DeepSeek sob suspeita de ligação com espionagem chinesa e uso de chips proibidos

Investigações apontam que DeepSeek teria colaborado com o governo chinês e utilizado tecnologia restrita, levantando preocupações sobre segurança e espionagem
Atualizado há 15 horas atrás
DeepSeek sob suspeita de ligação com espionagem chinesa e uso de chips proibidos
DeepSeek: suspeitas de colaboração com o governo chinês geram preocupações de segurança. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A DeepSeek é acusada de fornecer dados ao governo chinês e às forças militares.
    • A empresa usou tecnologia avançada, incluindo chips da Nvidia proibidos para empresas chinesas.
    • Autoridades internacionais estão investigando a relação da empresa com o governo da China.
    • A discussão sobre privacidade e segurança dos usuários aumentou devido às suspeitas.
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A DeepSeek, empresa de inteligência artificial, está sob denúncia de que forneceria dados para operações militares e de inteligência do governo da China. A informação, revelada pela Reuters na última segunda-feira (23), veio de uma autoridade dos Estados Unidos. A mesma fonte também destacou que a startup usou tecnologia de ponta, incluindo processadores fabricados pela Nvidia, equipamentos cujo acesso é restrito por regulamentações americanas.

Novas Acusações e a Relação da DeepSeek e China

De acordo com um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA, que preferiu não ser identificado, a empresa de inteligência artificial forneceu e possivelmente continua a fornecer suporte ao serviço de inteligência e às forças militares chinesas. Esse apoio incluiria o compartilhamento de informações e estatísticas de usuários de sua plataforma.

Mesmo com a lei chinesa exigindo que empresas locais entreguem dados ao governo, a DeepSeek estaria compartilhando essas informações de forma voluntária, sem que Pequim fizesse qualquer solicitação formal. As autoridades americanas já tinham suspeitas sobre essa prática ao analisar as políticas de privacidade da plataforma, que mencionavam o compartilhamento de dados com a empresa China Mobile.

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Um relatório detalhou que a startup foi citada mais de 150 vezes em registros de compras do Exército de Libertação Popular da China e de outras instituições ligadas à área de defesa. Isso levanta questões sobre a profundidade da relação entre a empresa e o governo chinês.

O funcionário americano também afirmou que a DeepSeek teria utilizado empresas de fachada localizadas no Sudeste Asiático para conseguir burlar os controles de exportação dos Estados Unidos. Essa estratégia permitiu que a empresa acessasse remotamente os poderosos chips H100 da Nvidia, cujo uso por empresas chinesas é proibido desde 2022.

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Apesar das descobertas e das denúncias, a fonte indicou que a Casa Branca não planeja impor sanções contra a IA chinesa neste momento. Também não há planos para aumentar o rigor no controle do uso de tecnologias avançadas desenvolvidas nos EUA por empresas que enfrentam restrições.

A Nvidia, por meio de um porta-voz, informou que a gigante dos semicondutores não apoia o uso de seus produtos por marcas que estão em listas de restrição. A DeepSeek, por sua vez, não se manifestou sobre as acusações, e as autoridades chinesas também preferiram não comentar o assunto quando procuradas.

Reações Internacionais e Restrições à IA

Outros países também já manifestaram suspeitas de que a DeepSeek seja controlada pelo governo da China, ainda que não houvesse provas mais concretas. Parte dessa desconfiança vem das respostas censuradas do chatbot chinês, que em certas situações pode ignorar solicitações dos usuários ou fornecer respostas vagas.

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Em testes realizados no final de janeiro, a IA mostrou-se relutante em responder a alguns temas considerados sensíveis para o governo local, seguindo as leis do país asiático. Essas características reforçam as preocupações de diversos especialistas em segurança digital.

Diante de todas essas suspeitas, entidades governamentais de várias nações chegaram a proibir o uso do chatbot em dispositivos oficiais. O temor principal é que informações sigilosas pudessem ser acessadas pelo governo chinês. Países como Itália, Coreia do Sul, Taiwan e Austrália estão entre as nações que já restringiram o acesso à tecnologia da DeepSeek.

Com alegações parecidas, a OpenAI, outra grande empresa de inteligência artificial, sugeriu ao governo americano que bloqueasse a DeepSeek nos Estados Unidos. Um relatório divulgado em março pela OpenAI apontava que a IA rival representa riscos à privacidade e segurança dos usuários, evidenciando uma preocupação generalizada no setor de tecnologia.

O cenário continua em desenvolvimento, com a atenção voltada para como essas denúncias e restrições podem moldar o futuro da inteligência artificial e as relações tecnológicas entre países.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.