Descobrir onde um vídeo foi gravado vai além de uma busca no Google

Entenda por que identificar a localização exata de um vídeo pode ser mais complexo do que parece, mesmo com ferramentas avançadas como Google Lens e ChatGPT.
Atualizado há 17 horas atrás
Descobrir onde um vídeo foi gravado vai além de uma busca no Google
Identificar a localização de um vídeo é mais desafiador do que aparenta. (Imagem/Reprodução: G1)
Resumo da notícia
    • Um youtuber descobriu a localização de Carla Zambelli nos EUA usando pistas visuais e ferramentas como Google Earth.
    • Mostrar que a geolocalização exata de vídeos depende de detalhes visuais e habilidades humanas, além de ferramentas tecnológicas.
    • Você pode aprender a usar técnicas avançadas para identificar locais em vídeos, mesmo com imagens limitadas.
    • O caso revela as limitações da inteligência artificial em tarefas que exigem análise criteriosa e experiência.
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A descoberta da localização de Carla Zambelli nos EUA por um youtuber reacendeu o debate sobre a precisão de ferramentas de geolocalização e inteligência artificial. O caso mostrou que, mesmo com tecnologias avançadas como o Google Lens e o ChatGPT, a identificação exata de um local pode ser um desafio, dependendo da qualidade e do enquadramento das imagens disponíveis. A habilidade humana, combinada com o uso estratégico de ferramentas, ainda se mostra essencial.

A façanha do youtuber Geo Pasch, conhecido por suas habilidades no jogo GeoGuessr, revelou como um olhar treinado e o uso inteligente de pistas podem superar as limitações da inteligência artificial. Pasch levou duas horas para encontrar o local exato onde a deputada Carla Zambelli estava, utilizando a placa de um carro, as palmeiras da rua e o formato dos edifícios como referências.

A saga para descobrir a localização de Carla Zambelli nos EUA

Muitos pensam que basta “printar” a foto e jogar na busca do Google para descobrir a localização de qualquer imagem. No entanto, a realidade é bem mais complexa. As ferramentas do Google e outras plataformas de inteligência artificial podem auxiliar na identificação de locais, comparando imagens com vastos bancos de dados disponíveis na internet, mas essa comparação depende da riqueza de detalhes visuais.

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No caso do vídeo de Zambelli, a dificuldade residia no enquadramento limitado. A imagem, feita com o celular na vertical e focada no rosto da deputada, oferecia poucos elementos da paisagem, apenas alguns prédios e árvores ao fundo. Essa escassez de detalhes tornou a tarefa de identificação um desafio até mesmo para as ferramentas mais avançadas.

Em um teste prático, o Google Lens não conseguiu identificar o local a partir do vídeo. Inicialmente, o serviço limitou os resultados devido à presença de pessoas, uma medida para proteger a privacidade. Em outra tentativa, restringindo a busca aos prédios, o Lens apresentou edifícios similares em diferentes partes do mundo, mas nenhum deles correspondia exatamente ao local do vídeo.

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O ChatGPT também encontrou dificuldades. O assistente descreveu os prédios, mas reconheceu que a arquitetura era genérica, tornando impossível determinar a localização exata da foto. Somente após a divulgação das coordenadas geográficas pelo youtuber, o Google Earth confirmou a veracidade da descoberta, exibindo imagens com um enquadramento mais aberto do local.

As pistas que levaram à descoberta

Geo Pasch utilizou o Google Earth e sua experiência no GeoGuessr para desvendar o mistério. A placa de um carro indicava um padrão usado nos EUA, enquanto as palmeiras sugeriam uma cidade litorânea, possivelmente em Miami. Além disso, os prédios ao fundo apresentavam formatos distintos, um maior com sacadas e outro menor em forma de “K”.

Para complicar ainda mais, o vídeo estava “espelhado”, exigindo que o youtuber o invertesse para obter a visualização correta dos edifícios. Com essas pistas em mãos, Pasch utilizou o Google Earth para “passear” pela costa da Flórida, até que finalmente encontrou os prédios em Fort Lauderdale.

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“Já me ocorreram desafios em que a chance de encontrar era praticamente zero. Mas, nesse caso, sinto que as chances eram até que bem altas, mesmo que demorasse um pouquinho”, relatou Geo Pasch, demonstrando sua confiança e habilidade na arte da geolocalização. Aliás, sabia que o emulador PPSSPP facilita modo multiplayer online para jogos selecionados?

Alternativas com IA para a geolocalização

Existem outras ferramentas de inteligência artificial criadas especificamente para auxiliar na descoberta da localização de Carla Zambelli nos EUA a partir de fotos. Entre elas, destacam-se o FindPicLocation, um serviço pago, e o GeoSpy, exclusivo para governos e polícias.

O FindPicLocation analisa os elementos da foto e sugere cerca de dez possíveis localizações, que podem ser exploradas em um mapa interativo. Em um dos testes, a ferramenta indicou um endereço em Fort Lauderdale, a menos de 7 km do local real. No entanto, em outra tentativa, o serviço errou ao sugerir que a gravação havia sido feita na Califórnia, do outro lado dos EUA.

Já o GeoSpy foi treinado com imagens de diversos países para analisar elementos como geografia e arquitetura. A Graylark, empresa responsável pela ferramenta, afirma ter ajudado a resolver mais de 1.000 crimes em todo o mundo. E por falar em soluções tecnológicas, a Bemobi lança Grace, plataforma de pagamentos com IA no WhatsApp.

A saga para descobrir a localização de Carla Zambelli nos EUA demonstra que, embora a inteligência artificial ofereça ferramentas poderosas para a geolocalização, a expertise humana e a análise criteriosa de pistas ainda são fatores determinantes. A combinação de habilidades humanas e recursos tecnológicos pode levar a descobertas surpreendentes, mesmo diante de desafios complexos.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via G1

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.