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- O setor de apostas online no Brasil cresce e enfrenta críticas relacionadas à regulamentação e segurança.
- O objetivo é esclarecer pontos sobre regulamentação, proteção do consumidor e combate ao mercado ilegal.
- Isso pode impulsionar a segurança, maior acesso a plataformas confiáveis e promover uma cultura de apostas responsável.
Nesta sexta-feira (18), uma nova edição do programa TecInverso traz uma entrevista com dirigentes de casas de apostas e do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR). O setor de apostas online é alvo de críticas e desinformação, e o debate conta com representantes que esclarecem pontos importantes sobre a regulamentação, segurança e combate à ilegalidade.
O mercado de apostas e os desafios da regulamentação
A conversa abordou o crescimento do mercado de apostas no Brasil, incluindo a chegada de aplicativos nas lojas oficiais de Android, o que pode ajudar a diminuir a quantidade de apostas ilegais. Segundo Fernando Vieira, presidente do IBJR, cerca de 70% dos apostadores têm dificuldades para identificar plataformas autorizadas. A entrada de apps confiáveis e a regulamentação mais rápida podem facilitar o acesso a plataformas seguras, como detalham alguns estudos sobre apostas no país.
Além das plataformas licenciadas, a regulamentação trouxe garantias na prevenção de fraudes, como a obrigatoriedade de biometria facial na criação de contas, impedindo o cadastro de menores de idade. Empresas autorizadas oferecem seguros adicionais aos apostadores e mecanismos para evitar o endividamento excessivo. Porém, a demora na criação de leis estaduais e federais gerou uma onda de desinformação e críticas desencontradas, o que também abriu espaço para debates políticos com projetos de lei controversos, como apontado por Vieira.
Recentemente, no Senado, um relatório acusou que brasileiros chegam a deixar de comprar comida para apostar, tocando em questões sensíveis. Essas discussões reforçam a necessidade de uma regulamentação clara e efetiva, que proteja o consumidor sem estímulo ao mercado ilegal, que ainda representa uma parcela significativa no país.
Mercado de apostas enfrenta críticas de instituições financeiras
As críticas ao setor também vêm de instituições como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), preocupadas com o potencial aumento do endividamento causado pelas apostas. Entretanto, os dirigentes destacaram que gastos com outros itens, como cartões de crédito de varejistas como a Lojas Pernambucanas, representam problemas maiores para as finanças pessoais. Segundo Vieira, é importante avaliar o contexto econômico antes de apontar o setor de apostas como principal vilão dos endividamentos.
Ele questionou a real preocupação das instituições financeiras brasileiras, considerando que o sistema bancário do país possui um spread bancário elevado, o que favorece as margens e, muitas vezes, mascara problemas de crédito. Além disso, o setor do varejo também tem suas próprias estratégias de lucro, como a venda de cartões de crédito com altos juros, que favorecem os lucros em detrimento do bem-estar financeiro.
Outros setores, como o varejista, também entraram na discussão: Vieira criticou o discurso ideológico que tem cercado o tema, apontando que o verdadeiro negócio dentro dessas empresas muitas vezes é o cartão de crédito, e não as vendas de produtos físicos. Assim, a polêmica reforça a complexidade de entender o mercado de apostas dentro de um contexto econômico mais amplo.
Entidades e influências no debate político
Durante a entrevista, os convidados criticaram o uso político do tema de apostas, incluindo ações durante a CPI das Bets, onde políticos tentam modificar a legislação criada há apenas seis meses. Vieira destacou que há mais de 300 projetos de lei na Câmara e no Senado com objetivos variados e muitas vezes contrários à regulamentação atual, o que contribui para a confusão do setor.
Algumas dessas propostas buscam restringir ou limitar as apostas, tentando por vezes criar barreiras jurídicas que dificultam a atuação de plataformas legalizadas. Essa incerteza também afeta o mercado de apostas, dificultando a entrada de novos investidores e a expansão das plataformas já regulamentadas.
Recentemente, o tema também ficou em evidência após debates na Câmara e no Senado, relacionados a estudos que mostram como o setor pode afetar hábitos de consumo e endividamento da população brasileira. A preocupação de parte do Congresso é com a proteção social, mas os representantes do mercado defendem a importância de um ambiente regulado, que promova o crescimento e a segurança jurídica.
Desempenho do setor e o entretenimento voltado para o público jovem
Os dirigentes ressaltaram que o setor de apostas tem como foco o entretenimento e a diversão, e que há um esforço constante para combater a cultura de que apostas são uma fonte de renda fácil ou investimento. Ainda assim, a influência de influenciadores digitais e celebridades muitas vezes reforça percepções errôneas, levando um público mais jovem a entender as apostas como uma atividade normal e rentável.
Para fortalecer esse entendimento, os representantes destacaram que plataformas licenciadas oferecem mecanismos de proteção ao usuário, incluindo limites de apostas e informações sobre riscos. Contudo, a popularidade dessas plataformas cresce, assim como o debates sobre seu impacto social.
O setor também se movimenta para ampliar a sua presença em áreas como patrocínios esportivos, pagamento de impostos e campanhas de conscientização, buscando se consolidar no mercado de apostas com responsabilidade e transparência. Essa estratégia de crescimento, combinada com uma maior fiscalização, deve moldar o futuro do setor no Brasil, fazendo dele uma parte importante do cenário de jogos de azar regulados.
No programa, também foi destacada a importância das plataformas de apostas de confiança, que vêm sendo elogiadas por oferecerem um serviço mais seguro e transparente. O debate continua, mas o setor busca esclarecer que a sua atuação deve ser acompanhada de regras claras e fiscalização efetiva, contribuindo para uma cultura de apostas responsável no país.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.