Deezer passa a identificar músicas geradas por IA para maior transparência

Deezer passa a marcar músicas feitas por inteligência artificial, reforçando transparência e combate à fraude nesse segmento emergente.
Atualizado há 21 horas atrás
Deezer passa a identificar músicas geradas por IA para maior transparência
Deezer sinaliza músicas de IA para maior transparência e combate à fraude. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Deezer anunciou uma nova marca para músicas produzidas por inteligência artificial.
    • A medida busca reforçar a transparência e proteger os direitos dos artistas.
    • Ela também visa evitar fraudes e garantir a autenticidade do conteúdo na plataforma.
    • Ferramenta de detecção de músicas por IA foi lançada para aumentar a segurança.
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O Deezer, uma plataforma de streaming de música, anunciou uma nova medida para identificar músicas geradas por IA. A partir de agora, todas as faixas criadas com inteligência artificial terão um selo especial. Álbuns que contiverem essas músicas receberão uma identificação parecida com as usadas em redes sociais.

A mensagem que aparece para os usuários é clara: “Algumas faixas deste álbum podem ter sido criadas utilizando inteligência artificial”. Essa tag será exibida na parte superior da página da playlist, oferecendo maior transparência aos ouvintes.

Transparência e a Ascensão da Música por IA

Alexis Lanternier, CEO do Deezer, comentou sobre o cenário atual. Ele observou um “aumento significativo” no envio de músicas produzidas com inteligência artificial nos últimos meses. Segundo o executivo, essa tendência não mostra sinais de desaceleração, o que representa um desafio para toda a indústria musical.

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A plataforma está comprometida em ser líder na busca por mais transparência. O objetivo é auxiliar os fãs de música a identificar quais álbuns incluem conteúdo feito por IA. Isso ajuda a manter a confiança do público na indústria da música.

Lanternier não vê a inteligência artificial na criação musical como algo inerentemente bom ou ruim. Para ele, a tecnologia em si é neutra. No entanto, é fundamental que seu uso seja feito com responsabilidade e total transparência. Isso garante que a integridade e a confiança dos usuários sejam mantidas.

Além de exibir a nova tag, o Deezer também lançou uma ferramenta inédita para detectar músicas geradas por IA. Embora detalhes técnicos sobre essa solução não tenham sido divulgados, a plataforma garante que ela é eficaz. A ferramenta consegue identificar conteúdos criados inteiramente por programas populares do setor, como Suno e Udio, que são exemplos de avanços na área.

Essa tecnologia de detecção pode ser adaptada e usada em outras plataformas, desde que informações relevantes sobre a inteligência artificial utilizada sejam disponibilizadas. A expansão da ferramenta mostra o esforço do Deezer em combater a falta de clareza.

Combate à Fraude e Uso de Músicas com IA

Atualmente, as músicas criadas sinteticamente representam uma pequena parcela do total de reproduções globais, cerca de 0,5%. No entanto, o Deezer levanta uma questão importante sobre o principal motivo por trás da publicação desse tipo de conteúdo: a tentativa de fraude. Essa preocupação se alinha a discussões mais amplas sobre a segurança em infraestruturas de IA no Brasil e no mundo.

Dados coletados pela empresa indicam que aproximadamente 70% dos streams dessas faixas são fraudulentos. Isso pode resultar no desvio de pagamentos de royalties, afetando artistas e a cadeia de produção musical. O Deezer está empenhado em combater essas práticas, protegendo a integridade do mercado.

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Como parte dessa iniciativa, o Deezer também anunciou que irá remover as músicas geradas 100% por IA de suas recomendações. Isso inclui tanto as sugestões feitas por algoritmos quanto as seleções editoriais. A medida busca garantir que o conteúdo promovido seja legítimo e beneficie os criadores humanos.

A plataforma segue trabalhando para manter seu ambiente justo e transparente. Essa abordagem contínua visa assegurar que a música que chega aos ouvintes seja autêntica e que os direitos dos artistas sejam respeitados, mesmo com o avanço das tecnologias de geração de conteúdo por IA.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.