Crítica: ‘Rua do Medo: Rainha do Baile’ repete fórmulas desgastadas do terror adolescente

O novo filme da franquia 'Rua do Medo' falha em inovar e repete clichês do gênero, deixando a desejar no suspense e desenvolvimento de personagens.
Atualizado há 7 horas atrás
Crítica: 'Rua do Medo: Rainha do Baile' repete fórmulas desgastadas do terror adolescente
Rua do Medo decepciona com clichês e fraco desenvolvimento de personagens. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • O filme ‘Rua do Medo: Rainha do Baile’ repete fórmulas desgastadas do terror adolescente, sem inovar na narrativa ou suspense.
    • Se você é fã do gênero, pode se decepcionar com a falta de originalidade e desenvolvimento superficial dos personagens.
    • O filme pode influenciar negativamente a percepção da franquia, afastando espectadores que buscam algo mais autêntico.
    • A produção também reforça a crítica sobre a saturação de filmes de terror com roteiros previsíveis.
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A mais recente adição ao universo adaptado das obras de R.L. Stine, “Rua do Medo: Rainha do Baile”, aposta em truques narrativos já desgastados no cinema de terror contemporâneo. A produção tenta criar suspense revelando o clímax de forma antecipada, mas não consegue transformar a antecipação em ansiedade. Em vez de construir tensão, entrega de bandeja o que deveria ser surpresa, como se confundir o caminho com o destino fosse suficiente para emocionar.

Ambientação e Estereótipos em Rua do Medo: Rainha do Baile

A ambientação nos anos 1980, que deveria ser uma homenagem nostálgica, acaba se mostrando um simulacro. Há referências visuais como roupas, músicas e penteados, mas elas não parecem autênticas. A década é usada como uma vitrine estética, não como um ambiente vivido. O roteiro, com gírias e dilemas modernos, quebra a ilusão temporal, deixando claro que o visual vintage é só maquiagem.

Lori Granger, a protagonista, é construída a partir de estereótipos reciclados. A jornada da personagem, que deveria mostrar a tensão entre aceitação e rejeição, se perde em cenas rápidas. Os personagens são mal desenvolvidos, com diálogos didáticos e situações previsíveis. A revelação do assassino acontece cedo demais, eliminando qualquer chance de reviravolta.

Carnificina e Previsibilidade

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Alguns espectadores podem apreciar a carnificina coreografada do filme. As mortes, apesar da brutalidade estilizada, lembram o prazer estético do gênero slasher, embora sem impacto dramático. Para quem não busca lógica ou profundidade, os movimentos precisos do algoz podem ser um atrativo. O problema é que essa perfeição elimina qualquer suspense, já que a previsibilidade domina a narrativa.

A escolha de Matt Palmer para a direção sugere uma aposta mínima da Netflix nesta sequência. Em vez de expandir o universo de “Rua do Medo: Rainha do Baile” com ambição e criatividade, a produção optou por um exercício genérico de estilo. A construção dramática é irregular, com personagens promissores descartados e outros sem carisma mantidos até o final. A lógica por trás das mortes parece aleatória, sem progressão emocional.

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O fracasso de “Rua do Medo: Rainha do Baile” está na execução e na falta de visão. Em vez de explorar os dilemas da juventude em um ambiente hostil como o colégio, o filme se contenta com uma caricatura do ensino médio americano. Nada se sustenta, nem os conflitos, nem os afetos, nem o medo. No final, resta a sensação de desperdício.

Não é um filme “ruim” no sentido tradicional, mas sim um filme sem propósito, feito para preencher catálogo. Há uma grande diferença entre algo esquecível e algo memorável, e “Rua do Medo: Rainha do Baile” parece ignorar essa diferença. O terror, quando bem feito, pode revelar muito sobre a condição humana, mas aqui, ele mal arranha a superfície.

Rua do Medo: Rainha do Baile” se mostra como um exemplo de como não fazer um thriller adolescente: sem mistério, sem alma e sem inteligência. É um pastiche de fórmulas desgastadas, onde tudo já está previsto, inclusive o fracasso. A Marvel, por exemplo, precisou adiar o lançamento de ‘Avengers: Doomsday’ e ‘Secret Wars’ no MCU.

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Filme: Rua do Medo: Rainha do Baile
Diretor: Matt Palmer
Ano: 2025
Gênero: Crime/Suspense/Terror
Avaliação: 6/10

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.