Days Gone Remastered: Uma Revisão do Clássico Incompreendido

Descubra o que há de novo em Days Gone Remastered e se ele realmente se destaca entre os clássicos.
Atualizado há 5 horas
Days Gone Remastered: Uma Revisão do Clássico Incompreendido
Dias Gone Remastered traz novidades que revitalizam este clássico da ação e aventura. (Imagem/Reprodução: Digitaltrends)
Resumo da notícia
    • A versão remasterizada de Days Gone traz melhorias gráficas e novos modos de jogo.
    • Se você é fã de jogos de mundo aberto, pode aproveitar as novas funcionalidades e desafios da edição remasterizada.
    • O jogo é uma reflexão sobre o que é considerado clássico em diferentes contextos temporais.
    • O modo Horda e a mecânica de gerenciamento da moto adicionam mais estratégia ao gameplay.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde o seu lançamento em 2019, Days Gone Remastered tem sido um tema de debate entre os gamers. Será que este jogo de mundo aberto com zumbis é uma obra-prima incompreendida? Com o lançamento da versão remasterizada para PS4, a discussão reacendeu. A nova edição traz gráficos renovados, novos modos de jogo e melhorias de acessibilidade. Mas será que isso é suficiente para mudar a percepção sobre o jogo?

Days Gone Remastered: Uma Nova Chance para um Clássico?

A pergunta que paira no ar desde o lançamento de Days Gone é se ele é um clássico incompreendido. Após receber críticas mornas, uma legião de fãs se uniu para defender o jogo. Agora, com Days Gone Remastered, esses fãs têm uma nova oportunidade de provar o valor do jogo. Esta edição traz visuais aprimorados, novos modos e recursos de acessibilidade bem-vindos.

Apesar das melhorias, será que Days Gone Remastered consegue se destacar como um clássico? Talvez não. No entanto, essa nova versão nos faz refletir sobre como o jogo teria sido recebido em um contexto diferente. Ao revisitar Days Gone, percebemos que ele parece, ao mesmo tempo, datado e inovador.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim como aconteceu com The Last of Us Part 2, esta nova versão de Days Gone parece um uso desnecessário dos recursos da Sony Bend. Lançado no final do ciclo de vida do PS4, Days Gone já era um dos jogos mais avançados tecnicamente do console. As melhorias visuais são sutis, levantando a questão se a palavra “Remastered” não está sendo usada mais para fins de marketing do que para refletir mudanças significativas.

O que Há de Novo em Days Gone Remastered?

A atualização mais notável é a performance a 60 quadros por segundo. Embora seja um avanço bem-vindo para alguns jogadores, não parece justificar um relançamento pago. Além disso, ainda há longos tempos de carregamento e alguns bugs visuais. As maiores melhorias estão no menu de acessibilidade, permitindo que mais jogadores aproveitem o jogo ajustando a velocidade ou completando eventos de quick time automaticamente.

Leia também:

As atualizações para o DualSense também são um ponto positivo, com os gatilhos adaptáveis adicionando mais realismo à pilotagem da moto de Deacon. Uma forma melhor de ver Days Gone Remastered é como uma DLC combinada com uma atualização de qualidade de vida. Os novos modos, que incluem um modo Horda e um modo Permadeath, justificam o custo da atualização.

O modo Horda oferece uma nova maneira de enfrentar as hordas de zumbis, que são um dos pontos altos de Days Gone. Já o modo Permadeath, onde a morte significa recomeçar o jogo, adiciona uma camada extra de tensão. Para os fãs que já conhecem o jogo de cor, há também um modo Speedrun.

Essa estratégia é similar à usada pela Sony em The Last of Us Part 2 Remastered, que também recebeu novos modos de jogo. No entanto, enquanto alguns criticaram essa abordagem em The Last of Us Part 2, em Days Gone ela funciona bem. Isso porque Days Gone não se leva tão a sério, o que acaba sendo uma de suas maiores qualidades em 2025.

De Volta à Estrada: A Jogabilidade de Days Gone

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para quem não jogou Days Gone em 2019, o jogo se passa em um mundo aberto pós-apocalíptico no Oregon, onde o jogador controla Deacon, um entusiasta de motocicletas. A história lembra The Last of Us, com Deacon sendo um sujeito durão com um passado trágico. Ele enfrenta tanto humanos quanto os “Freakers” (o nome dado aos zumbis no jogo) com uma violência implacável.

Apesar de suas falhas, Days Gone tem seu charme. Longe de ser uma obra-prima escondida, o jogo diverte. Os críticos estavam certos em 2019 ao apontar os clichês da era PS4, como o sistema de crafting de The Last of Us e o menu radial de Horizon Zero Dawn. No entanto, há elementos que indicam que Days Gone estava um pouco à frente de seu tempo.

Um dos destaques é a mecânica de gerenciamento da motocicleta, que exige que o jogador cuide do veículo, buscando combustível e peças de reparo. A moto não é como um cavalo mágico que aparece ao chamado; é uma máquina que precisa de manutenção constante. Essa mecânica, que também aparece em jogos como Pacific Drive, adiciona uma camada de realismo e estratégia.

Days Gone foi lançado em um momento em que os desenvolvedores buscavam simplificar seus jogos ao máximo. No entanto, o jogo não oferece uma experiência fácil, exigindo que o jogador se prepare para as viagens e enfrente os perigos do mundo aberto. Se você pretende começar a jogar agora, não deixe de conferir um guia com dicas essenciais para iniciantes.

Se você não se preparar adequadamente, pode acabar encalhado e vulnerável aos ataques dos Freakers. Essa abordagem mais desafiadora pode não ter sido apreciada em 2019, mas hoje em dia há um público maior para jogos que não têm medo de punir o jogador. Jogos como Elden Ring e Kingdom Come: Deliverance 2 mostram que há espaço para experiências mais desafiadoras e complexas.

A Recepção de Days Gone Remastered no Contexto Atual

Mesmo o sucesso de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered indica que os jogadores estão dispostos a encarar jogos de mundo aberto mais tradicionais. Days Gone Remastered nos permite revisitar o jogo original em um contexto moderno, onde seus elementos de sobrevivência podem ser mais apreciados.

Além da jogabilidade, Days Gone também foi lançado em um momento culturalmente desfavorável. O tema de zumbis já estava saturado, e o jogo não trazia nada de novo ao gênero. Além disso, o clima político da época, com a ascensão de movimentos de extrema-direita, não ajudou na reputação do jogo.

No entanto, seria um erro classificar Days Gone como um “jogo conservador”. O jogo não tem uma ideologia política consistente. Days Gone é, acima de tudo, um jogo bobo, e é por isso que ele pode ser apreciado hoje em dia. O protagonista, Deacon, pode parecer um clichê, mas sua falta de seriedade o torna cativante. Suas reações inesperadas e sua obsessão por motocicletas o transformam em um personagem excêntrico e engraçado.

O que antes era visto como um problema, agora pode ser visto como uma virtude. Em um mundo onde muitos jogos se levam a sério demais, Days Gone se destaca por não ter medo de ser bobo e exagerado. Se o jogo fosse lançado hoje, talvez fosse mais bem recebido, em um momento onde a ironia e a irreverência estão em alta.

Apesar de ser desnecessário como produto, Days Gone Remastered é um documento histórico interessante. Ele nos lembra que a arte está sempre ligada ao contexto cultural e que um jogo pode ser visto de forma diferente dependendo da época. Em 2025, podemos apreciar Days Gone como um jogo de sobrevivência um pouco à frente de seu tempo, estrelado por um protagonista adoravelmente idiota.

Talvez a chave para uma sequência de Days Gone seja abraçar os aspectos que foram criticados no lançamento original, elevando o exagero e a falta de seriedade a um novo patamar. O jogo precisa se levar a sério para funcionar como um prazer culposo. Se você estiver disposto a deixar de lado as pretensões e se juntar a Deacon na garagem, coberto de gasolina e graxa, poderá ter uma experiência surpreendentemente divertida.

Você pode saber mais sobre Days Gone Remastered no site oficial da Playstation.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Digital Trends

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.