim. A lógica por trás das mortes parece aleatória, sem uma construção consistente. Não há evolução emocional ou aumento da tensão, apenas uma sequência de mortes isoladas, como peças desconexas em um quebra-cabeça incompleto.

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O problema de “Rua do Medo: Rainha do Baile” não está só na produção, mas na visão limitada do que poderia ser. Em vez de explorar os dilemas morais e emocionais dos jovens em um ambiente hostil como o colégio, o filme opta por uma representação superficial do ensino médio americano. Nada parece real: nem os conflitos, nem os sentimentos, nem o medo. No final, resta apenas a sensação de que houve um desperdício de tempo e de potencial, além de subestimar a inteligência do espectador. Aliás, você sabia que a live-action de Lilo & Stitch traz mudanças polêmicas no final do filme?

Não se trata de um filme ruim no sentido tradicional. É pior: falta um propósito. É um produto feito para preencher catálogo, sem se conectar com o público. Existe uma grande diferença entre criar algo esquecível e algo memorável, e “Rua do Medo: Rainha do Baile” parece ignorar essa diferença. O terror, quando bem feito, pode revelar aspectos profundos da condição humana, mas aqui mal arranha a superfície. Para quem gosta do gênero, vale a pena conferir os 5 filmes de guerra imperdíveis na Netflix para assistir agora.

Assim, “Rua do Medo: Rainha do Baile” se mostra como um exemplo de como não fazer um thriller adolescente: sem mistério, sem emoção e sem inteligência. É uma imitação de fórmulas desgastadas, onde tudo é previsível, inclusive o fracasso. Se você curte filmes, vale a pena conferir as melhores performances de Nicolas Cage, classificadas.

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Filme: Rua do Medo: Rainha do Baile

Diretor: Matt Palmer

Ano: 2025

Gênero: Crime/Suspense/Terror

Avaliação: 6/10

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.