As operadoras móveis virtuais (MVNOs no Brasil) enfrentam desafios como tarifação, tecnologia e falta de isonomia, apontam executivos do setor. Apesar do crescimento do mercado na América Latina, com mais de 30 milhões de linhas ativas, o Brasil ainda patina com pouco mais de 7 milhões. O tema foi central no Fórum das Operadoras Inovadoras, onde especialistas discutiram os obstáculos para a expansão das MVNOs no Brasil.
André Ribeiro, CEO da Hello, destaca que os preços e as condições comerciais representam barreiras significativas. Ele critica o que percebe como uma proteção de mercado por parte das operadoras-âncoras (MNOs) no país. Ribeiro compara essa situação com a facilidade que encontrou no exterior para firmar acordos de roaming internacional com grandes operadoras como Orange, AT&T e T-Mobile, algo que no Brasil enfrenta altos custos.
Marco Sandro Oricchio, fundador e CEO da Supernova, enfatiza a necessidade de simplificação tributária para impulsionar o setor. Ele defende uma tarifação mais simples e específica para as MVNOs no Brasil, argumentando que a redução de impostos poderia resultar em um aumento fantástico da penetração de serviços de telecomunicações.
Rudinei Gerhart, CEO da Tá Telecom, acredita que a assimetria das ofertas é um problema crucial. Segundo ele, o preço pago pelas MVNOs no Brasil pelo GB é mais caro do que o oferecido pelas MNOs aos seus clientes, como prefeituras e empresas que contratam linhas via licitação.
Gerhart aponta que os mesmos insumos, sob as mesmas regulamentações, são tratados de forma desigual. Ele vê essa assimetria como uma possível proteção de mercado ou retaliação contra as MVNOs no Brasil, o que impede o desenvolvimento do modelo. Ele menciona que as ISPs estão começando a adotar redes privativas para criar suas ofertas de telefonia celular como uma alternativa.
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Além disso, Gerhart ressalta desafios regulatórios, como a legislação desatualizada para operadoras virtuais, que não reflete a realidade tributária atual. Ele também menciona a disputa sobre o chip neutro, que a Base Telecom trouxe ao mercado, mas cujo uso ainda não está definido para todos os players. Para resolver essas questões, ele defende que as MVNOs no Brasil tenham um representante dentro da Anatel para defender seus interesses.
Desafios e Oportunidades para as MVNOs no Brasil
Rudinei Gerhart complementa que as MVNOs no Brasil agregam valor aos serviços das MNOs, atuando como plataformas de distribuição. Se fossem vistas dessa forma pelo regulador, o cenário poderia ser diferente, mas é necessário alguém que defenda essa agenda dentro da agência reguladora.
Marcela Zonis, diretora de marketplace do banco Inter, que utiliza a conectividade para fidelizar seus clientes, aponta dois desafios principais. O primeiro é entregar o produto certo para o cliente certo na hora certa, e o segundo é a resolução de problemas técnicos. Ela explica que não têm controle sobre a resolução dos problemas nem visibilidade da rede, e estão trabalhando com a Vivo para melhorar essa situação.
As discussões no Fórum das Operadoras Inovadoras revelaram que, apesar dos desafios, as MVNOs no Brasil têm um papel importante a desempenhar no mercado de telecomunicações. A busca por soluções que reduzam custos, simplifiquem a tributação e garantam condições de igualdade são essenciais para que essas operadoras possam prosperar e oferecer serviços mais competitivos aos consumidores brasileiros.
Assimetria em preços e regulação para MVNOs no Brasil
A assimetria de preços e a complexidade regulatória foram apontadas como grandes obstáculos para as MVNOs no Brasil. Os executivos presentes no Fórum foram unânimes em relação à necessidade de um tratamento mais justo e equitativo para que o setor possa crescer de forma sustentável. A expectativa é que, com a implementação de medidas que incentivem a competição e a inovação, as MVNOs no Brasil possam contribuir para a democratização do acesso aos serviços de telecomunicações e para a redução dos preços para o consumidor final.
Além dos desafios internos, as MVNOs no Brasil também precisam estar atentas às tendências do mercado global e às novas tecnologias que estão surgindo. A capacidade de adaptação e a busca por diferenciação são fatores-chave para o sucesso nesse ambiente competitivo. A crescente demanda por serviços de dados e a popularização dos dispositivos móveis abrem um leque de oportunidades para as MVNOs no Brasil que souberem aproveitar as novas tecnologias e oferecer soluções inovadoras aos seus clientes. É possível encontrar diversas opções de transferência de arquivos entre dispositivos, por exemplo.
Para além das questões de preço e tributação, a qualidade dos serviços prestados pelas MVNOs no Brasil também é um fator determinante para a sua reputação e sucesso. A oferta de uma boa experiência ao cliente, com atendimento eficiente e soluções rápidas para os problemas, é essencial para fidelizar os usuários e conquistar novos mercados.
As MVNOs no Brasil que investirem em tecnologia, inovação e qualidade de serviço estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios do mercado e aproveitar as oportunidades que surgirem. A colaboração entre as operadoras, os reguladores e os demais players do setor é fundamental para a construção de um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento das MVNOs no Brasil e para a oferta de serviços de telecomunicações de qualidade a preços justos para todos os brasileiros. É importante estar atento às novidades do setor, como os relógios inteligentes.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Mobile Time