Dia mais curto registrado na Terra nesta terça-feira, avaliado por especialistas

A Terra girou mais rápido, encurtando o dia, o que pode influenciar tecnologia, clima e movimentos naturais do planeta.
Atualizado há 14 horas atrás
Dia mais curto registrado na Terra nesta terça-feira, avaliado por especialistas
A aceleração da Terra impacta tecnologia, clima e fenômenos naturais. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • A Terra completou uma rotação mais rápida nesta terça-feira, resultando em um dos dias mais curtos já observados.
    • Algumas mudanças na rotação podem afetar o funcionamento de satélites, redes de comunicação e sistemas automáticos.
    • Variações no giro da Terra podem influenciar fenômenos naturais e a sincronização de dispositivos tecnológicos.
    • Fatores como o efeito gravitacional da Lua, mudanças no núcleo terrestre e atividades atmosféricas contribuem para a aceleração.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nesta terça-feira, 22 de julho, a Terra girou mais rápido do que o normal, resultando em um dos dias mais curtos já registrados até hoje. Segundo dados do Space.com, o planeta gastou aproximadamente 1,34 milissegundos a menos para completar uma rotação completa. Apesar de uma diferença quase imperceptível, essa aceleração faz parte de uma tendência observada desde os anos 1970.

Por que a Terra está girando mais rápido?

A velocidade de rotação da Terra costuma levar cerca de 86.400 segundos, ou 24 horas, para completar uma volta em torno do seu eixo. Porém, esse valor não é fixo, pois diferentes fatores influenciam essa rotação ao longo do tempo. Entre as principais influências estão a atração gravitacional da Lua, que atua como uma espécie de freio, e fenômenos relacionados ao Sol e ao núcleo do planeta.

A força gravitacional exercida pela Lua, conhecida como frenagem da maré, faz com que o planeta se expanda em algumas regiões, o que influencia a rotação. Como explica um artigo do Tecmundo, mudanças na composição do núcleo, atividades sísmicas, clima, glaciação, oceanos e o campo magnético também têm efeito na duração do dia terrestre. Essas variações podem somar ou diminuir o tempo de rotação ao longo dos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Estudos apontam que, desde a década de 1970, o movimento de rotação da Terra ficou mais acelerado, com os 28 dias mais curtos registrados até então. Em 2020, uma pesquisa revelou que o movimento nunca foi tão rápido, possivelmente relacionado ao acúmulo de água no hemisfério norte e ao derretimento de geleiras no século XX. Essa velocidade elevada, segundo especialistas, é temporária, devendo voltar a diminuir com o tempo.

Fatores que contribuem para a mudança na rotação

Dentre os fatores que influenciam o giro da Terra, a atração gravitacional da Lua é o mais influente. Essa força faz com que a duração do dia varie um pouco, tornando os dias mais longos ou mais curtos em pequenos intervalos. Além disso, movimentos na atmosfera, mudanças sazonais, atividade sísmica e o comportamento dos oceanos também contribuem para essa flutuação.

Leia também:

Mudanças no núcleo da Terra, por exemplo, podem alterar o campo magnético do planeta e, assim, afetar sua rotação. Segundo estudos do TecMundo, essas variações são motivo de investigações constantes, pois podem explicar oscilações na velocidade de rotação ao longo do tempo.

Um artigo de 2020 reforça essa ideia, ao apontar que o movimento de rotação atualmente é mais rápido do que qualquer outro registrado até então. Apesar de a causa exata ainda ser debatida, acredita-se que fatores como o derretimento de gelo e o acúmulo de água influenciem essa aceleração. Para o TecMundo, essas mudanças podem afetar sistemas que dependem de uma cronometragem extremamente precisa, como satélites e redes de comunicação.

O impacto das variações na duração dos dias

Embora as diferenças atualmente sejam mínimas, a aceleração do giro da Terra pode, a longo prazo, impactar o funcionamento de tecnologias que usam relógios altamente precisos. Por exemplo, o deslocamento de poucos milissegundos pode influenciar satélites, computadores e telecomunicações. Uma solução comum é inserir um segundo bissexto, que ajusta o Tempo Universal Coordenado (UTC).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar disso, a previsão é que a Terra continue desacelerando futuramente, retornando a uma velocidade mais próxima do padrão de 24 horas por dia. A mudança rápida vista recentemente é considerada um fenômeno temporário, por isso muitos cientistas acreditam que o movimento deve se estabilizar nos próximos anos, mantendo a estabilidade dos sistemas que usamos cotidianamente.

pessoa-olhando-relogio-no-pulso
A duração menor do dia é imperceptível, mas a longo prazo pode afetar aparelhos eletrônicos. (Imagem: Getty Images)

Quando os dias já foram mais curtos

Apesar da aceleração recente, em períodos antigos, o giro da Terra era muito mais veloz. Entre um e dois bilhões de anos atrás, a duração do dia era de cerca de 19 horas. Já há 250 milhões de anos, esse período era aproximadamente de 23 horas. Essas mudanças aconteceram principalmente por causa de uma atração gravitacional mais forte da Lua.

Segundo o TecMundo, esse fenômeno mostra como o movimento da Terra já foi bem mais rápido e como a influência da Lua foi fundamental na sua desaceleração ao longo dos séculos. A precisão na medição do tempo se dá com o uso de relógios atômicos, que surgiram na década de 1950 e continuam essenciais até hoje.

Esses relógios, detalhados em tecmundo, usam oscilações dos átomos congelados em câmaras de vácuo para calcular a duração de 24 horas com alta exatidão. Essa precisão é fundamental para o cálculo do Tempo Universal Coordenado (UTC), usado globalmente.

Mesmo com variações tão pequenas, as oscilações de segundos podem afetar a sincronização de sistemas tecnológicos avançados, o que reforça a importância da medição contínua do giro da Terra. A observação desses movimentos ajuda a entender as mudanças climáticas, os movimentos das massas de água e os fenômenos naturais que influenciam o planeta ao longo do tempo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.